Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
29 de Outubro de 2010

No próximo domingo, 31 de Outubro, a aldeia de Cidões, em Vinhais, volta a recriar a Festa da Cabra e do Canhoto, uma tradição ancestral que tem vindo a ser promovida, desde há vários anos, pela Associação Raízes d’Aldeia de Cidões como a “verdadeira noite das bruxas à transmontana”.

Sob o dito popular “quem ao canhoto se aquecer e da cabra comer, um ano de sorte vai ter”, os locais organizam um ritual de raízes celtas. A cabra “machorra” é cozinhada num pote, numa fogueira de “canhotos” de cinco toneladas e com a representação do diabo em cima de um carro de bois.

Este ano, pela primeira vez, a música celta vai ter mais destaque, com a presença do artista, Sebastião Antunes e do grupo Quadrilha, estes últimos presentes há mais de dez anos seguidos.

Os membros da Associação dizem, ainda, que esta festa que se realiza em pleno coração de Trás-os-Montes é o que resta de “mais puro e genuíno de todas as crenças e tradições”. É que, segundo explicam, em comunicado à imprensa, os celtas, que tiveram uma forte presença na região, tinham o costume de, no dia 31 de Outubro, acender uma grande fogueira, na parte mais alta da localidade, para celebrar o “Samhain”, que seria o ritual de fim e início de um novo ano para os celtas.

“Os cristãos transformaram essa data no Dia de Todos os Santos e no Dia dos Finados. Em muitas regiões do planeta, transformaram-na na noite das bruxas”, explicam.

É por irem às raízes que a festa de Cidões só começa à noite: “o povo celta, assim como outros povos de origem pagã, celebrava o começo dos dias através do anoitecer”.

A Festa da Cabra e do Canhoto, à semelhança do ancestral ritual celta evocado, visa celebrar o início de um novo ano, a recolha dos alimentos e o início dos meses de inverno, meses sem grande produção agrícola.
“É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período nas nossas vidas, sendo comemorado com uma grande fogueira feita no cimo da aldeia, numa encruzilhada de uma clareira onde se queima o canhoto (tronco de árvore) “que representa o diabo”, com muito vinho, aguardente queimada, jeropiga, castanhas, fruta, café com brasa no pote e o tradicional repasto de cabra “machorra”, que representa a mulher infértil do diabo, confeccionada em grandes potes de ferro”, apontam.

Paralelamente decorre a Feira de Produtos da Terra, bem como o magusto, que este ano pode ser acompanhado com uma queimada especial com aguardente e café feito no pote. O local é numa encruzilhada, no cima da aldeia de Cidões, num cenário “idílico”.

Depois do jantar, os rapazes percorrem a aldeia para a “virar do avesso”. “Colocam os vasos de flores no meio da rua, rebolam com os carros de bois e carroças, deixando-os com as rodas para o ar”, descrevem. Depois, aparece o “diabo” em cima de um carro de bois que percorre toda a aldeia para “não deixar dormir ninguém”.

A festa é aberta a todos quanto queiram participar.

17 de Outubro de 2010

A Casa da Cultura Mestre José Rodrigues, em Alfândega da Fé, recebe, esta segunda-feira, 18 de Outubro, uma mostra de Desenho e Escultura da autoria de Leonor Pêgo, que remete para o universo da caça.

A mostra, intitulada “Sala de Caça # 3” remete para o espectáculo que é uma sala de caça, com a sua imponência e os seus troféus. Sem qualquer juízo ético ou moral, a artista remete antes para a “estética como mote para uma reflexão crítica e um confronto com um dos mais primitivos impulsos do ser humano”, como a própria afirma em nota à imprensa.

Pela primeira vez a expor em Trás-os-Montes, a artista traz trabalhos que tem desenvolvido com os metais, enquanto matéria-prima privilegiada. Os animais selvagens a que dá forma apresentam-se como objectos escultórios e surgem veados, javalis, raposas ou alces.

“Homens e mulheres com cabeça de animais a exibirem seus corpos e inchando os músculos quase em forma de espectáculo. Provadores e caprichosos. Serão mutações ou figuras mitológicas?”, interroga a artista, lançando outras questões sobre a sua própria arte. “Máscara física ou simbolismo cliché? De quem são afinal as cabeças embalsamadas?”.

