Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
28 de Fevereiro de 2010

Em Trás-os Montes, o Rio Sabor, vai deixar de correr naturalmente até ao Douro. A construção da Barragem do Baixo Sabor muda para sempre o equilíbrio natural da região. Conheça as espécies e as memórias condenadas no altar do progresso energético e pr...ove connosco o sabor da despedida.

25 de Janeiro de 2010

O administrador da EDP Manso Neto disse hoje que a empresa já entregou o estudo das alternativas à linha do Tua que ficará submersa pela barragem de Foz Tua, mas sem revelar as soluções propostas.

"Foi entregue a quem de direito e que decidirá em conformidade e não seria delicado da nossa parte estar a divulgá-lo", disse hoje em Bragança, à margem da cerimónia de entrega de apoios financeiros a instituições de solidariedade, no âmbito da iniciativa "EDP Solidária Barragens 2009".

De acordo com Manso Neto, membro do conselho de administração da EDP, o estudo sobre as alternativas de transporte na zona afectada pela barragem de Foz Tua, já foi entregue à comissão de avaliação da Declaração de Impacto Ambiental (DIA.

 

Fonte: LUSA

publicado por Lacra às 22:01
06 de Janeiro de 2010

O ministro das Obras Públicas vai ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre a Linha do Tua. O requerimento apresentado na semana passada pelos Verdes foi ontem aprovado na comissão parlamentar de Obras Públicas, mas os deputados socialistas votaram contra. O Partido Ecologista chegou a acusar a EDP de arrogância por afirmar que não iria concretizar a alternativa ferroviária exigida na Declaração de Impacte Ambiental da barragem. Sobre este assunto, a deputada do PS Ana Paula Vitorino e ex-secretária de estado dos transportes, disse na comissão que “teria de ser encontrada uma nova solução de transportes para aquelas populações que, só em situação de impossibilidade, seria rodoviária”. Fonte: Brigantia
28 de Outubro de 2009

 A EDP vai distribuir mais de dois mil castanheiros por 46 proprietários de oito aldeias da área do Parque Natural de Montesinho.. Esta foi a solução encontrada para “indemnizar” os proprietários dos carrascos abatidos em Fevereiro deste ano por uma empresa contratada pela EDP para limpar as zonas arborizadas junto das linhas de alta tensão.

Em conjunto com a Comissão de Baldios, representada por Carlos Fernandes, a EDP acordou indemnizar os proprietários atribuindo-lhes castanheiros, uma árvore considerada mais rentável para os agricultores.

“É um acordo justo”, considerou Carlos Fernandes, que adiantou que os proprietários vão receber árvores em função da área afectada.

Esta situação teve origem na limpeza de zonas arborizadas junto das linhas de alta tensão – uma situação que resulta da aplicação da lei que obriga à criação das chamadas faixas de gestão de combustível para a prevenção de incêndios.

No caso de Terroso, segundo o responsável da EDP Distribuição, João Torres, o erro foi da empresa contratada para fazer o serviço. No entanto, a EDP estabeleceu já um protocolo com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade no sentido de assegurar as melhores práticas na execução destas actividades.

É que, nos próximos três anos, a EDP vai investir cerca de 15,2 milhões de euros para intervir em mais de 22 mil quilómetros da rede área de Alta Tensão e de Média Tensão, a realizar nos territórios do Sistema Nacional de Áreas Classificadas, incluindo o Parque Natural de Montesinho. O investimento contempla ainda a criação de mais de 2500 quilómetros de rede de faixa de gestão de combustível, bem como em acções de manutenção.

A rede de faixas de gestão de combustível visa a gestão ao nível do solo de forma a garantir a protecção das infra-estruturas e a redução das condições de ignição e propagação de fogos.

Por sua vez, a manutenção das faixas de protecção das linhas áreas de Alta e Média Tensão visa assegurar que a distância entre as árvores e as linhas se mantém dentro dos valores regulamentares.

Carla A. Gonçalves

publicado por Lacra às 10:52
27 de Outubro de 2009

As máquinas não param, dia e noite, para cumprir os prazos estabelecidos. Camiões atravessam, um sem número de vezes, as sinuosas estradas onde decorrem os trabalhos da barragem do Baixo Sabor. Actualmente encontram-se a trabalhar no local cerca de 600 pessoas que desenvolvem trabalhos de desvio do leito do rio. Ao mesmo tempo desenvolvem-se trabalhos para a construção de dois túneis que vão captar a água até à central onde serão instalados os equipamentos de produção de energia. Em Novembro o túnel de desvio deverá estar concluído e no próximo Verão o rio Sabor já não passará pelo seu leito natural. Nessa altura devem estar em construção os blocos de betão da barragem e o paredão, com 120 metros de altura.

