O Tribunal de Contas aceitou a solução apresentada pela Estradas de Portugal (EP) para que fossem resolvidas as objecções levantas às concessões do Douro Interior, cujo visto prévio foi recusado, no ano passado.
Segundo o Jornal de Negócios, a solução passa pela disponibilidade da EP assumir o risco financeiro durante os primeiros cinco anos que decorram até ao primeiro pagamento que a empresa tenha de fazer aos privados. Ao mesmo tempo, os contratos financeiros terão passado aos valores iniciais propostos e à possibilidade da EP conseguir ganhos com operações de refinanciamento que possam ocorrer nos próximos cinco anos, sendo que a EP ficará com a totalidade do ganho obtido nestas operações, (anteriormente estava previsto que ficaria apenas com metade dos ganhos).
A EP acredita que nos próximos cinco anos haverá melhoria das condições dos mercados para refinanciar os projectos. Mas, caso isso não aconteça, segundo o Jornal de Negócios, terão de ser feitos aditamentos aos contratos, havendo lugar a reequilíbrios financeiros.
Com esta solução, os bancos vão encaixar menos dinheiro, mas foi a forma encontrada de ultrapassar o impasse. A concessão do Douro Interior é a primeira a aplicar esta solução, seguindo-se depois a Auto-estrada transmontana e as outras que foram reprovadas pelo Tribunal de Contas.
Segundo as entidades envolvidas, em declarações ao Negócios, espera-se que em Março todas as concessões tenham recebido o visto do Tribunal de Contas de forma a que as obras possam avançar sem limitações.