O diploma do PSD, aprovado com abstenção de todas as outras bancadas, recomenda ao Governo o fim da divisão da carreira em duas categorias e a criação de um novo modelo de avaliação no prazo de 30 dias, além de defender que no primeiro ciclo avaliativo, que está a terminar, não haja professores penalizados em termos de progressão da carreira devido a diferentes interpretações da lei.
Adão Silva, deputado do PSD pelo distrito de Bragança, votou a favor mas não concorda com a proposta apresentada pelo seu partido, a única aprovada de todos os documentos postos a votação.
O deputado por Bragança votou a favor, mas apenas por uma questão de disciplina partidária, porque a direcção do grupo parlamentar não deu liberdade de voto. Na sua declaração de voto, Adão Silva fez questão de salientar que não concorda.
“Não concordo porque entendo que o PSD devia ter proposto a imediata suspensão do processo de avaliação pois o novo modelo só será devidamente clarificado se houver esta suspensão” considera.
Por outro lado, Adão Silva também não acredita que o prazo de 30 dias dado ao Governo para apresentar um novo modelo de avaliação seja cumprido.
“Sinceramente acho que este Governo não terá um novo modelo de avaliação dos professores justo, desburocratizado e exequível nem em 30, nem em 60 nem em 90 dias” refere.
Na sessão desta manhã, no Parlamento, foram chumbados sete projectos da restante oposição para suspender o actual modelo de avaliação e acabar com a divisão da carreira dos professores.
Todos os diplomas tiveram a mesma votação - votos favoráveis do CDS-PP, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, abstenção do PSD e votos contra do PS - à excepção do projecto de resolução do CDS-PP sobre alteração do estatuto da carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Este diploma teve apenas o apoio das bancadas democrata-cristã e do BE, enquanto PCP e Verdes se juntaram ao PSD na abstenção e o PS manteve o voto contra.
Fonte: Rádio Brigantia e JN