Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
23 de Setembro de 2010

No distrito de Bragança são cinco as igrejas românicas que a Iberdrola, em parceria com o Ministério da Cultura e a Junta de Castela e Leão, se propõe a recuperar, num prazo de quatro anos

O Ministério da Cultura e Junta de Castela e Leão associaram-se à Iberdrola para recuperar 33 Igrejas de Portugal e Espanha. O projecto envolve um investimento de 4,5 milhões de euros e visa, no espaço de quatro anos, criar uma nova rota dos Caminhos de Santiago através do interior norte de Portugal.

Para o distrito de Bragança está prevista a intervenção em cinco imóveis: na Igreja de São Bento, em Castro de Avelãs (Bragança); na Igreja de Santiago Maior, na Adeganha (Moncorvo); na Igreja de Santo André, em Algosinho (Mogadouro); na Igreja de N. Sr.ª da Natividade, em Azinhoso (Mogadouro) e na Igreja de Malhadas, em Malhadas (Miranda do Douro). O Plano de Restauro do Românico Atlântico prevê, ainda, a intervenção em oito igrejas do distrito de Vila Real;  cinco no Porto; seis na província de Salamanca e nove em Zamora.

Com este ambicioso projecto, a Iberdrola pretende “contribuir para o desenvolvimento económico e social das zonas onde desenvolve a sua actividade”, conforme frisou Ignacio Galán, presidente da empresa. A Iberdrola vai ser a responsável pela construção do empreendimento hidroeléctrico do Alto Tâmega, um dos maiores complexos levados a cabo nos últimos 25 anos no continente que será responsável pela produção de 1800 gigawatts  ao ano (3 por cento do consumo eléctrico português). Mas, porque não querem “apenas produzir electricidade”, a Iberdrola propõe-se, assim, como mecenas de um projecto pioneiro que, no entender do presidente, “vai permitir criar turismo e riqueza em toda a zona transfronteiriça, um novo Xacobeo pelo interior norte”.

Uma perspectiva partilhada por Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, que considera que este Plano pode vir a funcionar como “um motor da economia local e da afirmação das pequenas empresas de restauro ligadas a esta área”.


Uma iniciativa que beneficia as Igrejas enquanto obras de arte de toda a sociedade civil, conforme notou o Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. António Montes.

“Uma larga maioria das obras de arte do país são de origem religiosa. Valorizando as igrejas, valoriza-se também a sua componente cultural”.

No que diz respeito ao distrito de Bragança, Paula Silva, directora regional da Cultura do Norte, salienta a intervenção que se vai realizar na Igreja de São Bento, em Castro de Avelãs. A população já se tinha queixado da necessidade de realizar obras naquele imóvel, uma urgência também atestada por D. António Montes.

“A intervenção que foi realizada em Castro de Avelãs visou apenas por a descoberto as ruínas do Mosteiro, o único Mosteiro medieval da região transmontana”, explicou Paula Silva, notando que também este monumento de arte românica se diferencia de outros por ser em tijolo e não em granito, como a maioria dos monumentos românicos de Portugal.

O protocolo entre as três instituições foi assinado, na semana passada, em Bragança, na Domus Municipalis, monumento nacional, também ele românico, único em toda a Península Ibérica.

As obras devem arrancar no próximo ano, depois de definidos os projectos de intervenção para cada imóvel, em conversação com os presidentes de câmara, juntas de freguesia e párocos.

29 de Janeiro de 2010

 O IP4 esteve cortado, esta sexta-feira, nos dois sentidos, na zona de Lamares (Vila Real), entre as 12h30 e as 12h50.
Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro naquele período vão decorrer trabalhos de escavação com recurso a explosivos, relacionados com as obras de construção da Auto-estrada Transmontana.

 

Fonte: Brigantia

publicado por Lacra às 14:50
30 de Novembro de 2009

Vão ser suspensas nos meses de Dezembro e Janeiro as obras em curso no IP4, para evitar constrangimentos na circulação, como os verificados no dia de ontem.

