O secretário-geral do PS esteve, esta quarta-feira, em Bragança, para apelar aos votos dos transmontanos para as eleições de Sábado. O candidato a primeiro-ministro contou com o apoio da pintora transmontana Graça Morais que subiu ao palco para abrir o comício e falar do “Governo que mais investiu na região e no país”.
Com Sócrates esteve também a transmontana Edite Estrela que pediu “frutos” para a “sementeira” feita pelo Governo.
“Sócrates semeou no Nordeste. Quando o PSD dizia que já havia estradas suficientes, o Governo lançou as estradas retirando a região do esquecimento a que tinha sido votado. É tempo agora de colher os frutos dessa sementeira e dessa determinação”.
Para os socialistas, em causa está a escolha entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, a candidata do PSD, e por isso a tentativa é de concentrar todos os votos, evitando a dispersão à esquerda ou à direita.
Num discurso marcado pelas críticas, Edite Estrela questionou se os portugueses “terão memória curta” ou se ainda se recordam do tempo em que Manuela Ferreira Leite foi ministra da Educação.
“Tratou mal os alunos e tratou mal os professores. Nesse tempo, sim, é que não era dada liberdade aos professores para se manifestarem publicamente, para dizerem o que é que pensavam, para darem as suas opiniões. Ela proibiu os professores de falar com a comunicação social. Aí, sim, é que havia asfixia democrática”, apontou.
Depois da Educação, a dirigente socialista, em tom de ironia e tocando nas gafes de linguagem de Ferreira Leite, falou dos tempos em que a social-democrata foi ministra das Finanças.
“Vendeu ao Citibank os títulos da dívida da Segurança Social, que nós estamos a pagar agora. Ela, sim, é que hipotecou o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos. E nós não queremos uma pessoa dessas à frente do país”, apontou.
Mas as críticas não se ficaram por aqui. O dirigente da distrital socialista, Mota Andrade, quis também apelar aos transmontanos para que “não se deixem enganar pela verdade” do PSD e falou do “medo” de ter Ferreira Leite como primeira-ministra.
“Todos nós nos lembramos do abandono a que este distrito foi votado quando ela esteve no Governo”, apontou Mota Andrade.
A determinação ou teimosia com que muitos qualificam José Sócrates foi também invocada, mas pela positiva.
“As estradas, a A4, o IP2 e o IC5, são um sonho de todos nós que só se vai concretizar porque tivemos um primeiro-ministro que avançou, contra tudo e contra todos”, concluiu.
A fechar o comício José Sócrates falou mais uma vez das estradas e de escolhas. Para o secretário-geral do PS, o que o Governo fez, em termos de acessibilidades, “não foi outra coisa que fazer justiça aos transmontanos”.