Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
12 de Abril de 2010

Porque é que há pessoas que vestem o fato de treino para ir às compras? Porque é que há muitos incêndios em Portugal? Ou porque é que o tempo é sempre tema de conversa entre os portugueses? A essência do “portuga”, as suas manias e preconceitos, foram assim abordadas por José Pedro Gomes numa espécie de monólogo com um galo de Barcelos insuflável, no espectáculo “Vai-se Andando”.

Encenado por António Feio, com textos de Alberto Gonçalves, Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva e Nuno Markl, “Vai-se Andando” continua a pôr Portugal a rir e Vila Real e Bragança não foram excepção. “Não é difícil por o público a rir”, confessou José Pedro Gomes ao Diário de Bragança.

“O segredo é ter um ponto de vista divertido sobre a realidade e falarmos sobre aquilo que as pessoas vivem”. O actor tem percorrido todo o país com esta peça, desde o ano passado, tendo-se deslocado à região transmontana no âmbito do Festival Internacional de Teatro – 27. José Pedro Gomes assume, no entanto, que não é difícil correr todo o país, de Lisboa a Bragança, porque tem sempre encontrado “uma simpatia muito grande”.

Em Bragança, onde foi, juntamente com António Feio, homenageado pela autarquia municipal, o actor admite mesmo sentir “uma boa onda com o público”. “O que encontramos no público do país inteiro é uma simpatia muito grande e, aqui, sentimos boa onda com o público”, contou. Ainda assim são já seis meses sem família nem fins-de-semana. Mas, mesmo assim, José Pedro Gomes sente-se “recompensado”.

“É bom porque o prazer que sentimos que as pessoas sentem a ver o nosso trabalho, recompensa isso tudo”.

A autarquia brigantina e o Teatro Municipal aproveitaram a vinda de José Pedro Gomes para fazer uma homenagem ao actor e ao seu companheiro António Feio, a dupla das “conversas da treta”. António Feio não esteve presente, por motivos de saúde, mas José Pedro Gomes agradeceu em nome dos dois: “eu e o António Feio andamos a fazer um esforço para isto desde há uns anos a esta parte. A ideia nunca foi ter uma placa com o nosso nome, mas é uma óptima recompensa pelo que temos vindo a fazer”.

Os dois actores passam agora a ter o seu nome inscrito numa placa do Teatro Municipal de Bragança, lado a lado com o nome de Maria do Céu Guerra e Eunice Muñoz. Com esta iniciativa, a autarquia e o Teatro Municipal, quiseram demonstrar publicamente o “carinho” que todo o público sente por estes dois actores, deixando-os ligados, para sempre, à história cultural da cidade.

“Decidimos homenagear o José Pedro Gomes e o António Feio porque entendemos que é importante convidar aqueles que fazem parte da nossa história para ficarem aqui presentes e construírem connosco a história deste edifício”, explicou Helena Genésio.

José Pedro Gomes ironizou ter até alguma “inveja” dos colegas que tinham nomes “numas placas”: “agora também posso dizer que já tenho uma!”. O actor mostrou-se sensibilizado com o reconhecer do seu trabalho, admitindo não esperar um louvor do género: “não estava à espera, mas é um prazer muito grande ter uma homenagem destas no interior”

05 de Abril de 2010

“Vai-se andando” é o nome da peça que a dupla amigável José Pedro Gomes e António Feio trazem ao Teatro de Bragança, no dia 10 de Abril, no âmbito do 27 (Festival Internacional de Teatro).

Com encenação de António Feio e textos de oito autores, como seja Nilton, Nuno Markl, Marco Horário, entre outros, esta é uma peça em que José Pedro Gomes reflecte sobre o povo português e sobre o que nos torna “tão especiais”.

O Teatro de Bragança vai aproveitar para homenagear a dupla de actores com a colocação de uma placa evocativa nas paredes do espaço cultural, a par com Eunice Muñoz e Maria do Céu Guerra.

“Wonderland”, a partir de “Alice no País das Maravilhas” é outra das peças que o 27 traz a Bragança, pelas mãos do Teatro de Marionetas do Porto. O espectáculo está agendado para o dia 17 de Abril, às 21h30, e conta o sonho de Alice “sonhado por nós”.

Destaque ainda para “Olá e adeuzinho!”, no dia 22, e “Pinóquio”, no dia 24, também em Bragança.