Natural de Lisboa, Leonor Pêgo é licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. As suas obras surgem em várias exposições colectivas, tanto em Portugal, como no estrangeiro.

A exposição que será inaugurada em Alfândega da Fé surge num altura em que o concelho é visitado por inúmeros caçadores, numa espécie de “elogio” a uma das actividades turísticas que a autarquia pretende desenvolver.

 

13 de Agosto de 2010

Conhecer as antigas rotas do contrabando é a proposta do município de Vimioso para este Sábado, 14 de Agosto. O 3º passeio pedestre pela rota do contrabandista vai levar os participantes numa caminhada nocturna de 12 quilómetros, entre Pinelo, no concelho de Vimioso, e Latedo, em Espanha.

O encontro está marcado para as 21h30, junto à Casa da Cultura de Vimioso.

Aos participantes aconselha-se que levem lanterna, água e calçado adequado para umas horas de caminhada à luz da lua. O preço da inscrição é de 10 euros, com oferta de colete reflector e ceia em Pinelo.

 

 

21 de Junho de 2010

A Estradas de Portugal (EP) confirmou que os 304 postos de SOS nos itinerários principais (IP) e complementares (IC) foram ensacados e apertados com fita adesiva, estando portanto agora desactivados, pelo menos, até ao próximo ano, com o objectivo de remodelar toda a rede. Os representantes das comissões de utentes do IP3 e do IP4 estão indignados.

De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, os automobilistas não poderão contar os postos de ajuda, nem mesmo em zonas onde não há rede de telemóvel. «O actual sistema SOS, instalado em meados da década de 90, será totalmente renovado por tecnologias mais avançadas», para «melhores capacidades de gestão de níveis de serviço e consequente optimização de custos», explica a concessionária.

Perante os argumentos, o dirigente da Comissão de Utentes do IP$, que liga Matosinhos a Trás-os-Montes à fronteira de Espanha em Bragança, fronteira da Quintanilha, defende que «este dispositivo só deveria ser desactivado depois de as viaturas estarem equipadas com sistemas automáticos de alerta», uma vez que, «neste troço de montanha, não há qualquer hipótese de pedir a ajuda de ninguém». Para Luís Basto, «parece que Portugal é todo para fechar, tirando Lisboa e Porto». 

«É evidente que os telemóveis vieram ajudar as comunicações, mas há muitos momentos em que não há rede, bateria ou dinheiro!», argumenta, por sua vez, o presidente da Comissão de Utentes do IP3, que faz a ligação entre Coimbra e Viseu. «As coisas essenciais à vida têm de se manter, por via do Estado», continuou Eduardo Ferreira, concluindo que «isto é a psicose da poupança levada ao extremo». 

 

Fonte: Diário Digital

publicado por Lacra às 08:50
03 de Maio de 2010

A auto-estrada transmontana terá um impacto económico global negativo se o Governo decidir introduzir na subconcessão mais troços portajados. A conclusão é dos especialistas Pedro Godinho e Eduardo Barata, da Universidade de Coimbra, autores de um estudo sobre os impactos económicos da construção desta via, divulgado no âmbito da Semana de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança.

Segundo esse mesmo estudo, a construção da auto-estrada transmontana e do túnel do Marão trará “inquestionavelmente” mais benefícios económicos do que custos, tanto a nível qualitativo como quantitativo. Mas, caso venham a ser inseridos mais troços portajados, os benefícios perdem-se porque se prevê uma redução do número de utilizadores daquela via, conforme apontou o especialista Pedro Godinho.

“Para os níveis de utilização da auto-estrada aquilo que é expectável é que o aumento de troços portajados  provoque uma redução do número de pessoas que vão usar a auto-estrada e, por essa via, uma redução dos benefícios que decorrem do novo empreendimento”, explicou.

Os resultados obtidos tiveram em conta as portagens actualmente previstas, em dois troços, e dados económicos fornecidos pela empresa Estradas de Portugal e por consultores internacionais.

Os economistas avaliaram factores como o tempo, a redução da sinistralidade, os novos utilizadores, entre outros, e chegaram à conclusão que o benefício líquido total da construção desta via é de 2334 milhões de euros, enquanto que aos custos, (construção, exploração e manutenção), está associado um valor total de 1088 milhões de euros, valores estimados para o decurso de 30 anos

Os economistas utilizaram no estudo os  parâmetros definidos internacionalmente para Portugal e que foram revistos em baixa tendo em conta as particularidades da região transmontana e os “custos” da interioridade.

