Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
22 de Março de 2010

A antiga casa do Abade Baçal está em risco de ser demolida. O proprietário do imóvel vai requer à câmara de Bragança autorização para demolir a casa como resposta a uma intimação da autarquia para a requalificação das paredes do espaço.

A notícia foi avançada ao Diário de Bragança pelo representante legal do proprietário, o advogado Guedes de Almeida, que contou que o seu cliente, neste momento, não tem condições para fazer qualquer obra na casa.

“A empresa pretendia recuperar o imóvel para um hotel rural. Atendendo à crise e às dificuldades de acesso ao crédito, a entidade proprietária sentiu-se impossibilitada de avançar com a obra”.

Aquando da aquisição do imóvel, o proprietário privado pretendia transformar o espaço num hotel rural, respeitando os traços típicos da casa do ilustre transmontano, um dos primeiros antropólogos a escrever sobre as tradições históricas do Nordeste Transmontano. O negócio foi aprovado, desde início, pela autarquia municipal, pese embora a contestação que gerou junto da oposição, nomeadamente do grupo do PCP na Assembleia Municipal. O PCP conseguiu mesmo aprovar, em Assembleia Municipal, o estatuto de imóvel de interesse mas, no entender do deputado José Brinquete, “tal nunca foi assumido pela câmara”.

O advogado diz que, “em altura própria e por escrito”, ofereceu-se à autarquia a possibilidade de adquirir a casa pelo preço de custo, até tendo em conta a importância cultural de recuperar aquele espaço.

“Não houve abertura para negociação ou diálogo porque há falta de sensibilidade por parte da câmara”, acusou Guedes de Almeida.

A casa terá custado cem mil euros e o projecto de recuperação terá ficado em 25 mil euros. Actualmente decisão do proprietário.

“A proprietária não tem condições para requalificar, há a ameaça de ruir e, por isso, vai ser requerida a demolição”, justificou.

Confrontado com a notícia, Jorge Nunes considerou que em causa está uma “atitude de chantagem” para com a câmara pois, no seu entender, “a autarquia não tem que suportar eventuais negócios desajustados que privados promovam”.

Já por sua vez, o advogado acusa a câmara de estar a ter, em relação a este caso, uma “posição política”, ressalvando que o seu cliente “tem consciência da importância da figura do Abade Baçal” embora não tenha “condições” para levar adiante uma requalificação.

 

PCP acusa câmara de “insensibilidade cultural”

Pouco surpreendido ficou o deputado José Brinquete que continua a acusar a câmara de ter em relação ao imóvel uma atitude “inaceitável e inexplicável”.

“Insistimos na questão central que é o facto do Abade Baçal ser uma figura de âmbito nacional e internacional que temos o privilegio de ter no nosso distrito e no nosso concelho. Temos de esperar que um dia os responsáveis autárquicos tenham outras capacidades e competências para poderem preservar não só a memoria mas também os valores culturais que temos”.

O deputado municipal relembra que o PCP sempre defendeu a responsabilidade da autarquia no imóvel, devido à sua importância cultural.

“O que está em causa não é se os privados fazem melhor ou pior, na área da cultura as responsabilidades cabem às entidades públicas”, defendeu.

José Brinquete considera ainda que o arrastar da situação pode levar a uma situação que considera “mais escandalosa e trágica” – o risco iminente da casa vir a ruir.

 

 

 

publicado por Lacra às 08:00
31 de Agosto de 2009

Os dois museus da região que estão sob a alçada do Estado, estão sem director.

Sérgio Gorjão, que dirigia o Museu Abade de Baçal, em Bragança, e o Museu Terras de Miranda, em Miranda do Douro, demitiu-se do cargo.

O Instituto Português dos Museus anuncia, no entanto, que foram constituídos júris para a abertura de concursos para a direcção de cada um dos museus.  No início de Setembro deverão ser abertos concursos para recrutar novos directores.

Os lugares deverão ser ocupados em Novembro.

De recordar que Sérgio Gorjão era o director do Museu Terras de Miranda desde 2006 acumulando funções de direcção no Museu Abade de Baçal desde Setembro de 2008, substituindo Neto Jacob que exercia essas funções há 13 anos.

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