Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
10 de Março de 2010

A Junta de Freguesia de Argozelo foi abordada pelos responsáveis dos CCT para assumir a gestão daquele serviço na vila.

Já há uns meses, outras juntas do concelho de Bragança se queixavam de terem sido contactadas para assumir a distribuição do correio nas localidades, uma proposta que tem sido feita em vários concelhos do país. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Comunicação chegou a apelar às autarquias e juntas para que não aceitassem qualquer tipo de acordo, por considerarem que em causa poderiam ser colocados em causa.

A Junta de Argozelo também está “preocupada” com a situação e já afirmou que não irá assumir a gestão por considerar que os CTT, como empresa pública, não podem determinar a sua estratégia e actividade com base em “critérios economicistas”.

Num comunicado enviado à imprensa, a autarquia de Argozelo exige a manutenção daquele serviço público, quase antevendo um possível encerramento.

“Conscientes de que estamos a exigir um Serviço Público a que temos direito e, não uma esmola, como alguns nos tentam fazer crer, exigimos a manutenção da Estação dos CTT de Argozelo, incluindo a sua abertura tanto na parte da manhã, como da tarde. Tudo faremos para que não se pratique mais uma profunda injustiça para com as gentes da nossa terra”, escreve o presidente da Junta, Francisco Lopes.

O autarca considera que o serviço é “fundamental” para o desenvolvimento de actividades económicas, sociais e culturais, não só na vila de Argozelo, mas também para uma vasta área que engloba freguesias vizinhas.

“São serviços de primeira necessidade para a garantia do bem-estar da população”, apontou o autarca.

 

Carteiros ameaçam com greve

Ainda na semana passada, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações anunciou que os profissionais passariam a cumprir horário de trabalho de forma rigorosa. A medida foi anunciada após uma reunião com os trabalhadores, em que foi decretada greve ao trabalho suplementar.

O sindicato queixou-se ainda da falta de funcionários suficientes para assegurar todo o serviço e da imposição de trabalho suplementar que não é pago.

Em Janeiro deste ano, face às múltiplas queixas apresentas por algumas juntas de freguesia relativamente aos alegados atrasos na correspondência, fonte dos CTT assegurou que o serviço postal universal do distrito está garantido com 94 carteiros apoiados por 73 veículos ligeiros e quatro motociclos.

 

publicado por Lacra às 08:07
06 de Março de 2010

 Os trabalhadores do Centro de Distribuição Postal dos CTT de Bragança vão fazer greve ao trabalho suplementar. Uma medida de protesto aprovada ontem em plenário, contra as actuais condições de trabalho.

Carlos Alves, dirigente do Sindicato Nacional do Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, anuncia que os profissionais vão passar a cumprir o horário de trabalho de forma rigorosa.

“Os trabalhadores prolongam sistematicamente o seu horário de trabalho sem receber nada em compensação, para além da má cara das chefias”, começa por explicar. “Depois, é iniciar greve ao trabalho suplementar após o cumprimento rigoroso do horário de trabalho, ou seja, fazer com que a chefia não tenha a possibilidade de impor um trabalho suplementar que não é pago”, sublinha, adiantando ainda que o pré-aviso de greve se prolonga, “em princípio”, até 30 de Maio.

O sindicato diz que os trabalhadores andam sobrecarregados porque não há funcionários suficientes para assegurar todo o serviço.

“Há a redução da equipa de trabalho na divisão geral e isso atrasa o trabalho que têm de fazer”, explica, adiantando que “se os dinheiros fossem bem dimensionados”, seriam precisos no quadro da empresa “quatro ou cinco trabalhadores”.

Se as condições de trabalho não melhorarem, o sindicato promete endurecer as formas de lutas.

 

Fonte: Brigantia

 

02 de Março de 2010

Cartas que chegam atrasadas ou que vão parar à caixa de correio errada são as principais queixas da população de Bragança, sobre a qualidade da distribuição de correspondência em várias aldeias do concelho.

Nos CTT de Bragança o serviço de distribuição foi reforçado nas últimas semanas com dois carteiros que se deslocam de Lamego, "mas mesmo assim temos de admitir que pode haver algumas falhas em algumas localidades, porque não há funcionários suficientes para cobrir as baixas médicas que estão em curso", afirmou João Paulo, delegado local do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (STCT).

