Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
25 de Junho de 2009

Os distritos de Bragança e de Vila Real foram dois dos que mais contribuíram, conjuntamente com o distrito de Braga e de Viana do Castelo, para os mais de 17 mil hectares de área ardida que se registaram em Portugal continental desde Janeiro deste ano até 15 de Junho.

Os dados são do relatório da Autoridade Florestal Nacional e indicam ainda que a maioria das ocorrências foi registada em Março, em parte devido às elevadas temperaturas meteorológicas que se fizeram sentir nesse mês.

Em todo o país foram registados 20 grandes incêndios, com uma área ardida superior a 100 hectares. Destes, dez ocorreram nos distritos de Bragança e Vila Real. O maior de todos os incêndios registados no país foi mesmo o que ocorreu em Tuizelo, no concelho de Vinhais, provocando um total de 830 hectares de área ardida, devido a uma queimada para renovação de pastagens.

No distrito de Vila Real, o relatório destaca os incêndios ocorridos em Ermelo, no concelho de Mondim de Bastos; em Padroso, no concelho de Montalegre; e em Sedielos, em Peso da Régua; num total de 455 hectares de área ardida também por renovação de pastagens.

O vandalismo foi a causa que esteve na origem de outros grandes incêndios ocorridos no distrito de Vila Real, nomeadamente o de Ferral, em Montalegre, e o de Pedralae Tazém, em Valpaços, num total de 253 hectares de área ardida.

A entrada em áreas de caça foi outra das causas do incêndio que afectou a freguesia de São Salvador, em Boticas, no qual arderam 175 hectares. Já em Cabril, no concelho de Montalegre, arderam mais 174 hectares devido a actos negligentes.

Em investigação continuam os incêndios de Covas do Barroso, em Boticas, no qual arderam 110 hectares; o de Celas, em Vinhais, com um total de 551 hectares de área ardida; e o de França, no concelho de Bragança,  onde arderam 449 hectares.

Em relação ao ano passado, a área ardida quase quadriplicou o que levou já os especialistas do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais a apelar à limpeza de terrenos e das florestas.

 

02 de Junho de 2009

Uma ponte rolante gigante com cerca de 600 toneladas, a maior do país, foi hoje instalada pela EDP na central hidro-eléctrica do Picote, Trás-os-Montes, cujo reforço de potência representa um investimento de 135 milhões de euros.

A ponte rolante construída pela metalomecânica Tegopi é a maior alguma vez produzida e instalada em Portugal, sendo que as suas dimensões (600 toneladas), obrigou a uma operação especial de transporte desde a sua fábrica, em Vila Nova de Gaia, até à barragem de Picote, Miranda do Douro.

O equipamento tem a função de grua, uma vez que servirá para instalar a turbina da central hidro-eléctrica do Picote e, se necessário, para a retirar no âmbito de operações de manutenção.

O reforço da potência da barragem de Picote representou um investimento por parte da EDP de 135 milhões de euros.

A EDP planeia investir 3.000 milhões de euros no reforço da produção hidro-eléctrica, em que se inclui a construção e expansão de barragens, o que permitirá criar cerca de 30 mil empregos(directos e indirectos) até 2016.

 

 

15 de Maio de 2009

Os agricultores das zonas de montanha vão ser apoiados, até 2015, com uma ajuda anual de 250 euros por hectare, até a um máximo de dez mil euros. A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da visita à unidade de produção de cogumelos de Benlhevai, em Vila Flor.

Estas ajudas podem vir a beneficiar um universo de mais de 100 mil agricultores e destinam-se também aos agricultores que já recebiam do Regime de Pagamento Único (RPU) mas que, por estarem em zonas de montanha, tinham uma produção mais baixa, recebendo, por isso, menos.

Desta forma, o ministro pretende “chegar aos agricultores com menos produtividade, que estão no interior do país e nas zonas de montanha”.

Jaime Silva referiu ainda que a região Norte representa 20 por cento das candidaturas, sendo ainda a região com mais jovens agricultores a candidatarem-se a medidas de apoio, 54 por cento no total do país.

A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da assinatura de contratos de investimento com a empresa Sousacamp, sedeada em Benlhevai, Vila Flor.


 

“Sousacamp” apoiada em mais de 27,5 milhões de euros

A presidir à assinatura dos contratos esteve também o primeiro-ministro José Sócrates que quis assim “valorizar o espírito empreendedor de quem não desiste e aceita correr riscos”.

