Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
08 de Julho de 2010

O Académico de Mogadouro ainda não tem definido o plantel para a próxima temporada. As dificuldades financeiras que o Clube atravessa, a par da crise que tem levado ao afastamento das empresas patrocinadoras, têm feito com que o Académico perca poder de negociação face a outros clubes da primeira divisão.

Todos os jogadores estrangeiros receberam propostas “convidativas” para ingressar noutros clubes. Maurício Trigo, presidente do clube, lamenta a situação mas afirma que não tem garantias para poder renovar nem condições para fazer propostas.

“Todos os anos têm sido complicado, contamos com o apoio de algumas empresas e do município mas estamos na primeira divisão, é mais difícil ter poder de negociação com orçamentos reduzidos”, apontou.

Do Académico saíram Ricardinho, Mancuso, Neysinho, Gilberto, Renato e Bruno Pereira. Em risco de sair está também Mário Freitas.

O presidente do clube já entregou o plano de actividades de 2010/11 à Câmara Municipal de Mogadouro e aguarda agora uma resposta por parte do município para saber com o que pode contar, em termos financeiros.

Actualmente o Académico tem um passivo de cerca de 50 mil euros, dívidas que têm sido suportadas pela direcção que, ao longo destes anos, tem avançado, independentemente dos apoios chegarem ou não, acreditando nas mais-valias para toda a região de ter um clube na primeira divisão.

“Ter o Académico de Mogadouro na 1ª Divisão é uma mais-valia porque, de 15 em 15 dias, gera todo um movimento no comércio local, hotelaria, restauração. É gente que vem de todo o país, são as televisões, os clubes”, apontou.

O presidente não se queixa da falta de apoio, mas aponta a necessidade de maior investimento. É que, caso os apoios não sejam suficientes, o Académico terá de recorrer a jogadores que queiram apenas uma oportunidade para integrar a primeira divisão, a custos muito reduzidos.

A esperança de Maurício Trigo é mesmo o município de Mogadouro, a única entidade que o presidente considera que pode apoiar substancialmente o clube.

“Nos grandes centros urbanos, os clubes podem procurar muitos patrocínios. Aqui no interior é mais difícil mas compensa porque há mais-valias para o concelho que vê toda uma movimentação que não é habitual”, considerou.

O presidente lamenta que os 20 anos do clube, que se assinalam este ano, não possam ser comemorados com maior festividade, mas orgulha-se de “contrair a interioridade”, lutando, lado a lado com 800 equipas por 14 vagas na 1ª Divisão, e tendo no seu passado grandes jogos disputados contra equipas como o Benfica ou a Fundação Jorge Antunes.

“Já provamos o que tínhamos a provar, mas precisamos de mais apoio”, disse Maurício Trigo.

A reunião com a câmara deve acontecer em breve e, a partir daí, o Académico poderá definir melhor o caminho futuro.

publicado por Lacra às 16:45
01 de Fevereiro de 2009

 

A Direcção do Clube Académico de Mogadouro reuniu ontem de emergência e decidiu emitir um comunicado para defender o nome do clube e dos seus atletas, isto em sequência da suspensão anunciada pelo scn dos seus jogadores brasileiros (decisão da FPF).

A Direcção do CAM vem por este meio, emitir um Comunicado Oficial depois de uma reunião extraordinária de Direcção e departamento jurídico do Clube, em virtude dos últimos acontecimentos relativo a inscrição dos atletas estrangeiros do CAM.

Passamos a esclarecer os factos:

A nossa Direcção foi surpreendida quando, a poucos minutos do encerramento de expediente da FPF nesta sexta-feira, último dia útil da semana, e a 24 horas de uma prova nacional "Taça de Portugal" recebeu um fax da FPF, dando ordens para a suspensão imediata de 11 Atletas do CAM.

A ordem era fundamentada numa alegada dependência de certificados internacionais, nunca antes exigida pela Federação, até porque anexada a inscrição de cada um dos 11 atletas, seguiram sempre, o documento oficial emitido pela FPF informando ao CAM do desconhecimento dos atletas em questão na CBF e consequente liberação legal da primeira inscrição dos mesmos no Futsal português.

Estranhamos o facto de que a informação contrária por parte da CBF, agora surge, tendo sido recebida pela FPF em fax as 13:17hs segundo registo do mesmo, e só as 17:05 foi comunicado ao CAM da ordem de suspender.

