
Jorge Gomes, candidato socialista assumiu-se como a “única verdadeira alternativa” ao actual presidente de câmara e novamente candidato pelo PSD – Jorge Nunes.
“Não me levem a mal as outras candidaturas mas há uma escolha que tem de ser tomada: se querem o Jorge Gomes do PS ou o Jorge Nunes do PSD. Não há outra alternativa, em termos de votos, para poder substituir a gestão autárquica que existe”, considerou o candidato.
As propostas apresentadas ao eleitorado visam, acima de tudo, segundo o candidato, a “humanização da câmara” e o trabalho com os cidadãos.
“Queremos que seja uma câmara activa e participativa em conjunto com os cidadãos e não que as coisas sejam definidas nos gabinetes e em defesa de interesses que não são os dos cidadãos”.
Exemplo disso, apontou, foi o recente anúncio da autarquia para a construção de um Museu da Língua Portuguesa. Jorge Gomes considera que o município tem de discutir os projectos com os cidadãos e definir prioridades.
“Temos aldeias que não têm água, aldeias que não têm saneamento, temos a agricultura a precisar de regadio, temos necessidade de habitação social e damo-nos ao luxo de gastar mais três milhões de euros num museu?”, questionou.
O candidato socialista criticou ainda o conjunto de obras realizadas “à pressa” nos últimos meses pelo actual executivo e levantou dúvidas sobre a legalidade e transparência das mesmas ao nível dos concursos públicos, adjudicações e contratos.
“Com quatro anos de mandato e no espaço de quinze dias abre-se a cidade toda? A que preço e com que intenção?”, ironizou, questionando o “eleitoralismo” da campanha do opositor.
Jorge Gomes quer também ver esclarecidos processos como o Bragaparques ou o Polis e compromete-se a, caso saio vencedor, proceder de imediato a uma auditoria às contas da câmara.
Alvo de críticas foi também a candidatura independente de Humberto Rocha, ex vice presidente de Luís Mina e militante do PS. Jorge Gomes entende que esta é uma candidatura que apenas serve para “dividir e reinar” e questiona de onde vem o financiamento da campanha do independente.
Os socialistas acreditam mesmo que a candidatura de Humberto Rocha servirá apenas para “ajudar” o opositor do PSD e, por isso, apelaram à “não dispersão” dos votos.
A comparação entre o que existe, e que no entender de Jorge Gomes é “uma câmara que continua a trabalhar para a projecção pessoal de um presidente que está mais preocupado com a sua progressão política”, e o que o PS quer fazer, foram as linhas mestras do discurso do comício de encerramento em Bragança.
O candidato ficou pouco agradado com a data que lhe saiu em sorteio, 4 de Outubro, mas surpreso com o apoio de cerca de meio milhar de simpatizantes.
Jorge Gomes considera mesmo que, ao longo do tempo, foi crescendo a receptividade e a força da sua candidatura, sobretudo nos meios rurais, estando, por isso, convicto de uma possível vitória, no dia 11 de Outubro.