Colecção reúne algumas das melhores fotografias de Manuel Teles e vai servir de base a um workshop em “Ilustração Cientifica”
São momentos eternizados numa fotografia aqueles que o fotografo Manuel Teles mostra no espaço “História e Arte”, no número 35, junto ao Museu Abade de Baçal.
São dezenas de imagens, recolhidas desde 2002, e que mostram ao pormenor algumas das mais belas espécies de fauna e flora possível de observar na região. Uma questão de “sorte” e “paciência”, como conta Manuel Teles ao Mensageiro.
“É essencialmente sorte e paciência para estar num abrigo durante muitas horas para, depois, trazer para casa uma fotografia, que foi aquela que tiramos só para ver se a máquina estava a fotografar bem”.
Para além disso, é necessário, também, perceber algo de biologia e do mundo animal, saber como e do que se alimentam, conhecer o mundo em que se movimentam para poder captar um momento.
“Apontamentos da Vida Selvagem” mostra-nos um mundo de biodiversidade pleno de brilhos, texturas e cores que o fotógrafo faz questão de manter praticamente idêntico ao “original”, “ao vivo”, recusando recorrer à manipulação digital. Com excepção de uma das imagens em que uma salamandra é contraposta a uma rã, numa tentativa de contrapor a natureza a algo mais artificial, o tratamento digital é o mínimo.
Brigantino de “gema”, Manuel Teles é fotografo freelancer, trabalhando, actualmente, como repórter fotográfico numa agência noticiosa. Para além de reportagens de eventos sociais, Manuel Teles também faz fotografias panorâmicas de 360º e visitas virtuais de equipamentos culturais para publicação Web. Entre as várias publicações em revistas da especialidade, o fotógrafo foi já premiado diversas vezes.
Visitável até ao final do mês de Outubro, a exposição de Manuel Teles vai, agora, servir de base para a realização de um workshop sobre Ilustração Cientifica que a Galeria “História e Arte” vai promover, a partir do dia 8 de Outubro. Este é já o segundo workshop do género que a galeria promove, sob a orientação da bióloga Ana Guimarães Ferreira, artista residente do espaço.
Emília Nogueiro, do espaço “História e Arte”, explica que a naturalidade desta conjugação, quase espontânea: “a ilustração parte de uma base fotográfica e os temas que ela propõe estão relacionados com a natureza. Temos aqui fotografias ideoneas para servirem de base a futuros trabalhos de ilustração, vai conjugar-se muito bem”.
O workshop está aberto ao público e a inscrição já inclui os materiais a utilizar. As sessões serão sempre de duas horas, em horário pós-laboral, num total de 36 horas. As inscrições são no espaço “História e Arte”.