Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
14 de Maio de 2010

A delegação de Bragança da Cruz Vermelha está a articular, com a sede nacional, a compra de um edifício na zona rural para oferecer outro tipo de respostas sociais, nomeadamente ao nível das famílias mais desfavorecidas ou das vítimas de violência doméstica.

Segundo Joaquim Queiroz, presidente da delegação de Bragança, a actual sede da Cruz Vermelha, instalada na cidade, junto ao Estabelecimento Prisional, “não possibilita que sejam dadas outro tipo de respostas sociais”. Ali são prestados alguns cuidados de enfermagem e realizados estágios profissionais, não sendo possível prestar outro tipo de ajudas de envolvência social.

A nova estrutura física está pensada para receber um lar residencial com características “especiais”, que permita o acolhimento de famílias de uma faixa económica mais desfavorecidas. Pretende-se ainda que o local servia de centro de atendimento temporário para pessoas vítimas de violência doméstica, uma problemática para a qual tem sido solicitada a intervenção da Cruz Vermelha, através da linha 144, a linha de emergência social.

O responsável notou que, a nível distrital, têm recebido chamadas de ajuda, normalmente relacionadas com situações de desavença familiar que têm na base a falta de suporte financeiro.

“Temos sentido necessidade de um centro de apoio temporário, temos sido solicitados através da linha 144 por pessoas que são vítimas de violência doméstica ou de desavenças familiares e sentimos dificuldades de as colocar à nossa guarda durante algum tempo”, apontou.

A delegação da Cruz Vermelha tem sempre a salvaguarda de poder utilizar espaços comerciais mas, mesmo assim, Joaquim Queiroz considera que seria “importante” ter um espaço próprio para essas pessoas.

O processo de aquisição do edifício já está a ser articulado com a sede nacional, em Lisboa, mas o processo ainda não está fechado. A delegação de Bragança aguarda uma resposta concreta para efectivar a aquisição. Caso a aquisição não se venha a concretizar, a delegação local pondera construir um espaço de raiz, também na área rural.

“A nossa lógica tem sido de aproximação à área rural porque é onde sentimos que existem alguns problemas fruto do isolamento e do despovoamento”, afirmou.

 

Carro móvel de apoio às aldeias

Outro dos grandes desafios da delegação local passa pela aquisição de um carro móvel adaptado que permita aos voluntários dar apoio às pessoas idosas das freguesias rurais.

Actualmente, a Cruz Vermelha já presta serviços de enfermagem em cinco freguesias do concelho de Bragança – Salsas, Babe, Sendas, Quintanilha e Meixedo – num total de 13 aldeias. O que se pretende com o carro móvel adaptado é chegar a mais localidades e oferecer mais serviços aos idosos, nomeadamente ao nível do pagamento de contas, serviços relacionados com a Segurança Social, posto de acesso à Internet, entre outros.

“Queremos levar um serviço de proximidade aos idosos evitando que tenham de se deslocar propositadamente à cidade por pequenas coisas que podemos fazer ali mesmo”, justificou Joaquim Queiroz.

A viatura está orçada em cerca de 60 mil euros, um valor que está fora do alcance da delegação local. No entanto, segundo o responsável, “há recursos humanos, vontade das juntas de freguesia” e, a nível nacional, têm sido tentadas algumas parcerias. A Cruz Vermelha vai tentar agora sensibilizar a autarquia local para que seja concedido algum apoio que permita, ainda este ano, concretizar esse projecto.

publicado por Lacra às 14:00
27 de Janeiro de 2010

A Cruz Vermelha de Bragança associou-se à campanha nacional “Ajude o Haiti, agora”. O peditório está a ser realizado em todo o concelho de Bragança e os contributos vão ser entregues na Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, na primeira semana de Fevereiro.

Os contributos podem ser feitos também através do multibanco ou netbanking, na opção “pagamento de serviços”, marcando a entidade 20 999 e a referência 999 999 999.

É ainda possível efectuar depósitos ou transferências bancárias para contas credenciadas pela Cruz Vermelha. A Cruz Vermelha alerta ainda para que os cidadãos tenham em atenção as possíveis fraudes e que efectuem os donativos junto das instituições ou nos sítios da Internet oficiais (www.cruzvermelha.pt).

 

 

Banco

Nº conta

NIB

Millennium BCP

45307610691

0033 0000 4530 7610691 05

CGD

0027082402230

0035 0027 0008 2402230 53

BPI

2-3631911 000 001

0010 0000 3631 9110001 74   

BES

0001 4968 7394

0007 0000 00149687394 23

C.E.Montepio Geral

087100053716

0036 0087 99100053716 51

Barclays

117201022464

0032 0117 00201022464 75

BANIF

57/629520

0038 0057 00629520771 72

Santander (Totta)

0000.23996353001 31 BT

0018 0000 23996353001 49

13 de Janeiro de 2010

 A Cruz Vermelha de Bragança esteve em Babe e Laviados a efectuar um rastreio à população com mais de 65 anos. A iniciativa insere-se no projecto da Popota, patrocinado pelo Modelo, e cujos fundos reverteram para este projecto de apoio à população sénior.

Durante toda a tarde, os voluntários da Cruz Vermelha rastrearam os índices de glicemia, massa corporal e colesterol dos idosos daquela freguesia, ao mesmo tempo que efectuaram um inquérito sobre acuidade visual. Com esta iniciativa, que já percorreu outras aldeias do concelho de Bragança, os voluntários da Cruz Vermelha pretendem conhecer melhor a saúde dos idosos de modo a desenvolver acções mais direccionadas, conforme explicou Milton Roque, assessor da direcção.

