Em apenas três meses de 2010, as estradas de Bragança já viram morrer cinco pessoas, metade do total das vítimas mortais de acidentes de viação registados no ano passado. Quatro destas vítimas tinham mais de 60 anos, o que leva o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, a apontar o dedo aos médicos que passam os atestados para a renovação das cartas de condução. 

"Muitas vezes há alguma facilidade na renovação das cartas de condução", acusa. "Não é por acaso que há condutores que entram em sentido contrário numa auto-estrada, normalmente são pessoas idosas", aponta. 

Em causa estão, sobretudo, dois acidentes semelhantes ocorridos a 4 e 5 de Fevereiro, no cruzamento de Vale de Nogueira (Bragança), no IP4. Um veículo vindo da Estrada Nacional 105 tentou atravessar a via e foi abalroado por outro carro que circulava no IP4. O resultado, no primeiro caso, foi um morto entre os quatro passageiros de um Renault 9, todos com mais de 60 anos. No dia seguinte ocorreu um acidente igual, vitimando dois irmãos, com 65 e 80 anos, que regressavam do funeral do cunhado, a vítima do dia anterior.

"Temos um parque automóvel velho e condutores também já com muita idade. E infelizmente é nessa faixa etária que estão a acontecer acidentes mortais. Eventualmente deveria haver um rigor maior" na renovação das cartas de condução, sugere o governador.

Numa altura em que os principais eixos rodoviários do distrito de Bragança (IP4 e IP2) estão em obras, Jorge Gomes avisa que haverá "maior fiscalização e será imposta uma redução da velocidade". "À medida que as obras de construção da A4 avançam, os planos de segurança também vão sendo adaptados", garante. Os acidentes dos primeiros três meses de 2010 fizeram cinco mortos e 18 feridos graves no distrito de Bragança.

Fonte: Público/António Gonçalves Rodrigues

A uma má notícia, o aumento do desemprego, sucedeu uma boa notícia, mais uma medida de combate ao desemprego. Basta ler a lista de 18 portugueses que em Conselho de Ministros conquistou o direito a salário, carro e motorista.

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Em Bragança, por exemplo, o ex-governador civil, Jorge Gomes, aceitou corajosamente abandonar o lugar para lutar por um cargo menor, a presidência da Câmara. O eleitorado não valorizou esse facto, o homem perdeu e isso de ser vereador, sobretudo sem pelouro, é como fazer política sem receber o respectivo salário, ou seja, é para gente sem talento. Uma atitude de tamanha nobreza perante a política só podia ter um desfecho: Jorge Gomes, o ex-governador civil de Bragança, terá como sucessor Jorge Gomes. Ou seja, um caso de lay-off com final feliz.

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Por Rafael Barbosa em Jornal de Notícias