A informação foi confirmada à Renascença pelo Governador Civil de Vila Real.

O itinerário esteve cortado nos dois sentidos, durante várias horas, devido à queda de neve.

As obras em curso, para a ligação por auto-estrada até Bragança, são mais um factor de perturbação na circulação.

Para evitar este tipo de situações, serão suspensas nos próximos 2 meses as empreitadas que decorrem em alguns troços do IP4.

A esta hora, à excepção da ligação Ave – Piornos - Sabugueiro, não há informação de estradas cortadas ao trânsito devido à queda de neve.

 

Foto: Renascença

 

 

publicado por Lacra às 14:10
03 de Junho de 2009

 

Um condutor em contramão morreu, esta terça-feira de manhã, num acidente na A24, em Valdigem, Lamego, tendo provocado ferimentos nos ocupantes de outra viatura, a director e o subdirector da Segurança Social de Bragança.

Um homem de 54 anos, residente em Castro Daire, morreu, ontem, na A24, na sequência de um acidente de viação que fez mais três feridos. Dois deles são a directora e subdirector do Centro Distrital da Segurança Social de Bragança, Teresa Barreira e Orlando Vaqueiro. O comandante dos Bombeiros Voluntários da Régua, António Fonseca, contou, ao JN, que a corporação foi accionada cerca das 6.50 horas, para uma colisão na zona de Valdigem, no concelho de Lamego. "Deparámos-nos com quatro vítimas encarceradas, três numa viatura e um noutra".

O condutor que seguia sozinho "estava inconsciente e viria a morrer pouco tempo depois". Ora, uma colisão frontal numa auto-estrada pressupõe uma situação de circulação em contramão. Neste caso protagonizada pelo homem que viria a morrer e que, segundo o comandante dos bombeiros, terá entrado na outra via no acesso à auto-estrada em Lamego ou em Bigorne.

Os feridos foram transportadas para a Unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. O motorista da viatura da Segurança Social era o que apresentava maiores ferimentos, tendo sido suturado com vários pontos na cabeça. Por precaução, a directora da Segurança Social de Bragança, Teresa Barreira, teve fazer exames de diagnóstico, enquando o subdirector, Orlando Vaqueiro, recebeu alta médica pouco tempo depois do acidente.

 

 

 

