Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
11 de Maio de 2009

 O sector da reabilitação pode vir a ser a “tábua de salvação” das empresas de construção civil. Actualmente, esta área representa apenas 5,6 por cento do sector da construção civil e é uma das que poderá vir a ajudar as empresas a sair da crise.

No entanto, para tal, é necessário que o Governo agilize os processos burocráticos, uma medida que será discutida com a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) já no dia 19 de Maio, conforme adiantou o presidente da direcção, Reis Campos, à margem de uma conferência realizada em Bragança.

A associação pretende que sejam criados novos instrumentos de financiamento para a reabilitação urbana e que sejam revistas as regras, nomeadamente ao nível do licenciamento. A agilização da legislação é uma  das medidas que os empresários de construção civil consideram mais necessárias, conforme explicou Eduardo Malhão. O proprietário da empresa Habinordeste,  comparou mesmo o processo de reabilitação a uma “carga de trabalhos sem fim à vista”, cujos processos são “muito complexos, difíceis, morosos e muito dispendiosos”.

Actualmente o empresário não tem motivos para se queixar da crise, embora admita uma “redução significativa do volume de obras”.

 “Antecipamos a crise e diversificamos a área de actuação. Actualmente temos 10 obras entre obras de promoção própria, obras particulares e obras públicas e aumentamos até o número de empregados”, apontou.

No entanto, a crise é generalizada e também chegou a Bragança. O presidente da AICCOPN revelou que, a nível nacional, houve um decréscimo de actividade na ordem dos  25 por cento e que, no sector do imobiliário, as vendas sofreram uma quebra de 14 por cento.

A construção civil representa, a nível nacional, 5,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e 11 por cento do emprego, sendo mesmo um dos sectores de maior actividade, com um total de 563 mil trabalhadores.

Reis Campos teme que, se o Governo não tomar medidas efectivas, a crise se venha a acentuar ainda mais, sobretudo tendo em conta o possível retorno a Portugal de grande parte dos 80 mil portugueses a trabalhar na construção civil em Espanha.

“A saída da crise passa pelo sector da construção que, só por si, representa 49,5 por cento do investimento que é feito em Portugal”.

E, num momento em que o país não tem disponibilidade financeira para grandes investimentos, Reis Campos volta a apresentar a solução: “a reabilitação dos centros das cidades”.

Em todo o país, a reabilitação representa apenas 5,6 por cento do sector da construção civil, um número muito baixo quando comparado com a média europeia em que a reabilitação representa mais de 30 por cento do sector.

Em Bragança, a aposta na reabilitação urbana é também encarada pelo autarca Jorge Nunes como uma boa solução até porque “é uma atitude de racionalidade e um mercado novo a explorar”.

Na cidade existirão mais de 500 fogos a precisar de reabilitação. A nível nacional, segundo dados da AICCOPN, haverá 800 mil casas a necessitar de obras e 114 mil em ruínas.

publicado por Lacra às 09:40
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