Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
29 de Setembro de 2009

 O segundo comandante e o chefe de equipa dos Bombeiros Voluntários de Vimioso foram identificados, pelos GIP’s da GNR, durante o combate a um incêndio na aldeia de Avinhó, em Vimioso.

Os bombeiros preparavam-se para combater o incêndio recorrendo à técnica do contra-fogo. No entanto, o grupo de homens da GNR que se encontrava no local não terá concordado com o recurso a tal técnica.

Segundo fonte dos bombeiros, o contra-fogo foi autorizado pelo comando distrital e essa terá sido a informação transmitida ao GIP’s. O grupo da GNR terá insistido que na ilegalidade do recurso a este método e, após alguns momentos de tensão entre os homens de ambas as equipas, terão identificado o segundo comandante e o chefe de equipa dos Bombeiros de Vimioso.

O comandante da corporação, Noel Afonso, discorda da atitude do GIP’s e entregou já um relatório de protesto ao comando distrital.

“O contra-fogo foi autorizado pelo comando distrital, como está registado, mas os GIPS insistiram na ilegalidade”, contou o comandante.

Esta já não é a primeira vez que a GNR e os Bombeiros colidem no teatro de operações. Já em Setembro do ano passado, em Valpaços, na mesma situação de uso de contra-fogo, o comandante dos bombeiros foi identificado pelos militares da GNR.

O governador civil de Bragança, Vítor Alves, considera, no entanto, que não há motivo para qualquer divergência entre os dois grupos de intervenção até porque está estabelecido quem dá a indicação para iniciar o contra-fogo e quem o pode realizar.

“Há um código de conduta em relação à operacionalidade e aos actores a quem incube determinado tipo de responsabilidades e isto está claro para todos e é enquadrado num comando vertical, hierarquicamente definido que determina o que se faz no terreno”, apontou.

Vítor Alves desvaloriza a situação até porque “combater um incêndio não é tarefa simples”.

“Há uma dimensão afectiva e emocional dos actores que estão presentes e depois há divergências, mas isso nunca interferiu na prática responsável de todos os actores que estão enquadrados no teatro de operações ”, justificou.

O governador confirmou que o assunto seguiu as “vias normais” e que tudo não terá passado de um “incidente” que se resolve recorrendo aos mecanismos inerentes a uma hierarquia de comando.

Os GIP’s foram criados em 2006 tendo por missão executar acções de prevenção e de intervenção de primeira linha em todo o território nacional, em situações de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes ou acidentes graves.

A missão destes militares é actuar nos primeiros minutos dos fogos florestais, no ataque inicial, sendo depois o combate ao incêndio da responsabilidade dos bombeiros. 

publicado por Lacra às 10:24
26 de Agosto de 2009

A autarquia de Vimioso desafia o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) a deslocar-se ao concelho para verificar “in loco” a situação em que se encontra o rio Maçãs e o rio Angueira, as duas únicas fontes de reserva de água da localidade.

Actualmente, segundo o autarca, José Rodrigues, os dois rios encontram-se praticamente secos, o que está a conduzir a deixar sem água quase metade do concelho de Vimioso. As localidades mais afectadas, para já, são Argozelo, Carção, Santulhão, Avinhó, Matela e Junqueira. No entanto, se continuar sem chover, a situação poderá estender-se às restantes freguesias.

A câmara está, por isso, a ponderar estabelecer uma parceria com o concelho vizinho de Miranda do Douro no sentido de ir retirar água ao rio Douro. A “solução” não agrada ao executivo mas é a “possível”  face aos condicionalismos impostos pelo ICNB às alternativas já apresentadas para a resolução do problema.

A falta de água no verão é um problema que afecta Vimioso há já vários anos e que, segundo José Rodrigues, poderia ser resolvido com a construção de uma mini-hidríca no rio Angueira e com o alteamento de dois açudes no rio Angueira e no Maçãs. Os projectos já foram apresentados ao ICNB mas têm sempre sido chumbados devido aos condicionalismos inerentes a locais classificados como Rede Natura 2000. Segundo o autarca, o ICNB só aprovaria os projectos com determinadas condições que não servem os interesses das populações porque não resolveriam o problema da seca.

“O ICNB apontou limitações ao nosso projecto e, dessa forma, a situação fica na mesma. O melhor seria que viessem ao terreno ver como estão os rios Angueira e o Maçãs para terem noção da realidade”, apontou o autarca.

José Rodrigues assume mesmo estar “revoltado” com a posição do ICNB já que, para além dos prejuízos para as populações afectadas, há riscos para a fauna local, nomeadamente para a fauna piscícola.

Desde a semana passada que a vila de Argozelo e algumas aldeias estão a ser abastecidas com recurso a auto-tanques dos Bombeiros naquilo que o autarca classifica como “um verdadeiro crime ambiental”.

Recorde-se que também no concelho de Bragança há várias freguesias a ser abastecida por auto-tanques dos Bombeiros, uma situação que se repete ano após ano, por altura do Verão, um pouco por todo o Nordeste Transmontano.

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