O Museu Terras de Miranda, em Miranda do Douro, foi alvo de uma candidatura, no valor de 2,2 milhões de euros, que prevê a sua completa remodelação.
O projecto visa anexar e recuperar um edifício junto ao Museu, na sua parte traseira, abrir novos espaços, criar dois pisos e um espaço exposição temporário e um outro de exposições permanentes.
Actualmente, o Museu Terras de Miranda carece de condições de segurança e de acessibilidade a cidadãos portadores de deficiência. As obras são já clamadas há vários anos mas só agora é que o Ministério da Cultura decidiu avançar com a candidatura. O projecto prevê uma completa reorganização do espaço e a criação de três núcleos no espaço de exposições permanente: um vocacionado para a história e evolução do território mirandês com destaque para a língua, outro vocacionado para os trabalhos da terra e o ciclo agrícola tradicional, um terceiro vocacionado para o espaço domestico e um ultimo para as festas e rituais.
A candidatura aos fundos comunitários europeus carece ainda de uma resposta positiva mas, caso seja aprovada, as obras poderão iniciar-se no próximo ano.
A apresentação do projecto foi feita na presença da secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, que considerou que o número de visitantes, 18 mil por ano, é mais uma razão para qualificar e valorizar aquele espaço.
“O museu tem um número de visitantes superior a alguns espaços de índole nacional, funciona como pólo catalisador de um conjunto de eventos que acontecem no concelho e é por essas razões que devemos qualificar e valorizar todo o espaço”, considerou.
A secretária de Estado da Cultura aproveitou ainda a visita para se deslocar à Sé de Miranda do Douro, um monumento que carece também de uma intervenção urgente. No entanto, ainda não será para já que a Sé Catedral poderá entrar em obras.
“Os técnicos informaram que há necessidade, sobretudo ao nível da cobertura, mas teremos que estudar qual a melhor forma de intervir”.
Pouco satisfeito ficou o autarca de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, que pediu “respostas concretas”.
“Só fico satisfeito quando as obras estiverem a ser realizadas. Há vontade do Ministério mas não houve respostas concretas. Manifestou-se empenho mas mesmo o projecto apresentado está dependente da aprovação da candidatura”, considerou, desejando que tanto as obras do Museu como as da Sé Catedral sejam executadas “o mais depressa possível”.