Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
03 de Novembro de 2010

A Galeria História e Arte, no número 35 da Rua Abílio Beça, tem em exposição os trabalhos da artista zamorana Pilar Juan Fradejas. A pintora trouxe a Bragança um conjunto de trabalhos, de acrílico sobre tela e contraplacado, a que chamou “Mis Caprichos” e em que é recorrente o uso do figuras femininas enigmáticas, de delicados e seráficos rostos, mas com mãos e pés desmesuradamente grandes, num jogo de volumes explorado através da cor.


Na mesma exposição, a pintora, que expõe regularmente desde os anos 60, apresenta, também, um conjunto de mini-quadros que exploram a paisagem, “como se de registos de viagem se tratasse”, nota Emília Nogueiro, responsável da Galeria.


A mostra de trabalhos de uma autora zamorana em Bragança já não é nova e resulta das “boas relações transfronteiriças” entre a Galeria “História e Arte” e o Ayuntamento de Zamora e a Plaza de los Pintores.


Segundo Emília Nogueiro, esta relação tem permitido levar alguns artistas portugueses a expor em Zamora, estando o espaço aberto à exposição de artistas provenientes do outro lado da fronteira.


A exposição vai estar patente na Galeria História e Arte até final de Novembro.

 

19 de Janeiro de 2010

 Duas instalações, dois artistas, duas temáticas diferentes. Luís Melo é o mais recente pintor a expor no Centro de Arte Contemporânea uma colectânea de que congrega obras de distintas fases da sua carreira.

As grandes telas apresentadas mostram “rostos depurados, aparentemente padronizados, contidos, como se buscasse a perfeição plástica de simetrias e contornos e, paradoxalmente, a inexpressividade”, explicou o director do Centro de Arte Contemporânea, Jorge da Costa. E são os olhos e a linha do olhar que mais se destacam, a par com elementos, que revelam e ocultam, e que se conjugam nas suas composições, como tesouras, agulhas, cadeiras, malhas de rede, asas de insectos ou flores.

O artista, natural de Bragança, procura explorar as multiplicidade das representações formais aliando à pintura múltiplos materiais e objectos como recortes de revistas, mapas, poemas, fotografias, gravuras ou composições numéricas. Em suportes cúbicos, Luís Melo amplifica a dimensão das suas pinturas, dando-lhe tridimensionalidade e atribuindo-lhe a categoria de objectos que, quando colocados no chão, tendem a confundir-se com esculturas.

A par com Luís Melo, Graça Morais procedeu a uma renovação do seu espaço permanente abordando, mais uma vez, a temática da religiosidade. “Procissão” é o título do novo acervo mostrado ao público, uma viagem às suas memórias de uma infância passada em Vila Flor. Graça Morais relembra a romaria de Nossa Senhora da Assunção nos traços informais do desenho e em grandes telas que evocam a memória de todo o povo transmontano.

“É um voltar à infância, ao que senti naquela procissão”, explicou a artista, constatando que a identidade transmontana está muito ligada a rituais e ao pagão, mas também à religião cristã.

As obras de Luís Melo vão estar em exposição até dia 30 de Março. Já Graça Morais vai apenas renovar o seu acervo de seis em seis meses.

“É muito complicado, para mim, alterar a exposição de três em três meses porque estou em franca produção”, contou a artista.

 

FAN no Centro de Arte

O Teatro Municipal de Bragança e o Centro de Arte Contemporânea aliaram-se para, pela primeira vez, organizarem um concerto fora de portas, no âmbito do Festival de Ano Novo. Assim, coube aos Saxacordeon abrirem a exposição com um espectáculo musical que integrou obras originais de saxofone e acordeão, bem como obras de Jorge Salgueiro, Dmitri Schostakovich, Jean-Pierre Solves e Mário Pagotto, Astor Piazzola, Vitornino Matono e até música tradicional húngara.

Um raro e único projecto que encheu a casa e fez o pleno da integração e conjugação de duas expressões artísticas díspares, de grande qualidade.

“Estamos a viver em Trás-os-Montes sem fronteiras culturais”, comentou a artista Graça Morais, apontando aquele momento como “algo exemplar” para a interligação dos diferentes espaços culturais.

Esta foi a primeira vez que o “Teatro” saiu fora de portas, uma experiência pioneira que, no entender da directora do Teatro Municipal, Helena Genésio, foi “uma aposta ganha”.

“Foi a primeira vez que fizemos esta experiência e o resultado está à vista: está muita gente e é uma verdadeira festa”, apontou a responsável cultural.

Saxacordeon foi o terceiro concerto do Festival de Ano Novo que se realizou em Bragança, o primeiro fora de portas. A experiência vai voltar a repetir-se com os “Concertinhos”, no dia 27 de Janeiro, às 15h00 e às 18h00, no Conservatório de Música de Bragança. Os “Concertinhos” vão abordar a história infantil de Brunhoff e do pequeno elefante Babar. Direccionados para as crianças, os “Concertinhos” vão contar uma história interpretada ao piano por João Tiago Magalhães e narrada pelo actor Fernando Soares, com a ajuda de um jovem mimo.

