Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
15 de Maio de 2009

Os agricultores das zonas de montanha vão ser apoiados, até 2015, com uma ajuda anual de 250 euros por hectare, até a um máximo de dez mil euros. A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da visita à unidade de produção de cogumelos de Benlhevai, em Vila Flor.

Estas ajudas podem vir a beneficiar um universo de mais de 100 mil agricultores e destinam-se também aos agricultores que já recebiam do Regime de Pagamento Único (RPU) mas que, por estarem em zonas de montanha, tinham uma produção mais baixa, recebendo, por isso, menos.

Desta forma, o ministro pretende “chegar aos agricultores com menos produtividade, que estão no interior do país e nas zonas de montanha”.

Jaime Silva referiu ainda que a região Norte representa 20 por cento das candidaturas, sendo ainda a região com mais jovens agricultores a candidatarem-se a medidas de apoio, 54 por cento no total do país.

A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da assinatura de contratos de investimento com a empresa Sousacamp, sedeada em Benlhevai, Vila Flor.


 

“Sousacamp” apoiada em mais de 27,5 milhões de euros

A presidir à assinatura dos contratos esteve também o primeiro-ministro José Sócrates que quis assim “valorizar o espírito empreendedor de quem não desiste e aceita correr riscos”.

Os dois contratos assinados com a empresa representam mais de 27,5 milhões de euros de investimento e vão permitir a criação de mais de 165 postos de trabalho. A empresa vai assim aumentar de seis para 28 o número de túneis de produção de substrato, suficiente para as unidades de cultivo de cogumelos de Vila Flor, de Vila Real e de Paredes.

Outro contrato assinado vai permitir, na unidade de Paredes, a duplicação da produção de cogumelos para as 3380 toneladas, das quais 11 por cento se destinam a exportação.

Contrariando a crise, a empresa apresentou ainda uma candidatura a fundos comunitários para avançar com um projecto de investigação em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e prevê ainda avançar com investimentos em Espanha e na Holanda.

No entender do primeiro-ministro, a iniciativa empresarial da Sousacamp é “um exemplo para o país”, sobretudo tendo em conta que “no interior é tudo mais difícil”. Também por isso, José Sócrates considerou ser da “máxima justiça” que se avance com a construção da auto-estrada transmontana, do IC5 e do IP2.

“É o maior investimento público das últimas décadas mas significa que o Governo aposta e confia em Trás-os-Montes e quer dar aos transmontanos melhores condições de vida e melhores condições para as empresas”, apontou.

 

PCP acusa empresa de violar direitos dos trabalhadores

O PCP acusou o primeiro-ministro de visitar uma empresa que “prima por não cumprir os mais elementares direitos laborais”. Em comunicado à imprensa, os comunistas acusam a Sousacamp de pressionar os trabalhadores a trabalhar mais horas do que o previsto e de ter alguns deles a viver em contentores, dentro da própria empresa, em “condições precárias e inaceitáveis”.

Os comunistas acusam ainda a empresa de estar a lançar para a atmosfera, há vários anos, cheiros nauseabundos que podem colocar em risco a saúde pública.

últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
pesquisar neste blog
 
Janeiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
blogs SAPO