Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
06 de Junho de 2009

As eleições europeias são já no dia 7 de Junho e as últimas sondagens do Eurostart apontam que o grande vencedor poderá ser a abstenção. A intenção de voto dos portugueses não ultrapassa os oito por cento, um dos valores mais baixos de toda a União Europeia. Porém, este afastamento dos cidadãos não é de agora e foi nesse sentido que o Instituto Politécnico de Bragança decidiu promover, durante duas semanas, a realização de um conjunto de debates com os candidatos dos principais partidos.

O primeiro convidado a participar nesta iniciativa foi o candidato socialista,  Vital Moreira, que aproveitou para destacar que, com acções deste género, o IPB mostra que, “apesar de estar longe de Lisboa, está perto da Europa”, “o que é visível até pelo número de alunos estrangeiros a frequentar a instituição”.

Na iniciativa participou ainda o candidato Manuel Rodrigues, da lista da CDU, de Marisa Matias, da lista do Bloco de Esquerda, e de Carlos Coelho, do PSD.

27 de Maio de 2009

 O cabeça de lista às europeias pelo PS, Vital Moreira, esteve, dia 26 de Maio, na região transmontana a apelar ao voto nas eleições europeias que, segundo ele, acontecem num momento em que os interesses do país convergem com os da União Europeia. O candidato passou primeiro por Bragança, a convite do Instituto Politécnico (IPB). Num dia marcado pela fraca adesão dos professores à greve convocada pelo sindicato, Vital Moreira fez questão de iniciar o dia visitando a Escola EB 2/3 Paulo Quintela e o futuro Centro Escolar. Com o debate marcado para as 10h30 no IPB, Vital Moreira teve ainda tempo para visitar a cidade e contactar com a população local.

Já no IPB e depois de autografar alguns exemplares do seu livro “Nós, Europeus”, o candidato falou para uma plateia constituída maioritariamente por alunos e professores, sobre a importância das eleições europeias, apelando ao voto no PS.

Crítico das políticas europeias levadas a cabo nos últimos cinco anos, Vital Moreira não deixou de frisar que, ainda assim, a resposta à crise “foi melhor do que se esperava”.

Defendendo uma outra visão para a Europa, Vital Moreira apontou a necessidade de uma harmonização social e fiscal que permita acabar com o que chamou de “países low cost”. No entender do professor, há países que só são mais competitivos a nível económico porque apostam na redução dos encargos sociais e da protecção social. Por isso, “é necessário que haja uma harmonização fiscal e social”, afirmou, exemplificando que nem todos os países aplicam licenças de maternidade ou paternidade, projecto já defendido no Parlamento Europeu pela deputada Edite Estrela mas cuja votação será feita apenas na próxima legislatura.

Vital Moreira considerou ainda que estas eleições europeias acontecem num momento “crucial” para o país, uma vez que há uma coincidência de interesses de Portugal com aqueles que são os objectivos da UE: mais cooperação com países como a África e o Brasil; aposta nas energias renováveis; mais investimento público. Além disso, será nesta legislatura que o Tratado de Lisboa será ratificado, ao mesmo tempo que será também aprovado o orçamento até 2020.

“Somos o país em que ser europeu é a melhor maneira de defender o interesse nacional”, apontou.

Questionado sobre o “peso” de Portugal no seio da UE para fazer valer os seus interesses, Vital Moreira considerou haver “uma imagem errada” até porque o “peso” de Portugal na UE é “idêntico ao de países como a Bélgica, Grécia ou Áustria”. Mas o candidato não resistiu a lançar algumas farpas à oposição e apontar que já o “peso” dos deputados depende também do partido europeu em que se inserem, mas não só. “O peso dos deputados é também o peso das suas capacidades e das suas convicções”.

Vital Moreira apontou ainda que a lista do PS às eleições europeias reconduz grande parte dos deputados, ao contrário das listas dos partidos da oposição que, na sua opinião, estão assim a dar um sinal da “pouca confiança” que têm nos deputados que elegem.

Independentemente das convicções políticas, o professor lembrou que essencial é que haja participação nestas eleições europeias até porque “uma baixa participação põe em causa a força de Portugal”.

De Bragança, Vital Moreira partiu para Chaves para mais um debate.

 

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obrigado Cris:)
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