“Baixamos os parâmetros tendo em conta o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da região”, explicou Pedro Godinho.

De todos os factores avaliados, o tempo é aquele que tem um maior impacto em termos de ganho, num total de 1386 milhões de euros de benefícios líquidos. Esse valor foi calculado tendo em conta os valores calculados para as deslocações trabalho – casa; deslocações de trabalho e deslocações a lazer. Por exemplo, em termos mesuráveis, o tempo poupado pelas empresas nas deslocações, com a nova subconcessão, será um factor que trará mais competitividade económica.

No entender do economista Pedro Godinho, “valia a pena dar ter dado maior peso à utilização da auto-estrada por parte das pessoas desta região e ao desenvolvimento que a via trará”. Se os ajustamentos não tivessem sido feitos, o economista garante que os valores dos benefícios seriam superiores em 20 por cento.

Pedro Godinho acredita que a subconcessão pode vir a “mudar a região” em termos económicos, já que os resultados obtidos foram calculados ao nível do país e não apenas da região.

 

Prazo de conclusão para 2011

A auto-estrada transmontana deverá estar concluída em Agosto de 2011. Pelo menos essa é a previsão do director-geral da concessionária “Auto-estradas XXI”. Rodrigues de Castro assumiu que o problema com o Tribunal de Contas “ainda não foi ultrapassado”, mas há a expectativa que, durante este mês, essa questão seja superada. 

A auto-estrada transmontana vai ter 130 novos quilómetros mas a obrigatoriedade de fazer coincidir alguns dos troços com o actual IP4 faz com que haja zonas onde a inclinação e o raio de curvatura “não é o mais desejável”.

Ainda assim, Rodrigues de Castro aponta que os limites de segurança “não são ultrapassados” e, apesar de actualmente haver registo de carros que circulam a 240 km/h no IP4, o director geral considera que, futuramente, essa será uma questão de “controlo e vigilância” a que as autoridades terão de estar atentas.

“A auto-estrada será muito boa, tanto no perfil, como nas inclinações e curvas. Terá quatro faixas de cada lado, bermas, separador central”, apontou Rodrigues de Castro, sublinhando que os troços com curvas mais acentuadas são “pontuais”.

As obras vão aproveitar, ainda, alguns dos viadutos existentes, como o viaduto sobre o rio Tinhela, na zona de Murça. Já sobre o rio Corgo está a ser construído um viaduto com 200 metros de altura.

Na zona de Lamares, em Vila Real, e na zona de Rossas, em Bragança, vão ser construídos dois centros de apoio e manutenção à futura auto-estrada. Nesses centros vão ficar dois silos de sal para apoio àquela via sempre que se verifique queda de neve. Actualmente a empresa possui três limpa neves com espalhador de sal, alguns camiões e carrinhas de apoio, mas estes meios devem ser reforçados aquando da conclusão das obras.

À medida que as obras forem avançado, os condutores serão obrigados a fazer desvios pontuais para a estrada nacional nº15.

23 de Abril de 2010

Feito o estrago na economia dos EUA em duas bolhas financeiras consecutivas - a de 2000/02, das dot.com; a de 2007/09, do imobiliário e dos empréstimos predatórios sobre activos artificialmente elevados -, Greenspan está entediado e lança o desafio ao Nobel da Paz: o que é que faz mais estragos ao euro? A concretização plena do contágio ou a mãe-natureza? Quem acertar ganha a mesa.

Andava Alan Greenspan e ‘entourage' satisfeitos da vida com o avanço na aposta - a maquilhagem da banca dos EUA já borrou na Grécia - e eis que das entranhas da terra desperta um vulcão islandês de nome impronunciável. E atinge a aviação europeia, que aterra durante uma semana e acumula prejuízos de biliões de euros. Al Gore parece vencer a mesa. Mas Greenspan, que não gosta de perder nem a feijões, contra-ataca: ligue-se ao Presidente do FMI e apontem-se os canhões à segunda presa: Portugal. Ou sai da União Monetária ou o euro está condenado. O dólar é a moeda do mundo. Portugal está na bancarrota.

