São da Colômbia, do Panamá e da Costa Rica os trinta estudantes do ensino superior que escolheram o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) para concluir os seus cursos de licenciatura ou mestrado, ao abrigo do programa “Erasmus Mundus”.
Alguns deles nunca tinham, sequer, saído do país, mas quiseram embarcar nesta “aventura” de estudar na Europa, na expectativa de terem “uma melhor oportunidade de futuro” quando ingressarem no mercado de trabalho.
O IPB deu-lhes as boas-vindas, na semana passada, e atribuiu a todos eles um certificado de aprendizagem intensiva da Língua Portuguesa, um programa gratuito, disponibilizado pelo instituto aos estudantes estrangeiros como forma de promover a sua integração na escola e na cidade.
O funcionamento do programa Erasmus Mundus em Bragança resultou de um convite directo da Universidade Autónoma de Barcelona ao Politécnico, permitindo ao instituto receber alunos de licenciatura e, também, de mestrado, o que é uma “originalidade”, conforme explicou Luís Pais, vice-presidente do IPB.
“Os alunos de mestrado não fazem apenas um semestre de mobilidade, vão ser alunos do próprio instituto financiados por este programa”.
Este alargamento, em termos de internacionalização, à América Latina é visto como uma das “apostas estratégicas” do instituto, a par com outras que já estão em desenvolvimento.
Neste momento, o IPB consegue ter mais de 500 alunos em mobilidade, por ano, e cerca de centena e meia de docentes, não só através do programa Erasmus, mas também no âmbito do programa de mobilidade com as Universidades Federais Brasileiras, um programa não financiado, suportado financeiramente pelas instituições envolvidas.
Em vias de consolidação está, ainda, a constituição de uma Rede de Ensino Superior Lusófono, através do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, que é liderado pelo IPB. O objectivo é abarcar os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, bem como Macau, onde o interesse pela Língua Portuguesa começa a ganhar cada vez mais adeptos.