Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
21 de Maio de 2010

"Sábado é o grande dia! Vamos ter o desfile, que é o maior da Europa, este ano com cerca de 500 participantes com máscaras tradicionais de toda a Península Ibérica e um grupo da Irlanda", explica Hélder Ferreira, presidente da Progestur, associação sem fins lucrativos de gestão e desenvolvimento de turismo cultural, uma das entidades organizadoras. 

O desfile de sábado começa na Praça do Município e termina no Rossio, que reúne a maior parte dos eventos - concertos, provas produtos regionais e de vinho, artesanato e ateliês para crianças - das regiões de Portugal e de Espanha representadas no festival. 

De Portugal, desfilam sete grupos - "caretos", "velhos", "chocalheiros" e máscaros" de Mogadouro, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Lamego e Lagoa - e de Espanha chegam nove grupos - "boiteros", "vacas", "toros", "carnavales" e "sidros" de Ourense, Zamora, León, Cantábria e Astúrias -, além da presença, pela primeira vez no festival, de um grupo não ibérico: The Mummers, da Irlanda. 



O toque de fertilidade irlandesa

"Mummers" significa "lugar da fertilidade", explica Jim Ledwith, um dos membros do grupo, que começou a animar Lisboa com um concerto de música tradicional irlandesa no Rossio, mas sem máscaras porque estava um calor insuportável, no arranque do festival, na quinta feira, e que promete também conquistar os portugueses, sobretudo as portuguesas. 

"Somos a fertilidade, o florescer da Natureza, e representamos a colheita, a generosidade da terra", prossegue o irlandês, um dos 20 membros do grupo que no sábado vai percorrer a Baixa de Lisboa com máscaras de palha. 



"Temos também um cavalo branco que ataca portugueses - porque não?" Cada mulher tocada pelo cavalo, garante Jim Ledwith, terá uma criança em seis meses. "Chamamos a isso fazer novos amigos por muito tempo..."


Ao longo dos quatro dias do Festival da Máscara Ibérica, a organização espera pelo menos repetir os números da edição do ano passado, com 300 mil pessoas, segundo números da Polícia Municipal. O presidente da Progestur, diz que são aguardados cerca de 30 órgãos de comunicação social estrangeiros, entre os quais quatro televisões espanholas e uma francesa. 

Hoje é o dia de Cáceres, com provas de queijos e azeites, o concerto do grupo Cerandeo no Rossio e gastronomia desta região no restaurante Casa do Leão, no Castelo de São Jorge. Sábado é o dia de Zamora, também com provas de produtos regionais e o espetáculo do grupo Xera, das Astúrias, no Rossio e gastronomia no restaurante Terraço, no Hotel Tivoli. 


O festival encerra no domingo, com as atuações da Banda de Gaitas de Viana do Bolo, dos Saca Sons, de Zebreira, e ainda dos Tanira e Roncos do Diabo, de Portugal. 



 

Fonte: Lusa

07 de Dezembro de 2009

 Há cada vez mais artesãos jovens a trabalhar a máscara, elemento integrante dos rituais de Inverno tradicionais do Nordeste Transmontano e da vizinha Castela e Leão. Na Feira da Máscara, localizada, este ano, pela primeira vez, na Praça Cavaleiro Ferreira, participaram mais jovens e artesãos locais com materiais alusivos às tradições das Festas dos Rapazes. Fátima Fernandes, vereadora da cultura, considera que ao longo destes quatro anos da IV Bienal da Máscara, têm-se conseguido divulgar mais a temática e envolver mais os jovens nestas tradições.

“Este ano conseguimos ter mais artesãos a participar, artesãos que trabalham sobre a temática das máscaras nas suas múltiplas vertentes”, apontou.

Um maior envolvimento que tem chegado também ao Museu Ibérico da Máscara e do Traje, instalado, desde há dois anos, na zona do castelo de Bragança e que, este ano, conta com mais material expositivo chegado de várias aldeias do concelho e da zona fronteiriça de Espanha, onde estes rituais têm também tradição.

Nesta bienal, o Museu do Oriente quis também associar-se e marcar presença com o envio de máscaras,”Outras Máscaras”, em exposição no Centro Cultural da cidade.

Segundo a vereadora, a receptividade a estas tradições tem vindo a crescer, havendo já um certo “reconhecimento” e “identificação” dos transmontanos com estes rituais.

“Há mais pessoas a querer participar e maior receptividade. As pessoas reconhecem-se nas nossas tradições”, considerou.

A Mascararte abriu no dia 1 de Dezembro e encerra a 11 com a “queima do Mascareto”, um espectáculo multimédia que irá envolver grupos de mascarados, gaiteiros, alunos das escolas e o “Pinóquio”, que, pela primeira vez, participa nestes rituais.

Ao longo de duas semanas, foram promovidas conferências, apresentação de obras, exposições de pinturas e concertos relacionados com a temática.

 

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