“No final vamos fazer um tratamento estatístico dos dados e vamos ver em que áreas é que devemos actuar”, explicou.

O rastreio à população idosa tem permitido conhecer melhor o estado de saúde da população sénior de Bragança e os dados não são animadores: cerca de 70 por cento da população tem apresentado valores mais altos do que aqueles que são considerados normais.

“Temos encontrado muitas pessoas medicadas mas que, precisamente por estarem medicadas, cometem alguns abusos”, explicou o responsável.

A sensibilização para os bons hábitos alimentares e para rotinas diárias mais saudáveis tem sido, por isso, um dos principais objectivos da Cruz Vermelha.

“Hoje os rastreios já se podem fazer em vários locais, é preciso é que haja sensibilização e informação sobre as principais doenças que afectam a população sénior e sobre as melhores formas de prevenção e, por vezes, são coisas tão simples como fazer mais uma refeição por dia”, explicou Milton Roque.

A Cruz Vermelha realizou esta acção em Babe e Laviados a pedido da Junta de Freguesia local, conforme explicou o responsável da instituição.

“Normalmente é a Cruz Vermelha que propõe algumas localidades e que depois averigua a disponibilidade junto das juntas de freguesia. Neste caso, foi a Junta que propôs que a acção se realizasse e que sensibilizou as pessoas para estarem presentes”, apontou.

O autarca local, Alberto Pais, explicou que pretendeu assim sensibilizar a população para os cuidados de saúde: “nas áreas rurais há algum desleixo com os cuidados de saúde e depois há a questão das deslocações a Bragança que também causa alguns transtornos às pessoas mais idosas”.

 

Mais apoio médico à população

 

A freguesia de Babe é uma das freguesias que tem protocolado com a Administração Regional de Saúde (ARS) a deslocação de um médico à localidade por forma a dar resposta à população idosa. No entanto, segundo o autarca, o serviço não está a funcionar a 100 por cento e isso tem provocado alguns constrangimentos junto da população.

Apesar da aldeia não estar a grande distancia de Bragança, o transporte público é efectuado apenas duas vezes por dia, ao início da manhã e ao final da tarde, conforme explicaram alguns dos idosos que participaram na iniciativa.

“Há pessoas que nunca vão ao médico porque é difícil ir a Bragança. Temos de apanhar o autocarro e quem não tem dinheiro para vir de táxi é obrigado a ficar na cidade o dia inteiro”, apontou Maria do Carmo. A ida do médico à aldeia é, por isso, encarada com grande expectativa, embora, actualmente, a frequência não seja do agrado dos populares.

“O médico vem cá, mas não vem as vezes suficientes. Passa meses sem vir cá”, contou outra das habitantes, apontando que o ideal seria uma visita quinzenal.

O presidente da Junta local está já a fazer os esforços no sentido de conseguir para a freguesia esse serviço, de modo a oferecer aos idosos maiores cuidados de saúde.

“As pessoas têm feito algumas queixas e estamos a tentar resolver essa situação até porque temos idealizados outros serviços que estão dependentes do médico vir ou não”, contou.

Alberto Pais pretende chegar a um acordo com uma farmácia para que a medicação possa ser entregue ao domicilio, mediante a vinda do médico.

“Estamos apenas em negociações, ainda é apenas uma intenção que vai depender da vindo do médico”, explicou o autarca.

 

publicado por Lacra às 08:00
14 de Dezembro de 2009

Em três aldeias do concelho de Bragança há pelos menos uma pessoa com conhecimentos para prestar primeiros socorros e poder acudir, sobretudo a idosos que vivem sós e com dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a quem entregam também o almoço.

A iniciativa é da Cruz Vermelha e do Centro de Saúde de Bragança que esperam por mais meios financeiros e humanos para fazerem funcionar o projecto em pleno e alargá-lo a todas as aldeias do concelho. Para já, há 26 socorristas em Gondesende, Parâmio e Espinhosela.Maria Emília Pires e Teresa Diz fazem parte do grupo e mais de um ano depois de receberem formação dão "Graças a Deus" porque ainda não precisam de aplicar os conhecimentos. "É bom sinal", dizem. Mas elas, mais do que ninguém, reconhecem a importância desta iniciativa, porque lidam com idosos.

Distribuem todos os dias pelas localidades da freguesia e vizinhas o almoço a utentes que vivem sós, sem condições de se deslocarem e com muitas necessidades de acompanhamento. Acreditam que ficaram com "algumas luzes" para saber identificar o estado da vítima, como abordá-la e tratá-la até chegar o apoio necessário.

Para além da formação, foi também entregue a cada freguesia uma mala de primeiros socorros com diverso material como compressas, luvas, gaze, betadine, e aparelhos para medir a tensão arterial e glicemia. A de Espinhosela encontra-se na sede da freguesia e ainda não foi utilizada de emergência, mas já serviu de apoio aos peregrinos da romaria de Santa de Rita. O presidente da junta, Telmo Afonso, é enfermeiro e entende que seria "mais útil" entregar a cada socorrista um kit para poder utilizar quando necessário.

O "presidente-enfermeiro" é "o doutor" para muitos habitantes, como o casal José Afonso e Laurinda Gil que, com mais de 80 anos, bem sabem "o que custa ter de ir a Bragança". Eles ainda podem deslocar-se em viatura própria, mas outros esmorecem perante a dependência dos transportes públicos e as voltas que têm de dar para ir ao centro de saúde.

 

Fonte: Lusa

publicado por Lacra às 09:20
Posts mais comentados
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
pesquisar neste blog
 
Janeiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
blogs SAPO