Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
05 de Novembro de 2010

 

É já este Sábado, 6 de Novembro, que o Centro de Ciência Viva de Bragança se propõe a dar a conhecer a todos os interessados o fascinante mundo dos cogumelos. O workshop “À Descoberta dos Cogumelos” decorre durante todo o dia, com a manhã dedicada à parte teórica, conduzida pelos investigadores Paula Baptista e Eric Pereira. Durante a tarde está programada uma saída de campo para recolha e identificação de cogumelos, conduzida pelos mesmos investigadores.

O programa prevê o encontro às 10 da manhã na Casa da Seda, onde será explicado o que são os cogumelos, como se podem classificar e identificar, com exemplos dos principais grupos. Será demonstrada a diversidade dos cogumelos silvestres comestíveis e não comestíveis em Trás-os-Montes, e a sua importância na alimentação humana, na medicina, na obtenção de medicamentos, entre outros aspectos.

A saída de campo é às 14h00 da tarde, em autocarro disponibilizado pela câmara de Bragança. É recomendado aos participantes que levem uma navalha ou canivete, uma cesta e calçado e roupa confortável e adequado. Depois as espécies recolhidas serão identificadas na Casa da Seda.

Os cogumelos são classificados como fungos e ocorrem em todos os ambientes do planeta. 

publicado por Lacra às 10:04
22 de Outubro de 2010

Nos próximos dias 23 e 24 realiza-se na freguesia de Podence, o IV Curso de Introdução à Identificação e Conservação de Cogumelos Silvestres. Esta acção formativa teórica/prática, pretende facultar um maior conhecimento deste produto, com papel relevante na gastronomia da região.

Nos dois dias em que decorre o curso, os formandos aprenderão a identificar os cogumelos silvestres com maior valor gastronómico, quais as técnicas mais correctas de colheita, cuidados a ter na identificação das diversas espécies e como conservar um produto tão facilmente perecível. A confecção dos cogumelos silvestres será igualmente um dos tópicos do programa da formação, com os alunos a poderem provar e saborear alguns pratos feitos à base deste fungo comestível.

A organização é da Associação Micológica Terras do Roquelho, apoiada pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e pela Junta de Freguesia de Podence. 

 

Programa:

Sábado, 23 de Outubro

09.00 h- Início do curso. Ponto de Encontro: Junta de Freguesia de Podence.

09.30 h- Biologia dos cogumelos. Identificação e seus caracteres principais. Habitats e suas espécies associadas. Regras para uma colheita sustentável.

11.00 h- Intervalo.

11.15 h- Gastronomia dos cogumelos. Descrição das principais espécies comestíveis e tóxicas. Apresentação de algumas técnicas de conservação.

13.00 h- Almoço livre.

15.00 h- Saída de campo para observação, identificação e recolha de espécies.

19.00 h- Identificação do material recolhido.

21.00 h- Jantar convívio.

 

Domingo, 24 de Outubro

09.00 h- Saída de campo para observação, identificação e recolha de espécies.

13.00 h- Almoço convívio.

15.30 h- Encerramento do curso.

publicado por Lacra às 09:32
12 de Novembro de 2009

 Os cogumelos são agentes “protectores” das árvores, nomeadamente do castanheiro mas não só. Quando no subsolo estes fungos estão associados às raízes das plantas, estas são beneficiadas e ganham uma protecção extra contra doenças.

Anabela Martins, especialista em Biotecnologia Vegetal e Fungos, esteve envolvida  numa pesquisa que fez a aplicação na prática da associação de fungos com plantas acabadas de germinar. “Fizemos germinar castanhas, transportamos para uma quinta em Rossas, para terrenos que estavam infectados com a doença da tinta”, explicou. As conclusões foram surpreendentes: “as plantas que estavam associadas aos fungos tinham mais 25 por cento de sobrevivência do que as que não tinham nenhum fungo associado”.

O estudo foi divulgado durante o II Fórum Internacional da Castanha, um seminário onde estiveram vários especialistas de Portugal e Espanha para debater toda a fileira deste fruto.

A mensagem deixada aos agricultores é para que preservem os cogumelos, não os destruindo nem apanhando todos os que estiverem fruticados.

“É importante que as pessoas percebam que aqueles cogumelos que aparecem são fruto de um conjunto de organismos que vivem no solo e que esses organismos têm nenhuma outra função”, apontou Anabela Martins.

Mesmo os cogumelos não comestíveis são importantes e não devem ser destruídos.

A especialista recomendou também algum cuidado com as lavouras, para que não haja um “excesso” que destrua os fungos ao nível do subsolo.

“Todas as práticas são permitidas mas com conta, peso e medida porque é preciso que haja um equilíbrio ao nível dos soutos e do subsolo”.

A vida existente debaixo do solo é de tal modo fervilhante que, só para se ter uma ideia, há mais de 80 por cento de espécies vegetais com fungos associados às raízes, fungos benéficos que protegem contra as doenças.

Durante o Fórum foram ainda debatidos temas como a gestão dos soutos e a sua produtividade e sustentabilidade, ou a importância dos castanheiros no meio ambiente, nomeadamente ao nível da captura do carbono. As doenças que afectam os castanheiros, a fileira da castanha em Espanha e a situação da região foram também temáticas abordadas pelos especialistas.

