Apostar no desenvolvimento turístico do Douro Internacional para assim promover o património e a economia de uma lado e de outro da fronteira é o principal objectivo do projecto “Novas Cidades Fluviais para o século XXI”.
Em torno de um mesmo objectivo estão unidos os municípios de Miranda do Douro, no Nordeste Transmontano, e as localidades espanholas de Zamora e Toro, a par ainda da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e da Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro.
Uma das primeiras acções a desenvolver em rede é a promoção da marca Douro Transfronteiriço como património de Portugal e Espanha. Depois, cada município desenvolverá acções próprias que permitam vir a fortalecer a atracção de potencial público a estes territórios.
Em Miranda do Douro, o autarca Manuel Rodrigo adiantou que esses projectos já estão a ser executados com a recuperação do rio Fresno e a criação de um museu dedicado ao ciclo do pão que integra a recuperação de um moinho de água junto àquele rio. Outro dos equipamentos já construídos e que o autarca pretende envolver é o Centro de Interpretação Ambiental.
São projectos que o autarca admite que demoram o seu tempo a dar “frutos” embora saliente que “estar a construir e a executar obra e não a dinamizar, não é nada”.
Para já está em execução a recuperação ambiental do rio Fresno, um projecto que visa “transformar aquele espaço, que era uma lixeira, num espaço de lazer e cultura”. Para a criação do museu do ciclo do pão, a autarquia já adquiriu o moinho, construiu um forno tradicional e vai ainda recuperar algumas casas. Manuel Rodrigo pretende ainda criar alguns percursos que permitam dar a conhecer o local aos visitantes de modo a tornar aquele espaço num verdadeiro “museu vivo”, complementar à dinamização do Douro Transfronteiriço.
O projecto “Novas Cidades Fluviais para o século XXI” tem a dotação financeira de 1,5 milhões de euros, comparticipados em 75 por cento por fundos da União Europeia. Os trabalhos de divulgação e promoção são para avançar de imediato, segundo Manuel Rodrigo. O prazo de execução dos projectos é de dois anos.