Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
10 de Outubro de 2012

O relatório da missão da UNESCO ao Douro conclui que a Barragem de Foz Tua é compatível com a manutenção do Alto Douro Vinhateiro (ADV) na lista do Património mundial, disse à agência Lusa fonte do Governo.

O Governo recebeu na terça-feira o relatório da missão conjunta do Comité do Património Mundial da UNESCO, ICOMOS e IUCN sobre a construção do aproveitamento hidroeléctrico de Foz Tua, entre Alijó e Carrazeda de Ansiães.

Fonte do Ministério da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do (MAMAOT) disse à Lusa que o relatório conclui que a construção da barragem de Foz Tua, "de acordo com o projecto revisto, é compatível com a manutenção do ADV na lista do Património Mundial".

De acordo com as conclusões a que chegaram as peritas que visitaram a região, a barragem tem um "impacto visual reduzido" no ADV, "na sua integridade e autenticidade, quer ao nível da paisagem quer ao nível do processo vitivinícola".

Segundo o MAMAOT, o relatório "aplaude" ainda a opção tomada em construir a central eléctrica enterrada, solução que é considerada tecnicamente "adequada".

Durante a visita ao Douro, foi apresentado à UNESCO o projecto do arquitecto Souto Moura, que tem em vista a compatibilização da central hidroeléctrica, inserida na área classificada, com a paisagem.

O projecto pretende enterrar toda a central. Será ainda feito um pequeno reajuste do ângulo da própria barragem que pretende diminuir o impacto visual da mesma.

O relatório da UNESCO refere ainda, de acordo como Governo, que o calendário da obra foi abrandado, em cumprimento das conclusões da reunião do Comité do Património Mundial de São Petersburgo, na Rússia.

No decorrer deste encontro, foi aprovado um "abrandamento significativo" das obras da barragem, em alternativa à suspensão das mesmas.

E, neste aspecto, segundo o MAMAOT, também se verifica uma evolução, ou seja, a anterior avaliação sugeria um "abrandamento significativo" e o relatório actual refere-se apenas manter um "abrandamento".

Para avaliar "in loco" os impactos decorrentes da construção da barragem no Património Mundial, uma missão da UNESCO, composta por três especialistas, esteve no Douro entre 30 de Julho e 3 de Agosto.

A missão incluía peritas da UNESCO, da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e da ICOMOS, órgão consultivo da UNESCO. 

Em sequência da decisão de abrandamento, foi solicitada pelo Estado português à dona da obra, a EDP, a apresentação de um novo calendário, o qual adia em quase um ano a conclusão do empreendimento.

O Douro foi distinguido como Património Mundial da Humanidade em 2001.

 

Fonte: Lusa

27 de Outubro de 2009

As máquinas não param, dia e noite, para cumprir os prazos estabelecidos. Camiões atravessam, um sem número de vezes, as sinuosas estradas onde decorrem os trabalhos da barragem do Baixo Sabor. Actualmente encontram-se a trabalhar no local cerca de 600 pessoas que desenvolvem trabalhos de desvio do leito do rio. Ao mesmo tempo desenvolvem-se trabalhos para a construção de dois túneis que vão captar a água até à central onde serão instalados os equipamentos de produção de energia. Em Novembro o túnel de desvio deverá estar concluído e no próximo Verão o rio Sabor já não passará pelo seu leito natural. Nessa altura devem estar em construção os blocos de betão da barragem e o paredão, com 120 metros de altura.

No pico de obra, em 2011, estima-se que estejam no local quase duas mil pessoas a trabalhar. No final das obras, ficará tudo submerso, numa imensidão de água que se vai estender até à ponte de Remondes, em Mogadouro.

O investimento da EDP é de 120 milhões de euros ao qual se acrescentam ainda o reforço da potência da barragem de Picote, em Miranda do Douro, e da barragem de Bemposta, em Mogadouro, bem como a de Foz Tua, em Mirandela. No total são mais de 3500 postos de trabalho que vão ser criados na região, atingindo mais de 300 empresas.

António Mexia, presidente da empresa, considera que esta fase de construções de empreendimentos hidroeléctricos só teve paralelo nos anos 50, constituindo assim uma “oportunidade única”. Por isso, Mexia quer com o seu grupo encontrar, nesta nova fase, uma forma de “compensar” as populações por períodos superiores aos da construção da barragem. Uma “nova visão” em que Mexia quer que a EDP deixe de ser “mecenas” para passar a “parceira”.

“Somos a empresa que mais megawatts está a desenvolver em toda a Europa e queremos fazê-lo de forma integradora”, afirmou num evento, promovido pela EDP, em Torre de Moncorvo, ontem, e no qual participaram autarcas, empresários e muitos outros convidados.

António Mexia quer “contribuir para que as pessoas tenham mais-valias das barragens”, mas a população local gostava era de ver baixar o preço da electricidade. O presidente da EDP recusa a ideia de haver  diferenças tarifárias no país até porque defende “as mesmas condições para todos”, mas adianta que a empresa vai apostar na “pedagogia” e no reenquadramento tarifário bem como nas medidas de eficiência energética. 

Ainda assim, segundo Mexia, toda esta vaga de construções de empreendimentos hidroeléctricos irá permitir, no futuro, “estabilizar os preços” já que haverá menos dependência externa.

A EDP destacou ainda o investimento social que tem vindo a fazer na região, como seja através do programa “EDP Solidária Barragens”, um programa de apoio a projectos de solidariedade social promovido por instituições da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, na zona de influência das barragens de Bemposta, Picote e das futuras Baixo Sabor e Foz Tua, ou do “Energy Bus”, um autocarro expositivo que tem vindo a percorrer aqueles concelhos.

No evento promovido pela EDP foram ainda assinados três protocolos diferentes com três instituições, um deles com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Escola de Música do Conservatório Nacional para a expansão do modelo de Orquestras Juvenis Geração às regiões da área de influência das novas barragens.

A EDP está ainda a desenvolver os estudos para a alternativa de mobilidade à Linha do Tua que, com a construção da barragem de Foz Tua, ficará com 16 quilómetros submersos.

A empresa está também a desenvolver estudos com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para avaliar o impacto da barragem no clima do vale do Tua e na agricultura.

Futuramente deverá também ser criada uma Agência para o Desenvolvimento que tenha capacidade de criar dinâmicas e atrair investimento para a região.

Carla A. Gonçalves

 

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