A quilómetros da jogatana, filma-se "Pare, escute, olhe", sobre a extinção da linha ferroviária do Tua, uma das três mais belas da Europa, ameaçada pela barragem que a inundará. Recuamos a 1987, e Mário Soares afirmava que a interioridade pesava em Trás-os-Montes como uma condenação, o comboio não era apenas a viabilidade económica, era o serviço público às populações isoladas, a história e o património. Frame me 2009, José Sócrates e António Mexia vão lançar a primeira pedra da barragem do Baixo Sabor e comentam: "o que falta aqui é cimento" (PM) - "Está quase", reage Mexia. E pessoas? Vem a barragem do Tua, dá-se uns tostões aos agricultores e ficam à lareira à espera da morte? "Querem matar os velhos mesmo à fé danada" - ira de uma transmontana que aproveita o metro de superfície enquanto o há. Aquele país não é para velhos, é para ninguém, é para a quota máxima. Ali, sim, há bancarrota.

De regresso à mesa de jogo, e como terminou o expediente, juntam-se Timothy Geithner (Secretário do Tesouro) e Lawrence Summers (Director do Conselho Económico), do grupo anti-regulação criado anos antes por Greenspan, hoje os homens fortes da administração Obama. Al Gore questiona: até onde estão dispostos a ir para ganhar a aposta? À boca pequena, Geithner diz que o euro valorizado não interessa a ninguém.

Alheios à aposta, os europeus fazem filas intermináveis nas estações de comboios, talvez não seja de ignorar a ferrovia, talvez o TGV seja um investimento público credível, o Sud Express sai de Lisboa cheio de turistas e não de emigrantes que fogem da crise. E em Trás-os-Montes, à beira Tua, o sr. Abílio, gestor "honorário" do apeadeiro da Ribeirinha diz para a câmara: "Vou morrer, mas não sei quando. Acredita?".

Acredito. Temos de redefinir o progresso. Destruímos uma identidade por uns quilowats de energia da barragem do Tua. Destruímos economias e moedas por uns quantos egos, que mudam mas não vão a lado nenhum. 
____

Marta Rebelo, Jurista

 

Fonte: Diário Económico

17 de Abril de 2010

A Associação de Municípios do Douro Superior e os Municípios de Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Carrazeda de Ansiães, organizam, de 10 a 13 de Junho, o Passeio Fluvial no Rio Douro- 2010.

A iniciativa já vai no nono ano consecutivo, mas, este ano, a parceria vai permitir realizar passeios náuticos na componente turística e de lazer. A organização quer levar os participantes a desfrutar do Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro, património paisagístico e construído, em quatro dias de novas experiências.
Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Carrazeda de Ansiães são os locais de destino, e onde estão previstas visitas guiadas. O alojamento está garantido nas mais modernas unidades hoteleiras do Douro, onde se inclui o CS Vintage House.

Os participantes vão ter acompanhamento da organização desde o rio ao local das visitas, refeições e dormidas. Para tal será usado um mini-bus e viaturas 4x4.

O encontro, no primeiro dia, está marcado para as nove da manhã, na Marina de Crestuma, Angra do Douro. Daí será feita a subida do rio através da Eclusa do Carrapatela. O almoço será na Régua e, no final do dia, no Pinhão. No segundo dia a saída é em direcção à Foz do Sabor, com a subida da eclusa de Valeira e almoço na praia fluvial. Durante a tarde está prevista uma visita às gravuras de Foz Côa e à Quinta Ervamoira, com provas de vinhos incluídas. O jantar será numa Adega Típica e as dormidas em Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.

No terceiro dia os visitantes vão sair do cais da Foz do Sabor em direcção à Senhora da Ribeira, cais no concelho de Carrazeda de Ansiães. Está programada uma vista ao Castelo de Ansiães e à Quinta, com almoço incluído. Depois será feita a descida da eclusa de Valeira, Régua/Bagaúste. O jantar será na Régua, na estalagem Porto Antigo.

O último dia prevê a descida da eclusa do Carrapatelo e chegada a Crestuma às 16h00 da tarde.
As inscrições estão já abertas e limitadas a 25 embarcações. O custo é de 280 euros por pessoa, em quarto duplo, para os quatro dias. As inscrições podem ser feitas através do site www.sabordouro.com ou pelos contactos 964801332 / 964801280.

13 de Fevereiro de 2010

Uma massa de ar polar frio colocou 12 distritos do país em alerta amarelo. Em Bragança, as temperaturas atingiram os cinco graus negativos. Às crianças e aos idosos são pedidas precauções especiais.

