Restos de placenta, sangue, guardanapos de papel e pensos. Foi este o cenário que Mário Oliveira, vigilante do Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Vilas Boas, Vila Flor, encontrou domingo de manhã na casa de banho, quando fazia a habitual visita às instalações.
Terá sido feito um aborto naquele espaço, sendo que a GNR está a investigar. O delegado de saúde confirmou que se tratava de uma placenta de uma gestação de dois a três meses. Ontem, as autoridades policiais visitaram centros de saúde e hospitais, mas nenhuma mulher foi identificada.
'Vi a porta rebentada, o chuveiro ainda a deitar água, as paredes e o chão com sangue, e o ralo entupido com o que parecia uma tripa. Ainda pensei que fosse de algum animal', contou ao CM Mário Oliveira. 'Só quando a minha mulher veio cá é que disse que era de um aborto. Liguei logo à GNR', recorda o vigilante, ainda incrédulo.
A placenta foi recolhida e levada para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela, para análise. 'Há mais de 25 anos encontrei no Santuário um feto com a cabeça esmagada embrulhado num jornal', recordou Cármen Seabra, mulher do vigilante.
Fonte: Correio da Manhã