O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local enviou ao Governo Civil um documento subscrito pelos delegados sindicais das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários do distrito de Bragança exigindo que seja apreciada a proposta de regulamento de condições mínimas já apresentado pelo sindicato.
O sindicato quer que aqueles que diariamente desempenham funções de bombeiros, incluindo os trabalhadores que exercem nos Centros de Coordenação Operacional, na Força Especial de Bombeiros e nas Equipas de Intervenção Permanente, vejam reconhecido o seu direito à carreira, respectivos conteúdos funcionais e remunerações.
Uma das principais queixas do sindicato é a “falta de respeito pelos mais elementares direitos dos trabalhadores do Movimento Associativo dos Bombeiros e o generalizado incumprimento da lei vigente”. O sindicato considera que é necessário que se criem mecanismos que garantam horários de trabalho que respeitem a lei e que é necessário que os profissionais do Movimento Associativo dos Bombeiros sejam encarados como cidadãos trabalhadores com direitos.
A nível da formação, o sindicato acusa que continuam a existir muitas lacunas e que é necessário regulamentar a formação de modo a que todos os bombeiros dêem uma resposta eficaz e integrada às situações com que se deparam.
O documento foi entregue a Governo Civil para ser enviado ao Ministério da Administração Interna e surge numa altura em que, conforme afirma o sindicato, “têm crescido as pressões exercidas e até os processos disciplinares sobre os trabalhadores e sobretudo sobre os activistas sindicais”.
Segundo o sindicato, estas pressões são em regra exercidas por Comando e Direcção eleita para Associações.
O documento foi assinado por representantes sindicais das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães, de Freixo de Espada à Cinta, de Macedo de Cavaleiros, de Mirandela, de Mogadouro, de Torre de Dona Chama, de Vimioso, de Vila Flor e de Vinhais.