Os Correios em Bragança têm 24 carteiros ao serviço, um número que não é suficiente para suprir as situações de baixa médica. Há vários carteiros com duplicação de giro. O concelho tem 49 freguesias, algumas com localidades anexas, um povoamento muito disperso e muitas vezes os habitantes não fizeram a actualização dos endereços, pois em várias aldeias só há poucos anos existem nomes de ruas e números de portas.

 

Fonte: JN

publicado por Lacra às 10:06
12 de Janeiro de 2010

 Vários populares e autarcas da zona da Lombada reclamam a necessidade dos CTT colocarem mais carteiros no serviço de distribuição das cartas. Na aldeia de Quintanilha e na aldeia de Babe são várias as pessoas que afirmam continuar a receber cartas “com dois e três dias de atraso” e queixam-se do serviço prestado em geral.

“Andam sempre a mudar de carteiro e eles chegam aqui e deixam as cartas numa caixa de correio qualquer. As pessoas é que têm de as distribuir e todos têm as caixas identificadas. As cartas registadas deixam-nas sem sequer bater à porta e já tive de ir de propósito a Bragança para levantar algumas, o que causa muito transtorno”, contou Deolinda Sousa, de Babe.

Também Arminda Tomé diz que há cartas que chegam em atraso porque há dias em que o carteiro não passa pela localidade.

“Desde 16 de Dezembro que espero uma carta de França e ainda não veio. Queria falar com o carteiro e já há uns dias que não o vejo”.

Já na altura do Natal houve idosos que se queixaram de ter recebido cartas em atraso, uma situação que os CTT afirmam ter sido provocada pelos intensos nevões que assolaram a região e que levou até a câmara municipal a alargar o prazo de pagamento da água.

No entanto, segundo José Fernandes, presidente da Junta de Quintanilha, há mais tempo que os problemas na distribuição de cartas se fazem sentir. O autarca acusa os CTT de não estarem a prestar um serviço de qualidade, com prejuízo para as populações daquela freguesia e de outras circundantes, como Babe ou Gimonde.

“A empresa só quer ter lucro, isso é nítido”, acusou, questionando o porquê da empresa não apostar nos trabalhadores que emprega, oferecendo apenas “precariedade”. Segundo contou, o carteiro que distribui as cartas na freguesia de Quintanilha tem ainda a seu cargo outras sete freguesias, num total de 17 aldeias.

“Segundo sei ainda fazia a distribuição de correio na cidade, durante a manhã, e participava na separação de correspondência. Obviamente não tinha condições nenhumas para fazer a distribuição com o mínimo de qualidade. É uma situação ridícula e obriga a que as pessoas que distribuem o correio estejam dias e dias sem ir a determinadas localidades”, apontou.

Na opinião de José Fernandes, o serviço prestado pelos CTT “foi-se degradando” não por “culpa”dos funcionários, mas antes “pela massificação” e porque os carteiros têm de percorrer “áreas demasiado abrangentes”.

Em declarações ao Mensageiro, fonte oficial dos CTT contestou que houvesse qualquer atraso na entrega de correio às populações do concelho de Bragança e assegurou que “o serviço postal universal do distrito está totalmente garantido”.

Os CTT, segundo a mesma fonte, dão emprego a 140 pessoas em todo o distrito, das quais 94 são carteiros. Em todo o distrito os carteiros fazem 98 giros, em 98 percursos diferentes, apoiados por 73 veículos ligeiros e quatro motociclos.

Numa área total de 6608 quilómetros quadrados, o que faz de Bragança o quinto maior distrito do país, os carteiros percorrem uma média de seis mil quilómetros diários, segundo fonte da empresa. Só para se ter uma ideia, seis mil quilómetros equivalem a uma distância superior à de Bragança e Moscovo (4399 quilómetros). No entanto, se os seis mil quilómetros forem percorridos pelo conjunto dos 94 carteiros, significa que cada carteiro percorre por dia cerca de 63 quilómetros.

A mesma fonte diz ainda que os CTT entregam à população de Bragança quase 68 mil objectos, entre correspondências e encomendas, sendo que em todo o distrito há um total de 57 balcões de atendimento apoiados por 14 centros de distribuição postal.

Ainda assim, os problemas continuam a fazer-se sentir. A câmara de Bragança chegou mesmo a informar algumas juntas de freguesia que as cartas passariam a ser ali entregues para depois serem distribuídas à população. A Junta de Babe foi uma das que recebeu a comunicação mas, segundo o presidente, Alberto Pais, até ao momento tal também não se tem verificado.

