Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
24 de Agosto de 2009

"Só a vitória do PSD nas legislativas pode salvar a Linha do Tua".  É a convicção manifestada pelo presidente da empresa Metro Ligeiro de Mirandela (MLM), um ano após o último acidente naquela via-férrea.

Recorde-se que, no dia 22 de Agosto de 2008, um novo descarrilamento naquela linha provocou um morto (a quarta vítima em ano e meio) e levou o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres a encerrar o troço entre o Tua e o Cachão, situação que ainda se mantém. José Silvano acredita que a decisão está tomada, mas ainda não foi anunciada "devido à proximidade das legislativas", afirma. Por isso mesmo, A decisão sobre o futuro da linha do Tua transitará para o novo Governo, a quem caberá decidir se é viável manter o último troço de ferrovia transmontana, perante as condicionantes impostas pela barragem de Foz Tua.

Para o também presidente do município de Mirandela, uma reviravolta no processo só pode acontecer com uma mudança política.

"Se vencer o PSD, nada me garante que a posição não venha a ser a mesma, mas como o discurso dos seus líderes é contra os grandes investimentos públicos, pode ser a réstea de esperança para a sobrevivência da linha", refere.

O autarca social-democrata revela que não existe qualquer desenvolvimento sobre o estudo de uma linha ferroviária alternativa à actual, sugerida, em Maio, pelo Ministério do Ambiente, quando emitiu uma Declaração de Impacto Ambiental favorável, mas condicionada à cota mínima de 170 metros, à construção da barragem de Foz Tua. Com a cota aprovada, o enchimento da albufeira irá inundar 16 dos cerca de 60 quilómetros da linha do Tua.

O Metro faz o transporte na linha do Tua, ao serviço da CP, recebendo, anualmente, uma compensação de 124, 500 euros, que cobre apenas cerca metade dos custos operacionais.

Há um ano que a circulação só é possível em cerca de 14 quilómetros, entre Mirandela e Cachão, com o resto do percurso a ser assegurado por táxis. Os prejuízos acumulam-se, o que leva José Silvano a referir que o serviço que está a ser prestado "obriga" a manter nove funcionários e três carruagens, que "não se justificam com a linha encerrada", acrescenta o autarca.

Entretanto, para assinalar um ano após o acidente, a COAGRET (Coordenadora de Afectados Pelas Grandes Barragens e Transvases) organiza, hoje, uma marcha rumo à estação de Brunheda e romagem simbólica ao local do acidente onde será colocada uma coroa de flores.

 

Fonte: Jornal de Notícias

 

21 de Maio de 2009

O encerramento de 228 escolas do primeiro ciclo, no distrito de Bragança, foi uma medida positiva e que “valeu a pena”. A constatação é do deputado socialista pelo distrito de Bragança, Mota Andrade, que fez um balanço das medidas para a educação, aplicadas ao longo de quatro anos, e o impacto que tiveram na região.

Desde 1984 que estava decidido racionalizar o primeiro ciclo e encerrar as escolas com menos de dez alunos. Só que, segundo Mota Andrade, “nunca nenhum Governo teve coragem de avançar com a medida pelo impacto que esta teria junto das comunidades”.

Há quatro anos atrás o Governo de Sócrates decidiu aplicar a medida e, só no distrito de Bragança, foram encerradas 228 escolas. Apesar das contestações, Mota Andrade garante que todos os municípios do distrito colaboraram com o Governo nesta reforma do ensino e que a própria oposição acabou por se “calar”. Mas a “prova” que esta medida foi positiva, no entender de Mota Andrade, foi dada pelas próprias famílias e comunidades afectadas: “feito esse trabalho não houve nenhuma aldeia ou família com crianças deslocadas que quisesse reabrir as escolas o que é sintomático de que esta foi uma boa medida”.

Com a concentração dos alunos em centros escolar, o deputado destaca que foi possível melhorar a qualidade do ensino, desde logo porque se acabou com o isolamento dos alunos e professores.

Ao mesmo tempo, “introduziu-se a escola a tempo inteiro, as actividades de enriquecimento curricular, e o transporte e alimentação subsidiados pelo Estado”.

 

Professores excedentes vão ser integrados

Apesar de haver um excedente de 150 professores de Quadro de Zona Pedagógica, e não 500, como tinham anunciado os sindicatos, Mota Andrade lembrou que com o encerramento das escolas nenhum docente ficou de fora do sistema e garantiu que não será agora que isso irá acontecer.

Os 150 docentes vão ser integrados numa bolsa e irão prestar apoia aos alunos, a projectos e às Novas Oportunidades.

“Isto não é nenhuma novidade, é uma questão legal, embora haja, por parte da oposição, a tentativa de levantar poeira”, criticou.

O deputado lembrou a forma como decorreram os concursos “no tempo do PSD”, em que “foram deixados de fora inúmeros professores provocando atrasos no começo das aulas” e anunciou que, a partir deste ano, os concursos serão feitos apenas de quatro em quatro anos.

 

Bragança com investimentos de 47 milhões de euros

Em quatro anos, o distrito de Bragança sofreu investimentos na ordem dos 47 milhões de euros só para a área da educação. Até ao momento foram construídos os Centros Escolares de Freixo de Espada à Cinta, Vimioso e Alfândega da Fé, e estão em construção os de Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro, Carrazeda de Ansiães e Bragança (quatro). Em fase de candidatura encontram-se ainda os centros escolares de Miranda do Douro, Vinhais, Moncorvo e Vila Flor.

A este valor, Mota Andrade somou ainda os investimentos feitos na requalificação do parque escolar, sendo que alguns deles ainda vão iniciar.

Já no que diz respeito ao Plano Tecnológico lançado pelo Governo, Mota Andrade destacou, para a área da educação, a colocação de quadros interactivos nas escolas do distrito e a distribuição dos computadores Magalhães.

No distrito já foram entregues mais de dois mil computadores Magalhães e estão pedidos cerca de quatro mil. Mota Andrade considera esta uma medida “da maior importância” embora admita que haja localidades que não têm acesso à internet de banda larga.

“Há muita chacota e há algumas falhas mas eu tenho orgulho de viver num país que foi pioneiro em implementar uma medida destas, medida que está agora a ser aplicada por outros países”.

Admitindo sempre que “era possível fazer melhor”, o deputado socialista deixou o desafio: “quem quer fazer melhor tem que provar”.

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