No pico de obra, em 2011, estima-se que estejam no local quase duas mil pessoas a trabalhar. No final das obras, ficará tudo submerso, numa imensidão de água que se vai estender até à ponte de Remondes, em Mogadouro.

O investimento da EDP é de 120 milhões de euros ao qual se acrescentam ainda o reforço da potência da barragem de Picote, em Miranda do Douro, e da barragem de Bemposta, em Mogadouro, bem como a de Foz Tua, em Mirandela. No total são mais de 3500 postos de trabalho que vão ser criados na região, atingindo mais de 300 empresas.

António Mexia, presidente da empresa, considera que esta fase de construções de empreendimentos hidroeléctricos só teve paralelo nos anos 50, constituindo assim uma “oportunidade única”. Por isso, Mexia quer com o seu grupo encontrar, nesta nova fase, uma forma de “compensar” as populações por períodos superiores aos da construção da barragem. Uma “nova visão” em que Mexia quer que a EDP deixe de ser “mecenas” para passar a “parceira”.

“Somos a empresa que mais megawatts está a desenvolver em toda a Europa e queremos fazê-lo de forma integradora”, afirmou num evento, promovido pela EDP, em Torre de Moncorvo, ontem, e no qual participaram autarcas, empresários e muitos outros convidados.

António Mexia quer “contribuir para que as pessoas tenham mais-valias das barragens”, mas a população local gostava era de ver baixar o preço da electricidade. O presidente da EDP recusa a ideia de haver  diferenças tarifárias no país até porque defende “as mesmas condições para todos”, mas adianta que a empresa vai apostar na “pedagogia” e no reenquadramento tarifário bem como nas medidas de eficiência energética. 

Ainda assim, segundo Mexia, toda esta vaga de construções de empreendimentos hidroeléctricos irá permitir, no futuro, “estabilizar os preços” já que haverá menos dependência externa.

A EDP destacou ainda o investimento social que tem vindo a fazer na região, como seja através do programa “EDP Solidária Barragens”, um programa de apoio a projectos de solidariedade social promovido por instituições da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, na zona de influência das barragens de Bemposta, Picote e das futuras Baixo Sabor e Foz Tua, ou do “Energy Bus”, um autocarro expositivo que tem vindo a percorrer aqueles concelhos.

No evento promovido pela EDP foram ainda assinados três protocolos diferentes com três instituições, um deles com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Escola de Música do Conservatório Nacional para a expansão do modelo de Orquestras Juvenis Geração às regiões da área de influência das novas barragens.

A EDP está ainda a desenvolver os estudos para a alternativa de mobilidade à Linha do Tua que, com a construção da barragem de Foz Tua, ficará com 16 quilómetros submersos.

A empresa está também a desenvolver estudos com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para avaliar o impacto da barragem no clima do vale do Tua e na agricultura.

Futuramente deverá também ser criada uma Agência para o Desenvolvimento que tenha capacidade de criar dinâmicas e atrair investimento para a região.

Carla A. Gonçalves

 

05 de Junho de 2009

A EDP foi obrigada a alterar o plano de acessos à obra da Barragem do Baixo Sabor, depois de ver reprovada pelos organismos oficiais competentes uma proposta que fazia passar centenas de camiões pela área de protecção de um monumento nacional.

Segundo confirmou à agência Lusa Paula Silva, a directora dos bens culturais da Direcção Regional de Cultura Norte (DRCN), a proposta da EDP foi "rejeitada" porque "havia uma aproximação grande e pesada ao sítio arqueológico".

O sítio em causa é conhecido pelas "Ruínas de Vila Velha da Vilariça", um antigo povoado medieval, classificado monumento nacional, em 1992, há 17 anos.

publicado por Lacra às 10:37
29 de Abril de 2009

 Se o Governo decidir avançar com a decisão de construir a barragem de Foz do Tua, submergindo a linha férrea, então a EDP terá de construir uma linha alternativa que cumpra as mesmas funções. O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), apresentou, em conferência de imprensa, um conjunto de documentos que comprova que esse foi o compromisso assumido entre o Governo e a EDP no caderno de encargos do concurso para a atribuição de concessão da construção da barragem hidroeléctrica.