“A Junta foi notificada pela câmara num ofício que indicava que seria ali que as cartas passariam a ser entregues, tal ainda não aconteceu mas, de qualquer forma, considero que esse não é o melhor método de resolver a situação”.

O autarca considera que não compete à Junta de Freguesia fazer a distribuição das cartas, embora admita essa situação.

“A Junta está aqui para apoiar a população e se recebermos cartas elas serão reencaminhadas para as pessoas, mas esse não é um serviço da competência da Junta. Poderá vir a ser, desde que institucionalizado através de um protocolo entre algumas instituições”.

Alberto Pais confirma ainda que as queixas dos populares têm sido constantes e que, tal como outros autarcas, pretende esclarecer a situação junto da empresa. 

publicado por Lacra às 18:06
24 de Agosto de 2009

Direcção clínica do centro Hospitalar do Nordeste, em Bragança, diz que, pelo menos, 80 pessoas deixaram de realizar operações às cataratas nos primeiros meses do ano devido a atrasos na distribuição do correio.

O Gabinete de Comunicação e Imagem dos CTT  desconhecer a situação e não ter qualquer reclamação nesse sentido, mas o director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), Sampaio da Veiga, afirma terem sido os próprios doentes a comunicarem aos serviços hospitalares que não receberam as cartas a tempo.

"Começámos a ficar preocupados quando verificámos que estavam a faltar alguns doentes que já tinham feito todos os exames de preparação. Tentámos saber os motivos e a resposta foi que não tinham recebido a carta a tempo", afirmou.  

De acordo com o director clínico, "nos primeiros cinco meses do ano, faltaram 80 doentes".  

Segundo explicou Sampaio da Veiga, estes doentes fazem primeiro vários exames de preparação e alguns dias ou semanas depois são chamados para a operação às cataratas.  

O director clínico garantiu à Lusa que a comunicação da data é feita "em correio azul e com, pelo menos, oito dias de antecedência".  

"Tendo em conta que o Correio Azul deve chegar no dia seguinte, seria mais do que suficiente", considerou.  

As 80 faltas equivalem a meio mês de operações que deixaram de ser realizadas sem possibilidade de substituir os doentes por outros em lista de espera.  

O CHNE decidiu não formalizar queixa ou reclamação junto dos CTT e, em vez disso, reforçar os mecanismos de aviso aos utentes.  

Segundo o director clínico, "agora, para além de enviarmos as cartas, telefonamos também na véspera da cirurgia a confirmar", embora, como disse, a solução nem sempre seja fácil.  

A maioria da população é idosa e nem sempre tem telefone em casa ou usa o telemóvel, o que obriga o centro hospitalar a recorrer algumas vezes ao telefone público ou de amigos ou familiares.  

O Gabinete de Imagem dos CTT informou que "não tem em Bragança nenhuma reclamação, nem nada para entregar" relativamente à referida correspondência.

Garante também que nesta região, o Correio Azul "segue os padrões de qualidade do resto do país, com 95 por cento de entregas dentro do prazo".

A empresa de Correios refere ainda que "não há nenhuma maneira de saber quando as cartas foram enviadas ou recebidas", o que só é possível de esclarecer no caso de serem registadas e com aviso de recepção.

O director clínico do CHNE, Sampaio da Veiga, alerta para as implicações para doentes afectados, que perdem a vez e têm de aguardar mais algum tempo até ser marcada nova cirurgia.

O tempo de espera para uma cirurgia oftalmológica diminuiu de mais de um ano para menos de quatro meses no CHNE com a abertura, em 2008, do centro de cirurgia de ambulatório, na unidade hospitalar de Mirandela.

Segundo Sampaio da Veiga, o novo espaço, que serve todo o distrito, permitiu duplicar o número de cirurgias, realizando-se actualmente dez por dia, graças também à contratação de mais três especialistas.

 

Fonte: Lusa

 

Nota: É verdade que os CTT em Bragança funcionam mal, é um facto que qualquer pessoa pode facilmente comprovar. Basta enviar uma carta em correio azul e verificar quando esta chega ao destinatário. Os CTT em Bragança prestam um mau serviço desde há muito tempo e não assumem esse erro, preferem permanecer no erro.

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