29 de Maio de 2009

Habitam maioritariamente no distrito de Lisboa e do Porto e há cerca de três anos que vêm congeminando a ideia de se mudarem para um território de baixa densidade, ou seja, para o interior do país. Bragança é um dos distritos onde gostariam de viver com as suas famílias, embora nem todos tenham aqui raízes familiares ou afectivas. Não possuem qualquer experiência de vivência em meio rural, mas querem aqui implementar projectos de empreendedorismo vocacionados para o mercado regional, nacional e local. É este o retrato que se pode traçar dos 14 agregados familiares que, até ao momento, contactaram os responsáveis do projecto “Novos Povoadores”, um projecto-piloto que inicialmente está apenas a ser aplicado em centros urbanos de fácil acesso, para iniciar o processo de mudança do litoral para o interior. “Novos Povoadores” foi um projecto que surgiu pela mão de três amigos, Frederico Lucas, Alexandre Ferraz e Ana Linhares. O objectivo que os move é defesa de um “novo Portugal”, com maior qualidade de vida, em que seja possível reduzir as assimetrias regionais com vantagens para os “novos residentes” e para os territórios de baixa densidade. Os mentores acreditam que a principal influência para a localização de pessoas e famílias é o trabalho e, hoje em dia, a globalização permite que a “ruralidade” tenha atractivos competitivos quando comparada com as grandes metrópoles. Os “Novos Povoadores”, para já, estão a procurar estabelecer parcerias com as autarquias locais para avançar com o processo de transição das famílias interessadas que, antes de mais, têm que passar um processo de “selecção”. Esta selecção, feita primeiramente através de um inquérito, visa apurar o real interesse das famílias na mudança. Depois, é preciso garantir que um dos membros do agregado familiar tenha emprego assegurado na região e que o outro tenha um projecto empreendedor para desenvolver no novo local de residência. É na fase de implementação destes projectos que as autarquias e outras entidades são chamadas a colaborar, até para que o processo de transição seja facilitado ao máximo, permitindo uma boa integração dos “novos povoadores”. Para já, os promotores desta iniciativa entrevistaram 14 agregados familiares, a maioria dos quais composto por três elementos. Os inquiridos querem aplicar aqui um novo projecto que, para já, não passa de uma “ideia”, embora 33 por cento já tenha iniciado o seu desenvolvimento. Todos os candidatos que pretendem mudar-se para Bragança possuem formação ao nível do ensino superior, pós-graduações, mestrados ou doutoramento. Consideram-se pessoas criativas, com capacidade de gestão e de relações públicas, mas admitem, na sua maioria, poder vir a necessitar de algum tipo de apoio na área das tecnologias de informação ou na área de gestão. Da parte do município de Bragança há todo o interesse em colaborar com o projecto, até porque se baseia na tentativa de inversão da lógica actual que, no entender do autarca, Jorge Nunes, “promove a concentração de pessoas no litoral”. No entender do edil, a região oferece um leque de oportunidades vasto em áreas ligadas à eco-construção, ao eco-turismo, à eco-energia, bem como nas agro-indústrias associadas aos produtos tradicionais. “Estas áreas são, no meu ponto de vista, as que podem vir a obter condições para absorverem recursos humanos qualificados e, consequentemente, alcançarem objectivos de sustentabilidade nesta que se pretende que seja, cada vez mais, uma eco-região”, apontou. Apesar da maioria dos interessados não possuir experiências de vivência em meio rural ou laços familiares que os prendam ao Nordeste Transmontano, Nunes acredita que a adaptação decorrerá de forma pacífica. O autarca lembra que a cidade de Bragança foi recentemente reconhecida como uma das melhores para se viver a nível do país, atribuindo bons desempenhos a nível de qualidade ambiental, mobilidade, segurança para pessoas e bens e oferta cultural. “Mesmo em áreas em que o concelho de Bragança se encontra abaixo da média nacional, como as acessibilidades e a prestação de cuidados de saúde, dentro de três a quatro anos, as melhorias nestas áreas serão significativas e Bragança será ainda mais atractiva”. A centralidade ibérica e a grande proximidade a cidades espanholas ,como Madrid, Valladolid, León ou Salamanca, é outra das mais-valias apontadas pelo autarca, que classifica a região como “um verdadeiro paraíso no interior do país”. “Todos os que não se identificam com a deficitária qualidade de vida existente no litoral podem ter aqui qualidade de vida e harmonia com a natureza”, apontou.

Vila Real tem 13 famílias interessadas

O distrito de Vila Real poderá também vir a receber o projecto “Novos Povoadores”, se houver interesse por parte das autarquias. Os promotores da iniciativa divulgaram ao Mensageiro que há 13 agregados familiares interessados em fazer a mudança para Vila Real num prazo de um a dois anos ou até mesmo em menos de um ano. Na sua maioria são famílias compostas por três pessoas que habitam maioritariamente no Porto (54 por cento) e em Lisboa. Possuem laços familiares na região e há mais de um ano que pretendem realizar a mudança. Os inquiridos possuem, na sua maioria, habilitações literárias ao nível do ensino superior, consideram-se pessoas criativas e com capacidade de gestão, e pretendem vir a implementar na região projectos ligados à área dos serviços e agricultura. Numa primeira fase, os promotores dos “Novos Povoadores” pretendem implementar o projecto em municípios mais populosos (com mais de 15 mil habitantes) e com economias mais activas, embora, numa segunda fase, esteja previsto alargar a iniciativa a municípios com menor densidade populacional. Segundo dados dos promotores do projecto, em Portugal, 42 por cento da população vive em cinco por cento do território, e apenas 3,5 por cento da população vive em cidades médias: Coimbra e Braga.

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