António Rodrigues e Ophelia Billen são o casal de artistas que expõe, até 26 de Setembro, no Centro Cultural de Bragança. Vivem há vários anos na Bélgica, mas ele tem uma costela transmontana que, desde há vários anos, faz com que regressem à região, tal como muitos emigrantes espalhados pela Europa.
Foi a pensar nisso que o Centro Cultural preparou, especialmente para Agosto, altura em que muitos regressam à terra natal, esta exposição intitulada “Universalismos”.
Gravura, desenho, pintura, escultura e cerâmica. Diversas linguagens. Dois artistas. Várias inspirações. Foi tudo isto que levou ao título “Universalismos”.
“Aqui estão patentes várias técnicas, várias inspirações, vários pensamentos pessoais, a vida do quotidiano”, apontou António Rodrigues.
Os seus trabalhos mostram como a região transmontana o inspira e, por isso, recorre a materiais aqui frequentes – as típicas pedras de Montesinho ou a chamada “pedra sabão”, por exemplo.
Na outra sala, Ophelia tenta exprimir os seus pensamentos, sonhos, ideias juntando as várias técnicas em obras de arte únicas.
Nas duas exposições há algo em comum: a paixão por Trás-os-Montes. O casal está a pensar abandonar a Bélgica e fixar-se na região transmontana. Há três anos compraram uma casa numa aldeia e têm vindo a reconstruí-la com o intuito de aqui ficarem a viver.
E se António é para aqui atraído pelas raízes familiares, Ophelia destaca a forte presença da natureza, algo patente nas suas obras artísticas.
A paixão pela região transmontana é, aliás, algo que caracteriza grande parte das exposições que têm passado pelo Centro Cultural de Bragança. Foi exemplo disso o caso de Gerthein de Visser, natural da Holanda e hoje radicado na aldeia de Landedo, em Vinhais; ou do fotógrafo António Sá que, após anos a trabalhar para a National Geographic, pretende, agora, vir para a cidade de Bragança.