Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
15 de Março de 2010

 A anunciada reestruturação nacional dos serviços oncológicos levantou suspeitas, nomeadamente junto de forças políticas do distrito de Bragança, de que os serviços oncológicos pudessem encerrar, obrigando os doentes desta região a maiores deslocações.

O Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) fez saber hoje que se prepara para "reforçar os meios e a qualidade de tratamento de doenças oncológicas, o que permitirá dar resposta na região a doentes até agora reencaminhados para outras unidades".

Um dos contributos para aumentar a capacidade de resposta será a criação da nova Clínica Oncológica do Nordeste, na unidade hospitalar de Macedo de Cavaleiros, onde funciona atualmente a unidade oncológica que atende doentes de toda a região.

O reforço dos serviços será possível através de um protocolo de colaboração que o CHNE formaliza terça feira com o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, homologado pela Administração Regional de Saúde (ARS) Norte.

A cerimónia decorre, em Bragança, onde terá também lugar uma reunião dos responsáveis das duas instituições para discutir a realidade oncológica da região e o programa de implementação de novos procedimentos, para uma assistência de maior proximidade aos doentes oncológicos do nordeste.

O protocolo prevê a criação da nova Clínica Oncológica no distrito de Bragança e a consolidação da colaboração entre as duas entidades de saúde, estabelecendo a realização de reuniões semanais e consultas de grupo, com presença física, ou através de videoconferência de especialistas do IPO Porto.

O CHNE passará a ter capacidade para tratar um número de doentes superior aos limites propostos no Plano Oncológico Nacional, e que antes eram reencaminhados para outras unidades, nomeadamente o IPO Porto.

De acordo com o centro hospitalar, o Nordeste Transmontano apresenta elevados índices de prevalência de doenças como o cancro da mama e cancro colorrectal, razão pela qual o CHNE tem programadas campanhas de rastreio junto das populações.

Aquela entidade garante que com os novos serviços estão "reunidas todas as condições, de carácter físico e humano, para que a Unidade Oncológica se mantenha em funcionamento e para que se avance com a criação da nova Clínica de Oncologia, oferecendo aos utentes um conjunto de cuidados e tratamentos de elevada qualidade, e alargando a dimensão de atuação do centro hospitalar".

Fonte: Lusa

15 de Janeiro de 2010

 Não vai encerrar nenhum dos serviços oncológicos do Centro Hospitalar do Nordeste.

A garantia é deixada pelo deputado do PS eleito por Bragança para a Assembleia da República.

 

“Há um compromisso da ministra da saúde de que vai haver um incremento de cirurgias feitas em Bragança no que diz respeito a doenças do foro oncológico” adianta, explicando que “isso acontecerá em protocolo com o Instituto Português de Oncologia do Porto e isso vai permitir ter um melhor serviço”.

 

O receio surgiu na semana passada, depois da apresentação de um estudo na Assembleia da República, que definia números mínimos de atendimentos para a manutenção de alguns serviços de tratamento ao cancro.

“Houve um grupo de técnicos que fez esse documento, mas isso não quer dizer que a tutela leve em conta a totalidade esse documento” refere Mota Andrade.

 

O segundo deputado do PSD pelo distrito, Adão Silva, foi uma das primeiras vozes a levantar-se contra este documento, questionando o Governo sobre esta matéria.

Um dos maiores receios prende-se com o hospital de dia de Macedo de Cavaleiros, que actualmente recebe cerca de 250 doentes por ano para tratamentos de quimioterapia, um número próximo do mínimo exigido pelo documento técnico.

Mas Mota Andrade sublinha que também este serviço será reforçado “nomeadamente com transferências de outras unidades, sobretudo do IPO onde há saturação” adianta. “Não admitimos que o sofrimento dos doentes seja uma arma de arremesso político-partidária” acrescenta.

 

Mota Andrade garante que no distrito de Bragança não será encerrado nenhum serviço de cuidados a doentes com cancro, mesmo que não cumpram os requisitos propostos por um documento sobre a reorganização da rede nacional de cuidados oncológicos.

Para além de tratamentos de quimioterapia, em Macedo de Cavaleiros, o Centro Hospitalar do Nordeste realiza ainda cirurgias mamárias, do cólon e recto, estômago e esófago.