Os dois contratos assinados com a empresa representam mais de 27,5 milhões de euros de investimento e vão permitir a criação de mais de 165 postos de trabalho. A empresa vai assim aumentar de seis para 28 o número de túneis de produção de substrato, suficiente para as unidades de cultivo de cogumelos de Vila Flor, de Vila Real e de Paredes.

Outro contrato assinado vai permitir, na unidade de Paredes, a duplicação da produção de cogumelos para as 3380 toneladas, das quais 11 por cento se destinam a exportação.

Contrariando a crise, a empresa apresentou ainda uma candidatura a fundos comunitários para avançar com um projecto de investigação em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e prevê ainda avançar com investimentos em Espanha e na Holanda.

No entender do primeiro-ministro, a iniciativa empresarial da Sousacamp é “um exemplo para o país”, sobretudo tendo em conta que “no interior é tudo mais difícil”. Também por isso, José Sócrates considerou ser da “máxima justiça” que se avance com a construção da auto-estrada transmontana, do IC5 e do IP2.

“É o maior investimento público das últimas décadas mas significa que o Governo aposta e confia em Trás-os-Montes e quer dar aos transmontanos melhores condições de vida e melhores condições para as empresas”, apontou.

 

PCP acusa empresa de violar direitos dos trabalhadores

O PCP acusou o primeiro-ministro de visitar uma empresa que “prima por não cumprir os mais elementares direitos laborais”. Em comunicado à imprensa, os comunistas acusam a Sousacamp de pressionar os trabalhadores a trabalhar mais horas do que o previsto e de ter alguns deles a viver em contentores, dentro da própria empresa, em “condições precárias e inaceitáveis”.

Os comunistas acusam ainda a empresa de estar a lançar para a atmosfera, há vários anos, cheiros nauseabundos que podem colocar em risco a saúde pública.

06 de Maio de 2009

Os municípios do Alto Trás-os-Montes, (Alfândega da Fé, Boticas, Bragança, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Flor, Vila Pouca de Aguiar, Vimioso e Vinhais), constituíram-se em Comunidade Intermunicipal. O momento foi considerado “histórico” pelo presidente da autarquia brigantina, representante da Terra Fria, que encara mesmo esta associação como o “primeiro passo para a regionalização”.

Da mesma opinião foi também o autarca mirandelense, José Silvano, representante da Terra Quente, que afirmou ter visto, pela primeira vez, uma unidade territorial a defender os mesmos objectivos, deixando de cada um defender o seu “quintal”.

Ainda assim, José Silvano considera que o processo de regionalização deveria ser “mais rápido”, mas dá-se por satisfeito por “ir subindo escada à escada”, como o próprio referiu.

“Não estamos a perder tempo mas em vez de irmos em linha recta vamos subindo escada a escada. Fizemos as comunidades urbanas, agora é as comunidades intermunicipais e espero que o próximo passo seja o da regionalização”, apontou.

Já no entender do autarca de Chaves, João Baptista, representante do Alto Tâmega, se a regionalização até aqui não vingou foi porque “houve tentativa de impô-la a partir de cima”.

“Este é um passo significativo porque a partir das bases nós podemos construir esse caminho que é o da regionalização”.

A constituição da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes a partir da Unidade Territorial Estatística correspondente à NUT III (Alto Trás-os-Montes) é algo “original”, no entender de Carlos Lage, da Comissão de Coordenação da Região do Norte (CCDR-N). Além da “boa surpresa”, porque “sempre se afirmou que seria impossível constituir esta comunidade pelas rivalidades e diferenças existentes”, estão lançados “os alicerces de uma cooperação futura que será vantajosa para todos”.

Apesar das dificuldades que houve na constituição das já extintas comunidades urbanas, um processo que não foi pacifico, Carlos Lage acredita que a Comunidade Intermunicipal terá um percurso diferente uma vez que assenta num modelo que reuniu consenso.

A Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes é constituída pela assembleia intermunicipal, órgão deliberativo do qual fazem parte 63 membros das assembleias municipais dos quinze municípios que integram a comunidade. O conselho executivo, órgão de direcção da comunidade, é composto por 15 autarcas cuja agenda se irá concentrar na Gestão do Plano Territorial de Desenvolvimento de Trás-os-Montes. Este Plano inclui um montante global de 115 milhões de euros de investimento a realizar no âmbito do próximo Quadro de Referência Estratégica Nacional, até 2013.

21 de Abril de 2009

 Já tínhamos aqui falado do Parque Biológico de Vinhais, o primeiro parque do género na região transmontana. As imagens falam por si:

 

últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
pesquisar neste blog
 
Janeiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
blogs SAPO