Este foi o segundo ano que a autarquia, em parceria com o IPB, promoveu o Fórum Internacional da Castanha, uma iniciativa associada à Norcastanha que visa aproximar o sistema científico e tecnológico da produção e dos produtores.

Só a região de Trás-os-Montes e Alto Douro é responsável por 82 por cento da produção nacional de castanha. Desta produção, cerca de 70 por cento destina-se ao mercado externo, quer em fresco quer transformada, maioritariamente para países da União Europeia, em especial da orla mediterrânica e Reino Unido e ainda para o Brasil e Japão.

Por isso, os especialistas consideram que é útil e necessária toda uma reflexão em volta da castanha e do castanheiro, de forma a perceber a dimensão e a escala bem como a sustentabilidade futura desta fileira.

 

Mau ano de cogumelos 

 

Apesar das chuvas que caíram nos últimos dias e das temperaturas relativamente amenas para a época do ano, a produção de cogumelos continua a ser mais baixa do que aquela que seria normal ocorrer nesta altura do ano.

Os últimos anos também não foram muito produtivos e algumas pequenas empresas de exploração de cogumelos que estavam instaladas junto à fronteira, em Espanha, já se ressentiram e algumas têm mesmo aberto falência.

Anabela Martins, especialista em Biotecnologia Vegetal e Fungos, confirmou o cenário também numa outra região espanhola, em Soria, muito conhecida pela forte produção de cogumelos. Numa visita a uma empresa de exploração de cogumelos, os responsáveis terão mostrado as câmaras frigoríficas, “vazias por falta de cogumelos”.

No Nordeste Transmontano a apanha do cogumelo continua a movimentar milhares de euros e dezenas de pessoas que, todos os anos, aproveitam esta altura para fazer um “dinheiro extra”. Grupos de “apanhadores” percorrem quilómetros de floresta à procura dos chamados “míscaros”, “pinheiras”, ou as “sanchas”, entre outros. Estima-se que da região saiam cerca de 30 toneladas de cogumelos que são exportados para países como a França ou Itália mas este é um sector que ainda carece de maior organização. 

 

Carla A. Gonçalves

15 de Maio de 2009

Os agricultores das zonas de montanha vão ser apoiados, até 2015, com uma ajuda anual de 250 euros por hectare, até a um máximo de dez mil euros. A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da visita à unidade de produção de cogumelos de Benlhevai, em Vila Flor.

Estas ajudas podem vir a beneficiar um universo de mais de 100 mil agricultores e destinam-se também aos agricultores que já recebiam do Regime de Pagamento Único (RPU) mas que, por estarem em zonas de montanha, tinham uma produção mais baixa, recebendo, por isso, menos.

Desta forma, o ministro pretende “chegar aos agricultores com menos produtividade, que estão no interior do país e nas zonas de montanha”.

Jaime Silva referiu ainda que a região Norte representa 20 por cento das candidaturas, sendo ainda a região com mais jovens agricultores a candidatarem-se a medidas de apoio, 54 por cento no total do país.

A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da assinatura de contratos de investimento com a empresa Sousacamp, sedeada em Benlhevai, Vila Flor.


 

“Sousacamp” apoiada em mais de 27,5 milhões de euros

A presidir à assinatura dos contratos esteve também o primeiro-ministro José Sócrates que quis assim “valorizar o espírito empreendedor de quem não desiste e aceita correr riscos”.

Os dois contratos assinados com a empresa representam mais de 27,5 milhões de euros de investimento e vão permitir a criação de mais de 165 postos de trabalho. A empresa vai assim aumentar de seis para 28 o número de túneis de produção de substrato, suficiente para as unidades de cultivo de cogumelos de Vila Flor, de Vila Real e de Paredes.

Outro contrato assinado vai permitir, na unidade de Paredes, a duplicação da produção de cogumelos para as 3380 toneladas, das quais 11 por cento se destinam a exportação.

Contrariando a crise, a empresa apresentou ainda uma candidatura a fundos comunitários para avançar com um projecto de investigação em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e prevê ainda avançar com investimentos em Espanha e na Holanda.

No entender do primeiro-ministro, a iniciativa empresarial da Sousacamp é “um exemplo para o país”, sobretudo tendo em conta que “no interior é tudo mais difícil”. Também por isso, José Sócrates considerou ser da “máxima justiça” que se avance com a construção da auto-estrada transmontana, do IC5 e do IP2.

“É o maior investimento público das últimas décadas mas significa que o Governo aposta e confia em Trás-os-Montes e quer dar aos transmontanos melhores condições de vida e melhores condições para as empresas”, apontou.

 

PCP acusa empresa de violar direitos dos trabalhadores

O PCP acusou o primeiro-ministro de visitar uma empresa que “prima por não cumprir os mais elementares direitos laborais”. Em comunicado à imprensa, os comunistas acusam a Sousacamp de pressionar os trabalhadores a trabalhar mais horas do que o previsto e de ter alguns deles a viver em contentores, dentro da própria empresa, em “condições precárias e inaceitáveis”.

Os comunistas acusam ainda a empresa de estar a lançar para a atmosfera, há vários anos, cheiros nauseabundos que podem colocar em risco a saúde pública.

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