O PEV afirma ainda que, em 2006, a Refer, aquando consultada no quadro de elaboração do Estudo de Impacte Ambiental, deixou clara a sua posição: “a intervenção em causa poderá potenciar a afectação da actual linha do Tua (...), observando-se este cenário recairia na responsabilidade do promotor desta obra o desvio da linha de caminho de ferro para outro espaço canal ferroviário, albergando todos os custos daí inerentes”. Este parecer vem ainda, no entender do PEV, demonstrar que a Refer tinha conhecimento oficial da barragem, apesar de “durante muito tempo” ter negado tal facto.

«Durante muito tempo, quando reuníamos com a administração da REFER, dizia-nos que não tinha conhecimento oficial da barragem. Então o que é isto que aqui está? Afinal havia conhecimento oficial e até tinha imposto condições», referiu.

A decisão de manter a linha do Tua em funcionamento irá depender do aval do ministro do Ambiente à construção da hidroeléctrica de Foz Tua, motivo que levou o PEV a convocar a conferência de imprensa, “para que o país saiba o que o ministro do Ambiente sabia”.

O PEV decidiu, por isso, apresentar o parecer do Estudo de Impacto Ambiental e os pareceres que constam do anexo desse mesmo documento. Segundo o documento apresentado, a construção da barragem de Foz Tua apresenta como “único aspecto positivo” a produção de energia e, mesmo a nível hidroeléctrico, os benefícios serão muito reduzidos tendo em conta as medidas de minimização dos impactos negativos que terão de ser aplicadas. A dirigente do partido, Manuela Cunha, considera, por isso, que “se o ministro do Ambiente e Ordenamento do Território for uma pessoa de bem, que faça respeitar os compromissos, só pode dar um aval negativo à construção da barragem de Foz Tua”.

A nível de produção de energia, o PEV indica que bastaria fazer um reforço de potência das barragens já existentes na bacia do Douro para conseguir o mesmo ganho hidroeléctrico que a barragem de Foz Tua irá produzir. Ainda ao nível do EIA, “Os Verdes” apontaram que o estudo avalia “muito bem” todos os impactos negativos decorrentes da construção da barragem e que são “impactos transversais a várias áreas que nenhuma das medidas mitigadoras conseguirá atenuar de forma minimamente satisfatória”.

Para alem do “sentimento de perda colectivo” que a Linha poderá representar para todo o Vale do Tua, o EIA, segundo o PEV, fala, entre outras coisas, da submersão de vários terrenos agrícolas, da criação de desemprego, da afectação da mobilidade das populações, do aumento dos riscos sísmicos e das alterações ao nível do clima. Mas, segundo Manuela Cunha, o grande “impacto” da construção da barragem do Tua será “sobre o ser humano em Trás-os-Montes, já em vias de extinção”.

“A construção da barragem irá acelerar a desertificação da região, sendo que um dos concelhos mais penalizados será o de Carrazeda de Ansiães que é o mais envelhecido, o mais despovoado e aquele que tem menos acessibilidades e infra-estruturas de apoio às populações”, considerou Manuela Cunha.

Motivos que levam o PEV ainda a repudiar a proposta apresentada pela EDP para o transbordo dos passageiros em autocarro até à primeira paragem não submersa, uma “solução” que, no entender do PEV, “não vai de encontro às exigências assumidas no caderno de encargos e que irá contribuir para aumentar a viagem e torná-la mais desconfortável”.

A decisão sobre a construção da barragem de Foz Tua deverá ser tomada em breve. Até lá, o PEV irá entregar aos municípios de Bragança e do Vale do Tua o parecer elaborado sobre o assunto bem como os pareceres que constam do EIA e que, de outro modo, “seriam apenas do conhecimento do Ministério do Ambiente”. Estes documentos serão também entregues no Governo Civil de Bragança.

O PEV já assumiu como posição a não concordância com a construção da barragem de Foz Tua perante todos os impactos negativos que a mesma apresenta. Manuela Cunha alerta ainda que também o Estado “está de mãos livres para anular o concurso de concessão da barragem sem ter de pagar um único tostão de indemnização à EDP, segundo o que está determinado no caderno de encargos”.

Caso o Governo decida avançar com a construção da barragem, então “terá que fazer cumprir as suas próprias exigências de acordo com o que foi determinado”.

 

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