Bragança é hoje a cidade do país com temperaturas mais baixas. O frio deve-se à passagem por Portugal de uma massa de ar polar. Até domingo são esperadas temperaturas baixas e só a partir da tarde e durante a segunda-feira o tempo deve amenizar com a queda de chuva.

A temperatura máxima regista-se em Faro, cidade que chega aos 14 graus. Entretanto, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) recomenda agasalhos nas saídas à rua e bebidas quentes para combater o frio, em particular no que respeita aos idosos.

 

Autoridades de saúde alertam para exposição prolongada

Devido ao frio, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Santarém, Leiria e Lisboa estão sob aviso amarelo, o segundo nível de uma escala de quatro e que representa uma "situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica".

A DGS lembra que "a persistência de tempo frio poderá ter efeitos na saúde da população, em particular sobre a saúde das pessoas idosas, das crianças e dos sem-abrigo".

Nesse sentido, recomenda que se tape as mãos, pés e cabeça e se use roupas folgadas e calçado adequados à temperatura ambiente. As pessoas devem ainda usar várias camadas de roupa e o vestuário deve ser de algodão e fibras naturais.

É ainda aconselhado tomar banho com água morna, uma vez que a água muito quente remove a camada protectora natural da pele. Interditos está o exercício físico intenso ou ao ar livre.

Em termos de alimentação, a DGS recomenda refeições mais frequentes, em especial sopas e bebidas quentes (leite, chá) e, caso a saúde o permita, incluir na dieta destes dias alimentos calóricos como chocolates, azeite, frutos secos e alimentos ricos em vitaminas e sais que protegem contra infecções.

 

Atenção para sinais de perigo

A DGS alerta que um dos perigos do frio é o enregelamento, que causa uma sensação de formigueiro e adormecimento dos pés, mãos e orelhas, e que pode conduzir a danos permanentes no corpo humano, levando nos casos mais graves à amputação, sendo que "o risco de enregelamento é maior nas pessoas com problemas de circulação sanguínea ou que não usam o vestuário adequado".

A hipotermia (o corpo começa a perder mais rapidamente calor do que aquele que pode ser produzido) é outro "perigo" do frio, podendo afectar o cérebro e fazendo com que a pessoa seja incapaz de pensar claramente ou movimentar-se.

Um último conselho da DGS tem a ver com os perigos do recurso a lareiras e braseiras. Lembra o organismo que sem o devido arejamento a utilização destes meios de aquecimento pode conduzir a acidentes mortais.

 

13 de Dezembro de 2009

 

Comemoram-se amanhã oito anos do Douro Património Mundial. Projecto, que deve estar concluído até 2011, quer despertar a região para o turismo cultural e religioso, usando as novas tecnologias para "Visitar, Conhecer e Reconhecer".
 

As novas tecnologias vão ajudar a promover o património. Os turistas que visitem o Douro poderão percorrer a Rota do Turismo Religioso guiados por um aparelho MP3, cujo conteúdo estará disponível em quatro línguas, no âmbito de um projecto que vai custar 378 mil euros e se pretende concluído até Agosto de 2011.

O projecto, intitulado "Douro Religioso: Visitar, Conhecer e Reconhecer", é promovido pela Turel - Desenvolvimento e Promoção do Turismo Cultural e Religioso e conta ainda com a parceria de entidades como a Diocese de Lamego, Turismo do Porto e Norte de Portugal.

O objectivo do projecto é despertar o Douro, classificado como Património Mundial da UNESCO em 2001, para o turismo religioso, tornando-o em mais um factor de atracção de visitantes para o território. Varico Pereira, director técnico da Turel, explicou à Agência Lusa que o projecto vai ser comparticipado em 70 por cento pelo programa operacional regional do Norte.

Repartido por três fases, o projecto tem conclusão prevista até Agosto de 2011, com a criação de um Centro de Interpretação do Turismo Religioso no Douro, organismo que vai ficar localizado no Museu Diocesano, em frente à Sé de Lamego.

Segundo Varico Pereira, até Janeiro a Turel começa a fazer o inventário do património religioso na Diocese de Lamego, designadamente dos edifícios, santos ou paramentaria que possam ser mais significativos e importantes para o turismo e despertar maior interesse junto dos que visitam aquela região.

