A Rampa de Bragança, a quinta prova do Campeonato Nacional de Montanha, contou, este ano, com a participação de apenas 17 pilotos, um número abaixo do esperado pela organização, a cargo do Nordeste Automóvel Clube (NAC), que só não cancelou o evento devido aos compromissos assumidos para com os patrocinadores e parceiros.
António Nogueiro, presidente do NAC, admitiu mesmo que, no próximo ano, se o número de inscritos continuar a baixar, a prova terá de ser repensada, embora considere que seria uma perda para toda a região se a mesma não se vier a realizar.
“Não queremos deixar acabar e vamos tentar fazer tudo para que não acabe. É a única prova de automobilismo do Nordeste Transmontano”, apontou.
A distância e o isolamento, a par com as inúmeras provas que se realizam em todo o país, são factores que, no entender do responsável, têm afastado mais pilotos da Rampa de Bragança.
“Os pilotos não vêm porque ficamos longe de tudo e as despesas são maiores e quando há avarias pode ser complicado”, apontou.
Ainda assim, a prova foi participada pelos principais concorrentes do Campeonato. Paulo Ramalho foi o grande vencedor da geral e da categoria 2, tendo até abdicado da terceira subida dada a vantagem que tinha sob os seus outros 16 adversários.
No final, o piloto do Juno contou que prescindiu da terceira subida por uma questão de “poupança de material”.
“A última subida era opcional e optei por não fazer para poupar material”, contou, fazendo um balanço extremamente positivo de toda a prova.
O piloto considerou ainda que a ausência de muitos concorrentes se pode ficar a dever à crise económica, embora tenha apontado que “os principais” marcaram presença.
“A nível organizativo é a melhor Rampa. Tratam-nos muito bem e são muito atenciosos. As subidas são boas, tem duas secções que são feitas a fundo e o carro está espectacular, foi sempre a bombar por aí acima”, contou.
Já em 2008, Paulo Ramalho venceu a Rampa de Bragança mas, este ano, conseguiu melhorar o tempo em cerca de dois segundos, tendo finalizado com um total de 4minutos e 49 segundos no somatório das duas subidas.
Na categoria 1, o vencedor foi António Nogueira, com o Porshe 911 e, na categoria 3, ganhou Martine Pereira com o Lola T70.