Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
03 de Outubro de 2012

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje as medidas de austeridade para 2013. Em termos gerais, o governante anunciou a devolução de um subsídio aos funcionários públicos e 1,1 subsídios aos reformados e pensionistas. Ao mesmo tempo, os escalões do IRS serão diminuídos de oito para cinco, prevendo-se um agravamento da taxa média efetiva do imposto, que passa de 9,8% para 11,8%. Segundo Vítor Gaspar, a previsão é a de que "quanto maior o rendimento, maior a taxa média de imposto". 

Será ainda criada uma sobretaxa em sede de IRS de 4% sobre o rendimento colectável dos contribuintes em 2013, à semelhança do que aconteceu em 2011.

 

Na comunicação ao país, o ministro frisou a entrada de Portugal no mercado das obrigações e o "progresso" conseguido pelo Governo com as medidas já implementadas, progresso esse que "contrasta" com o clima de incerteza e insatisfação que se vive nas ruas.

 

10 de Janeiro de 2010

 

Os dois alegados membros da ETA detidos em Portugal foram identificados como Garikoitz García Arrieta e Iratxe Yáñez Ortiz de Barron, estando esta última numa lista de suspeitos de acções da organização levadas a cabo em Julho de 2009.

 
foto Direitos Reservados/Guardia Civil
Detida em Portugal está em lista de procurados da ETA
Iratxe Yáñez está na lista dos procurados por ter ligações à ETA
 

Em comunicado, o Ministério do Interior espanhol explica os contornos da operação que, primeiro, levou ao controlo da viatura em que seguia um dos detidos, uma carrinha com explosivos e depois à detenção dos dois suspeitos em Portugal.

O governo afirma que a carrinha, que era conduzida por Garcia Arrieta, que estava carregada com explosivos e que levantou suspeitas por ter matrícula francesa, foi interceptada em Bermillo de Sayago (Zamora), num ponto de controlo da Guarda Civil.

Enquanto os agentes inspeccionavam a carrinha o condutor entrou no carro de patrulha policial e fugiu em direcção a Portugal.

De imediato foram accionados os protocolos de cooperação transfronteiriça tendo a GNR localizado a viatura cerca de 1:20 depois e detido o condutor.

A segunda suspeita foi localizada pela GNR no município de Vila Nova de Foz quando viajava com documentação falsa num veículo também com matrícula francesa.

Segundo o Ministério do Interior, Iratxe Yáñez Ortiz de Barron tem antecedentes por ter reunido informações sobre eventuais alvos políticos, militares ou policiais da ETA.

A sua foto estava incluída na ultima lista de fotografias distribuídas pelo Departamento do Interior de alegados envolvidos nos atentados de Julho do ano passado em Burgos e Calviá.

Na carrinha interceptada foram encontrados cerca de 10 quilos de explosivos, bidões e material para fabrico de engenhos explosivos, três armas de vários calibres, documentação variada e matrículas francesas.

No veiculo que conduzia Yáñez foram encontrados bilhetes de identidade, passaportes e documentação francesa, um computador portátil e uma câmara digital.

 

Fonte: JN

publicado por Lacra às 15:59
17 de Agosto de 2009

O distrito de Bragança tem mais eleitores do que população. Os dados são da Direcção Geral da Administração Interna e apontam para a existência de mais de 9,3 milhões eleitores portugueses nos cadernos nacionais, um número que não é verdadeiro porque só existem 8,6 milhões de portugueses maiores de idade, segundo as estimativas de população residente de 2008 do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nas eleições europeias, Portugal registou 63,5 por cento de abstenção, um número que na realidade é sete pontos mais baixo porque existem 650 mil números de cartões de eleitores referentes a pessoas que já morreram ou não residem em Portugal.

Para o sociólogo André Freire esta é uma diferença "grave" que influencia a abstenção e "custa dinheiro aos contribuintes", visto que o número de mandatos depende do número de pessoas inscritas, sendo "urgente" a sua resolução.

 

Fonte: Lusa

11 de Dezembro de 2008

 

Leiam este texto escrito por um professor de filosofia que escreve semanalmente para o jornal OTorrejano.

 

Tudo o que ele diz, é tristemente verdadeiro.


"Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer uma vigilância.
Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa.
Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta.
Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la?
Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico.
Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá  justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.
Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.
O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente.
O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do  elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.

Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados.
Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões. O problema é que em  Portugal a ficção se confunde com a realidade. Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D. Afonso Henriques, que Deus me
perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados.
Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que
eu sei.
Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho.
Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.
Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e   culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias,
mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.
Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente
perante o mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio."

publicado por Lacra às 18:02
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