Depois deste trabalho, segue-se a elaboração do Guia do Douro Religioso, que abrangerá já todo o património da região duriense, incluindo as dioceses de Vila Real e Bragança/Miranda, e será organizado um catálogo para os operadores turísticos.

Serão ainda produzidos conteúdos para aparelhos de MP3, em português, inglês, espanhol e francês, que guiarão os turistas pelos principais locais religiosos da região. Os conteúdos serão diferenciados para crianças e adultos e poderão estar disponíveis nos postos de turismo ou nos próprios locais a visitar.

No Centro de Interpretação serão efectuadas exposições ligadas à religião, como paramentaria ou ourivesaria, estando ainda previstos concertos de arte sacra (em capelas ou mosteiros), e peças de teatro.

Varico Pereira salientou que a Rota do Património Religioso do Douro, onde estarão incluídas as capelas miradouros como a Galafura ou São Salvador do Mundo, irá complementar outras rotas já existentes na região, como a do Vinho do Porto ou de Cister.

"Esperamos descobrir algumas maravilhas à medida que o levantamento seja feito, mas obviamente que há património que é incontornável como a Sé Catedral de Lamego, o Mosteiro de São João de Tarouca ou a Capela de Nossa Senhora do Desterro, que pouca gente conhece e está praticamente fechada em Lamego", salientou o responsável. Outros edifícios de interesse neste território são os santuários da Senhora dos Remédios, da Senhora da Lapa, da Senhora da Pena, da Senhora da Saúde ou o Mosteiro de Salzedas.

Com 25 mil hectares inseridos na Região Demarcada, o Douro Património Mundial engloba os municípios de Alijó, Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa.

 

 

Fonte: Diário de Notícias

18 de Setembro de 2009

A REN - Redes Energéticas Nacionais e a espanhola Enagás acordaram o traçado do futuro gasoduto de gás, que passará por Trás-os-Montes, e representa um investimento de 294 milhões de euros.
De acordo com a REN, o gasoduto terá 290 quilómetros de comprimento, dos quais 205 quilómetros serão em território nacional.
Em comunicado, a REN refere que "a opção vai abrir a porta à gasificação do nordeste transmontano", explicando que os estudos desenvolvidos pelas duas empresas, por encargo dos governos português e espanhol, "confirmaram a zona de Trás-os-Montes como a melhor alternativa à interligação entre os sistemas de gás natural português e espanhol".
"A rede portuguesa estará ligada a partir de Mangualde, enquanto a rede espanhola estará ligada a partir de Zamora", adianta a empresa liderada por José Penedos, em comunicado.
"Esta infra-estrutura que fica proposta e que atravessará grande parte do interior Transmontano será a garantia da autonomia energética desta zona bem como o reforço da segurança do abastecimento do país",
adianta a mesma fonte.
O custo do investimento previsto nesta infra-estrutura em Portugal será de 294 milhões de euros. Este montante destina-se à construção do novo gasoduto e ao reforço interno da rede portuguesa.
"O gasoduto Mangualde - Celorico da Beira - Zamora, ao ligar mais directamente as duas redes nacionais de gás com as infra-estruturas de armazenagem subterrânea e os terminais de gás natural liquefeito, valoriza a Península Ibérica como porta de entrada de gás natural no sistema europeu e potencia uma integração progressiva dos dois mercados nacionais", adianta a REN.
A REN considera que a construção deste gasoduto "cria as condições necessárias para o desenvolvimento do Mercado Ibérico de Gás Natural (Mibgas)".
Com a construção do novo gasoduto Portugal ganha também a possibilidade, ainda que num horizonte alargado, de poder ser abastecido por gás russo via gasoduto, uma vez que esta nova infra-estrutura vai permitir ligações aos gasodutos espanhóis, franceses, alemães e russos.
Actualmente, o gás natural comercializado em Portugal é importado do exterior da União Europeia, sendo a Argélia e a Nigéria os dois grandes fornecedores.
O gás proveniente da Argélia chega à Península Ibérica através do gasoduto Magreb-Europa, que entra pelo sul de Espanha e depois em Portugal, na zona de Campo Maior.
Já o gás proveniente da Nigéria é transportado para Portugal em navios e entra no país através do Porto de Sines.
A distribuição de gás no território nacional está a cargo da EDP e da Galp para os consumidores domésticos, enquanto que a REN é responsável pela distribuição para os grossistas.
 

publicado por Lacra às 06:55
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
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