A evolução histórica de Freixo de Espada à Cinta, desde a formação geológica de toda aquela zona, há 470 milhões de anos, até ao século XX, está retratada em Museu, naquele que é o primeiro espaço museológico da vila. O Museu do Território e da Memória foi inaugurado no passado dia 20 de Dezembro e compila os vários momentos históricos daquele concelho.
Instalado num edifício do século XV, que chegou a ser a antiga Casa da Cadeia, o Museu do Território conta com um espólio que se deve, sobretudo, aos freixenistas, como afirmou o autarca local, José Santos.
“Há aqui um grande espólio que foi doado pelos freixenistas ao Museu e acredito que mais doações serão feitas”.
O espaço é da tutela da autarquia e representou um investimento de 100 mil euros, comparticipados pelo programa Leader+.
Fotografias de Freixo, datadas do início do século, antigos berrões, moedas do tempo dos reis, utensílios agrícolas já desgastados pelo tempo, são apenas alguns dos objectos que o Museu do Território e da Memória tem para mostrar e que foram ou encontrados em prospecções arqueológicas ou faziam parte do acervo e colecções de famílias de Freixo. Ao mesmo tempo, o espaço alberga ainda importantes referências históricas do concelho, como é o caso do painel dedicado à gravura rupestre de Mazouco, o “Cavalo de Mazouco”, ou à “Fraga do Gato”. O objectivo da autarquia é vir a fundar, num futuro próximo, pólos museológicos nas freguesias do concelho, interligados a este primeiro museu, para que os visitantes possam assim percorrer o território freixenista.
Também é intenção da autarquia criar na vila outros espaços museológicos complementares, como é a Casa de Guerra Junqueiro, “Freixo Medieval” e o Museu dos Missionários e Navegadores.
A Casa de Guerra Junqueiro será instalada na antiga casa do poeta uma vez que, hoje em dia, é uma casa que se encontra fechada e sem qualquer espólio. A câmara quer, com a abertura do espaço, fazer regressar à vila do poeta o seu quarto e outros objectos que actualmente se encontram no Museu Abade Baçal, em Bragança.
Já o Museu Freixo Medieval será instalado na Torre Heptagonal do Castelo Medieval de Freixo, uma das mais antigas fortalezas da região transmontana.
O Museu dos Missionários e dos Navegadores será instalado no antigo Convento de S. Filipe de Nery e será um espaço eminentemente tecnológico que explicará aos visitantes os caminhos dos missionários e navegadores freixenistas que percorreram o mundo.
A câmara assinou ainda um protocolo com a Diocese de Bragança-Miranda e com a Associação Terras Quentes para a inventariação do património religioso do concelho.