12 de Agosto de 2009

 “Surrealimos Romântico” é o nome da exposição que Onik Sahakian tem em mostra no Centro Cultural de Bragança até ao dia 27 de Agosto. Considerado um dos melhores pintores surrealistas da actualidade, Onik apresenta na sua obra muitos traços da produção artística de Salvador Dalí, de quem foi discípulo durante 19 anos.

A combinação entre o representativo e abstracto, como o relógio fundido que lembram que o tempo é relativo e não fixo, são exemplo disso. Mas Onik Sahakian tem uma obra muito diversificada, que inclui joalharia (muitas usadas por Dalí), cenografia, guarda-roupa para Ballet, Escultura e Pintura.   

Ao longo da sua carreira tem exposto por vários locais do mundo, nomeadamente nos Estados Unidos. A vinda a Bragança é, por isso, uma oportunidade para todo o público conhecer algumas das peças daquele que é considerado o “Herdeiro de Salvador Dalí”.

Onik Sahakian nasceu em 1936 em Teerão, no Irão. A sua entrada no mundo da arte deu-se desde muito cedo, guiado pelo seu tio, quando tinha apenas três anos de idade. Estudou Música e Ballet, Pintura, Ciências Politicas e Arte.

Viveu no Irão, na ex União Soviética e nos Estados Unidos, onde se entregou totalmente à Arte, ampliando os seus conhecimentos sobre pintores clássicos.

Em 1958 inicia uma amizade com Salvador Dalí que duraria 19 anos. Fascinado pela obra do pintor catalão, torna-se seu discípulo e é iniciado no Surrealismo Daliniano. Onik era mesmo um dos alunos favoritos de Dalí e foram várias as vezes em que teve oportunidade de trabalhar com o mestre do surrealismo.

Desde 1987 que Onik Sahakian se radicou na capital portuguesa, tendo chegado a suspender as suas actividades artísticas.

Multifacetado, considerado uma personalidade genial, Onik foi galardoado com vários prémios ao longo da sua carreira. Ainda este ano, no âmbito de uma exposição em Moscovo, foi considerado um dos melhores pintores surrealistas contemporâneos.

03 de Julho de 2009

 

 

 

05 de Maio de 2009

Porque a arte deve ser partilhada o Millenium BCP decidiu trazer parte da sua colecção de pintura  a Bragança, numa exposição que irá percorrer todas as capitais de distrito do país e que é um percurso histórico pela arte portuguesa, do século XIX ao século XX.

Começando com o naturalista António Silva Porto e José Malhoa, até aos contemporâneos Eduardo Luiz, António Palolo ou Eduardo Batarda, “Arte Partilhada” traz a Bragança pintores que dificilmente se podem revisitar na capital ou mesmo no Porto. Ao todo são 41 autores portugueses, uma obra por cada autor, do movimento naturalista, modernista e da arte contemporânea.

A exposição vai estar patente no Centro de Arte Contemporânea até ao dia 25 de Junho e, para a anfitriã do espaço, Graça Morais, trazer a Bragança tais nomes da pintura portuguesa foi “o concretizar de um sonho de adolescente”.

“Estudei em Bragança e visitava muito o Museu Abade Baçal mas tinha poucas obras de pintura e eu sentia essa fome de ver pintura”, confessou a artista.

A mostra presente em Bragança é “mínima” face ao espólio detido pelo Millenium BCP e que contempla um total de mais de mil obras. Coube ao presidente do conselho de administração, Santos Ferreira, fazer a selecção das obras a expor pelo país, uma selecção que foi, sobretudo, didáctica e que assenta sob os nomes mais representativos da pintura portuguesa, estabelecendo uma linha condutora do caminho para a modernidade.

“Arte Partilhada” é um convite à reflexão sobre a pintura em que cada quadro, cada autor, merece um ser visto, revisto e apreciado.

António Silva Porto, José Malhoa, Sousa Pinto, Columbano Bordalo Pinheiro, Eduardo Viana, Amadeo de Souza-Cardoso, Carlos Botelho, Dordio Gomes, Almada Negreiros, Maria Helena Vieira da Silva, Joaquim Rodrigo, João Hogan, António Dacosta, Júlio Resende, Nadir Afonso, Mário Cesariny, António Charrua, Menez, Manuel Cargaleiro, Júlio Pomar, Carlos Calvet, Jorge Pinheiro, Nikias Skapinakis, Eduardo Luiz, António Costa Pinheiro, João Vieira, José Escada, René Bertholo, Paula Rego, Ângelo de Sousa, Manuel Amado, Eduardo Nery, Álvaro Lapa, José de Guimarães, Jorge Martins, Noronha da Costa, Eduardo Batarda, Armanda Passos, Pedro Chorão, António Palolo e Graça Morais, são os pintores com obras representadas na colectiva.

04 de Maio de 2009

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obrigado Cris:)
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