Há cada vez mais artesãos jovens a trabalhar a máscara, elemento integrante dos rituais de Inverno tradicionais do Nordeste Transmontano e da vizinha Castela e Leão. Na Feira da Máscara, localizada, este ano, pela primeira vez, na Praça Cavaleiro Ferreira, participaram mais jovens e artesãos locais com materiais alusivos às tradições das Festas dos Rapazes. Fátima Fernandes, vereadora da cultura, considera que ao longo destes quatro anos da IV Bienal da Máscara, têm-se conseguido divulgar mais a temática e envolver mais os jovens nestas tradições.
“Este ano conseguimos ter mais artesãos a participar, artesãos que trabalham sobre a temática das máscaras nas suas múltiplas vertentes”, apontou.
Um maior envolvimento que tem chegado também ao Museu Ibérico da Máscara e do Traje, instalado, desde há dois anos, na zona do castelo de Bragança e que, este ano, conta com mais material expositivo chegado de várias aldeias do concelho e da zona fronteiriça de Espanha, onde estes rituais têm também tradição.
Nesta bienal, o Museu do Oriente quis também associar-se e marcar presença com o envio de máscaras,”Outras Máscaras”, em exposição no Centro Cultural da cidade.
Segundo a vereadora, a receptividade a estas tradições tem vindo a crescer, havendo já um certo “reconhecimento” e “identificação” dos transmontanos com estes rituais.
“Há mais pessoas a querer participar e maior receptividade. As pessoas reconhecem-se nas nossas tradições”, considerou.
A Mascararte abriu no dia 1 de Dezembro e encerra a 11 com a “queima do Mascareto”, um espectáculo multimédia que irá envolver grupos de mascarados, gaiteiros, alunos das escolas e o “Pinóquio”, que, pela primeira vez, participa nestes rituais.
Ao longo de duas semanas, foram promovidas conferências, apresentação de obras, exposições de pinturas e concertos relacionados com a temática.