 

Fonte: Brigantia

07 de Janeiro de 2010

 Os serviços de oncologia que funcionam no distrito de Bragança podem vir a ser encerrados. Essa é, pelo menos, a convicção do deputado do PSD pelo distrito, Adão Silva que, após ter conhecimento das novas directrizes do Ministério da Saúde para a reorganização da rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, resolveu questionar directamente a ministra sobre o assunto.

O novo documento, que ainda vai ser colocado em discussão pública, estabelece requisitos para a prestação de cuidados em Oncologia, requisitos que metade dos actuais serviços de Oncologia não cumprem.

O relatório, a que o Mensageiro teve acesso, indica que estes serviços devem cumprir requisitos como o volume de casos existente por ano e o número de doentes tratados, entre outros. Por exemplo, um serviço só poderá exercer actividade cirúrgica se, na actividade anual dos dois anos anteriores forem atingidos determinados mínimos, como seja, 50 intervenções para o caso de neoplasias malignas da mama ou 15 intervenções no esófago. Já os serviços de radioterapia devem apresentar um volume de casos/ano mínimo de tratamento de 600 doentes.

Estas novas directrizes visam, segundo o mesmo documento, “criar uma lógica de complementaridade de recursos tendo como objectivo final promover a melhoria da qualidade dos cuidados prestados”.

Em declarações à imprensa nacional, o coordenador para as Doenças Oncológicas, Pedro Pimentel, considerou que os limites impostos são “equilibrados e razoáveis”, tendo em conta "a escassez de recursos humanos, técnicos e financeiros". O especialista considera mesmo que abaixo dos limites definidos pelo relatório poderá haver uma “dispersão excessiva dos recursos técnicos”, com impacto negativo na qualidade dos cuidados.

Também o responsável da Liga Portuguesa Contra o Cancro defendeu a aplicação dos princípios enunciados pelo relatório. Em declarações ao Jornal de Notícias, Vítor Veloso apontou que nem todos os hospitais podem tratar de doenças oncológicas porque é necessária a envolvência de uma equipa de estrutura multidisciplinar que, segundo avançou, “a maioria das unidades não tem”.

No distrito de Bragança, os serviços de resposta aos doentes oncológicos desdobram-se em valências como cirurgias, nomeadamente neoplasias malignas da mama, do recto e do cólon, que são realizadas na unidade hospitalar de Bragança. Existe ainda o “Hospital de Dia”, na unidade hospitalar de Macedo de Cavaleiros, para o tratamento com quimioterapia e, na mesma localidade, entrou recentemente em funcionamento o Centro de Cuidados Paliativos para os doentes com cancro, o qual dispõe de oito camas.

Adão Silva teme que se o novo plano for colocado em prática, tal venha a significar o encerramento destes serviços no distrito de Bragança.

“Quando se fala de racionalização e de concentração de serviços, como os responsáveis do Ministério da Saúde falaram na Comissão Parlamentar de Saúde, não podemos esquecer o que tais conceitos querem dizer para as populações do distrito de Bragança: extinção e supressão de serviços de saúde, necessidade de deslocações penosas e onerosas para os doentes e para as suas famílias, injustiças e iniquidades sociais”, apontou o deputado.

Adão Silva refere ainda ter “insistentemente” questionado os responsáveis do Ministério da Saúde sobre a possível existência de uma listagem de serviços ligados à oncologia em risco de encerrar, mas estes terão recusado qualquer resposta. O deputado resolveu, por isso, enviar à ministra da saúde a pergunta por escrito: “No âmbito da reorganização da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia que o Governo se propõe implementar, vai ser encerrado algum serviço ou algum procedimento no distrito de Bragança?”.

O deputado laranja apela ao Governo que tenha em conta que a existência deste tipo de serviços no distrito de Bragança assume maior importância tendo em conta a distância ao Instituto Português de Oncologia do Porto: “é um distrito geograficamente afastado do IPO do Porto, com difíceis acessibilidades, muito envelhecido, com uma baixa cultura de acesso aos cuidados de saúde e onde o cancro é uma das principais causas de morte”.

O documento que define os requisitos para a prestação de cuidados em Oncologia está agora em aberto para discussão pública. 

 

Fonte: Mensageiro

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