Um grupo de agricultores das freguesias do Parâmio e de Espinhosela, concelho de Bragança, vai reunir, hoje, com o Governador Civil para lhe dar conta dos prejuízos agrícolas sofridos na consequência das últimas geadas que se fizeram sentir.
Manuel João, um dos proprietários, da freguesia do Parâmio, contou que as perdas são significativas sobretudo no que diz respeito à cultura das nogueiras e castanheiros, as mais representativas daquela zona do concelho. Também as vinhas, a fruticultura e os cerais foram afectados.
“Muitas pessoas vivem da agricultura, é a nossa principal fonte de rendimento. Não colhemos nada. Os cereais estavam na fase de floração, queimaram-se. Os castanheiros de qualidade temperã e as nozes, também se perderam, e na fruticultura, ficamos sem nada”, lamentou o agricultor.
Grande parte dos agricultores continua a não ter seguro de colheitas, conforme apontou Manuel João.
“Os seguros de colheita são muito caros e há muita falta de informação sobre isso”.
Os prejuízos são avultados e os agricultores pedem que seja feita uma avaliação das perdas e que o Governo Civil de Bragança peça ao Ministério da Agricultura algum apoio para os produtores transmontanos.
“Trabalhamos o ano inteiro e perdemos toda a produção. Precisamos de ajudas, o Estado tem de olhar para nós”, reivindicou o proprietário.
O governador civil já admitiu que a situação é preocupante e que o crescimento da vegetação pode vir a trazer alguns transtornos, durante o Verão, na época de incêndios.