“Olá e adeuzinho!” é uma peça que fala de dois irmãos que adiaram a responsabilidade de serem adultos e que questionam a sua identidade quando se tornam órfãos. Com textos do autor Athol Fugard, esta é uma peça que tem a encenação de Beatriz Batarda e que conta com a interpretação de Catarina Lacerda e Dinarte Branco.

“Pinóquio” encerra o mês no que diz respeito ao teatro. O espectáculo é da Companhia Paulo Ribeiro, uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura e pela Direcção Geral das Artes, e está agendado para dia 24 de Abril, às 16h00.

 

Foto com Direitos Reservados

 

27 de Janeiro de 2010

 O Teatro de Bragança já definiu a programação de espectáculos para os próximos seis meses e promete levar cada vez mais público àquele espaço cultural. Em Fevereiro, a música está em alta com o regresso da rubrica “Noites Frias, Vozes Quentes” e a vinda de dois nomes incontornáveis da música portuguesa: Pedro Moutinho e Joana Rios.

O mês abre com o espectáculo de Paco Diez, no dia 6 de Fevereiro. Com voz, gaita, guitarra e percussão de Paco Diez, os “La Bazanca” vão apresentar todo um trabalho de recompilação, classificação e adaptação do saber tradicional da cultura musical ibérica. O espectaculo será gravado ao vivo e assinala os 30 anos dos “La Bazanca”.

Pedro Moutinho é o senhor que se segue com três álbuns premiados e elogiados pela crítica nacional: “Primeiro Fado”; “Encontro” e “Fados”. Irmão de Camané e Hélder Moutinho, dois marcos do novo fado português, Pedro descobriu o fado aos 11 anos e aos 19 já integrava o Clube de Fado Amália.

Ainda na mesma rubrica, o Teatro recebe, no dia 20 de Fevereiro, os jovens cantores da Enchanted Opera Evening, com um reportório bem conhecido e apreciado.

A sonoridade intensa de Joana Rios tem lugar no dia 25 de Fevereiro, data em que a cantautora virá a Bragança apresentar o seu mais recente trabalho – “Três Desejos”.

Antes disso é ainda tempo das boas peças teatrais, no dia 13 de Fevereiro, com a “Canção do vale”, da companhia Teatro dos Aloés, numa tradução da peça de Athol Fugard. “Canção do vale” é um empolgante texto que parte de uma situação particular de uma África do Sul pós “Apartheid” que se universaliza dando conta das diferenças das memórias dos que lutaram pela liberdade e pela igualdade.

A fechar o mês, novamente o teatro com a companhia Peripécia a representar, no dia 27, a peça “Mamã?!”, na qual uma mulher comicamente grávida e um músico “divertidamente porreiro” constroem um espectáculo cheio de humor e sensibilidade.

 

Março – mês do Teatro

Mas é em Março que o teatro ganha mais força como actividade cultural com o Teatro de Bragança a dedicar a esta arte praticamente todo um mês. As crianças são o público privilegiado com a exibição da peça “O Patinho Feio”, inspirado num clássico da literatura, da autoria de Andersen. A peça sobe ao palco nos dias 3, 4, 5 e 6 de Março, às 10h30 e às 15h00.

Bailarinas expulsas dois melhores music-halls de Paris, cómicos espancados nos nights clubs de Nova Iorque, mágicos fugidos dos circos mundiais, entre outros, são as personagens do Caravan Cabaret. A co-produção da companhia Baal 17 e da Al-Masrah Teatro traz um espectáculo de “vanguardismo fulgurante” que antecede a abertura do 27 – Festival Internacional de Teatro (FIT).

 

FIT à espera de Eunice Muñoz

No âmbito do FIT está prevista a vinda da consagrada Eunice Muñoz, com o espectáculo “O Ano do Pensamento Mágico”.

Helena Genésio, directora do Teatro Municipal de Bragança, não garante a vinda da actriz mas eleva as expectativas: “ainda não está confirmado, mas tudo indica que se vai realizar”.

Confirmada está a presença da dupla amigável António Feio e José Pedro Gomes. Os actores vão ser homenageados no âmbito do Festival e vão ter direito a uma placa  evocativa, com o nome, nas paredes do espaço cultural.

Também está confirmada a vinda do Teatro Nacional de São João com a peça “Antígona” – inspirada na obra-prima de Sófocles, bem como a estreia da co-produção do Teatro da Garagem com o Teatro de Bragança e a autarquia – “L.A. Lost Angel’s Projet”, uma estreia absoluta agendada para 27 de Março.

Um semestre recheado de cultura que se tem traduzido num aumento de público dia após dia.

 

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obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
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