O Fax depois de lido, foi tentado contacto urgente com a FPF por telefone através do Presidente do CAM, que a 4 minutos do fecho dos trabalhos da FPF conseguiu-se finalmente estabelecer conversa com o departamento jurídico da FPF para que fossem prestados esclarecimentos. Como era de se esperar àquela hora nada pode ser feito, apesar de se mostrarem solidários com o facto apresentado.

Em contacto permanente com o Presidente da Associação de Futebol de Bragança e com o Presidente do Núcleo de Futsal de Torre de Moncorvo, os quais acompanharam atentos ao desenrolar dos factos, declararam-se indignados com a atitude, tendo o Presidente da Associação de Futebol de Bragança se deslocado a Lisboa para uma Assembleia da FPF onde prometera apresentar protesto.

O CAM desconhece qualquer tipo de pesquisa actualmente feita ao nosso Clube, feita também em simultâneo em outros dos inúmeros Clubes Federados nas 3 divisões e nos campeonatos distritais oficiais, o que mostra claramente um foco dirigido ao nosso Clube.

Por estes motivos foi convocada uma reunião extraordinária de urgência com a Direcção e o nosso departamento jurídico que resolveu dentre outras coisas, emitir este comunicado oficial com os seguintes pressupostos:

Foi considerado o envio deste documento, um acto arbitrário, sem fundamento e, por isso, ilegal por violar os princípios de boa fé e do contraditório, que são basilares na defesa de qualquer entidade e regras fundamentais de todos os procedimentos administrativos. Foi considerado que a decisão agora tomada, resulta não de uma atitude de suspeita de irregularidade por parte da FPF, mas de uma campanha promovida nas últimas semanas em alguns órgãos de comunicação social e por alguns clubes da primeira divisão com o único objectivo de desestabilizar e prejudicar o CAM. Baseado no Comunicado Oficial nº1 da FPF, no seu capítulo 6º "Consulta a Federação Estrangeira" o CAM no uso das suas competências, e demonstrando boa fé, sempre solicitou à FPF, no início da época desportiva a pesquisa de todos os atletas estrangeiros que integram hoje a camada Sénior do Campeonato nacional de Futsal FUTSAGRES 2008/2009, Juniores, e nos anos que antecederam., pagando para tal a taxa de 20,00€ à FPF Em conformidade com o parágrafo 1 deste mesmo capítulo, o CAM sempre informou os 4 itens exigidos: Nome do Atleta, Idade, documento de identificação do mesmo e Federação a qual deveria estar voltada a pesquisa. Tratando-se de atletas de nacionalidade brasileira e lá residindo, sempre foi mencionada a Confederação Brasileira de Futebol, única reconhecida pela FIFA congénere à FPF no Brasil. Recebemos da FPF em 100% dos casos referidos no V. Fax resposta de "DESCONHECIDOS" o que acarretou numa imediata primeira inscrição dos mesmos através da ficha de inscrição e anexada o comprovativo da pesquisa feita pela FPF. Alguns dos Atletas referidos, já jogaram toda a época passada e tratam-se este ano de uma renovação de inscrição. Está caracterizado cumprimento legal por parte do CAM, e da FPF na primeira inscrição dos atletas que sempre jogaram sem nenhuma objecção. Se houve qualquer alegado erro, como indica o V. fax, o mesmo parte do Brasil e nunca poderia o CAM ser penalizado com qualquer suspensão, ou pior, numa sexta-feira ao fim da tarde sem tempo para uma decisão ou contestação. Entendemos que se algo está supostamente errado no sistema de pesquisa, devem rever o mecanismo e a partir de agora e com o conhecimento prévio de qualquer alteração do procedimento do mesmo, por parte de todos os clubes com um adeno ou modificação ao CO nº1, no capitulo referente as pesquisas, mas nunca abruptamente e a menos de 24 horas de uma prova desportiva oficial como a Taça de Portugal a contar fundamentalmente para os oitavos de final.

Sendo assim, o CAM tomará as medidas cabidas para o restabelecimento do bom nome, da moral e da dignidade da nossa instituição, alem de proteger os interesses dos nossos Atletas.

publicado por Lacra às 15:11
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
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