Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
21 de Abril de 2009

O Governo quer continuar a apostar nas unidades de cuidados continuados como forma de dar resposta a uma população cada vez mais envelhecida e com necessidade de cuidados de saúde pós-hospitalares.

No distrito de Bragança já há uma rede com cerca de cem camas, um número ainda insuficiente e que deverá crescer até ao final do ano com a inauguração de mais equipamentos do género no distrito.

Na semana passada, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, visitou a unidade de cuidados continuados de Miranda do Douro, de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Flor, localidades onde estes equipamentos já estão em funcionamento. Em Miranda do Douro a unidade abriu em Dezembro do ano passado, com 21 camas e, desde então, tem estado sempre lotada.

No entender do autarca mirandês, Manuel Rodrigo, o equipamento não tem as camas que seriam necessárias para dar resposta às necessidades da população, no entanto, considera que “já é melhor que nada”.

Por seu lado, Francisco Ramos justifica que estas unidades são de dimensão limitada e que o Governo ainda está “longe” de ter “todas as necessidades satisfeitas”.  Ainda assim, a nível da região Norte, em três anos, foram criadas mais de mil camas e atendidas perto de 30 mil pessoas.

As unidades de cuidados continuados visam dar resposta aos doentes que, após internamento hospitalar ainda não estão em condições de ficar sozinhos em casa mas cujo internamento deixa de ser justificável. É um serviço que, no entender do secretário de Estado, “ajuda à mobilidade, autonomia e até independência das pessoas”.

Durante a visita à unidade de Miranda do Douro, o Mensageiro ouviu alguns idosos que testemunharam a importância destes equipamentos na recuperação da mobilidade. Exemplo disso mesmo é o caso de Florentina Gonçalves, com 85 anos, natural de uma aldeia do concelho, Atenor, a utente contou que desde que está nos cuidados continuados a fazer fisioterapia já conseguiu subir e descer novamente as escadas.

“De outra forma estaria sozinha em casa. aqui já me ajudaram e consegui subir e descer as escadas duas vezes”, contou satisfeita.

As unidades de cuidados continuados têm sido resultado de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde e a Segurança Social, autarquias e Santas Casas da Misericórdia.

A par dos cuidados continuados, o Governo está também a apostar na criação de equipas de apoio domiciliário.

 

Respostas para cidadãos com deficiência ainda são escassas 

 

O distrito de Bragança continua a apresentar carências ao nível da criação de lares para pessoas com deficiência. A constatação foi feita pela directora da Segurança Social, Teresa Barreira, à margem da visita do secretário de Estado a Miranda do Douro.

Segundo a responsável, nesta fase têm-se sido várias as entidades a apresentar candidaturas para a construção de lares de idosos e ampliação/remodelação de outros já existentes. A aprovação irá depender do cumprimento dos critérios, um dos quais diz respeito ao índice de compósito do distrito, ou seja, ao número de lares existentes por cidadãos com mais de 75 anos.

Só no concelho de Miranda do Douro existem, pelo menos, duas candidaturas: uma para a construção de um lar em Malhadas e outra para a ampliação do lar de Picote. Teresa Barreira diz estar “expectante” com o resultado das candidaturas mas avisa que o distrito de Bragança tem um índice de compósito bastante elevado. Ou seja, apesar do distrito ser um dos que apresenta elevados índices de envelhecimento, é também um dos que tem melhor cobertura ao nível de infra-estruturas para idosos.

A grande necessidade é mesmo ao nível dos equipamentos vocacionados para cidadãos com deficiências, área em que poucas instituições têm apostado.


O autarca de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, voltou a reivindicar o acesso dos habitantes do concelho aos serviços de saúde espanhóis. A medida até já foi discutida na Cimeira Ibérica que se realizou, em Zamora, no início do ano, no entanto, até ao momento ainda não foi dado nenhum passo decisivo para que o acesso aos serviços de saúde de Espanha sejam uma realidade para os habitantes da raia fronteiriça.

Manuel Rodrigo aproveitou a visita do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, à unidade de cuidados continuados local, para lhe transmitir o seu descontentamento pelo arrastar do processo.

“Esta reivindicação não é de agora e já houve tempo suficiente para que fosse feito o trabalho de casa”, apontou.

Francisco Ramos justificou que a demora é natural uma vez que se trata de um processo que tem de ser analisado pelos Governos de Portugal e Espanha. Segundo o responsável, depois do primeiro passo que foi dado durante a Cimeira Ibérica, está a ser feito agora um estudo que definirá de forma concreta como será feito esse intercâmbio.

No entanto, para o autarca mirandês, o que é necessário é que a Administração Regional de Saúde reúna, o mais rápido possível, com a Junta de Castela e Leão para avançar com o processo. Desde que o Governo decidiu encerrar os Serviços de Atendimento Permanente durante a noite, deixando apenas um médico à chamada, que Manuel Rodrigo tem vindo a reivindicar a possibilidade de levar os doentes para Espanha. Em causa estão as acessibilidades, a distância e a qualidade dos serviços. É que para transportar um doente de Miranda do Douro para o Centro Hospitalar do Nordeste, continua a ser necessário fazer o caminho por estradas espanholas num percurso que demora cerca de uma hora.

Já se os doentes pudessem ser transportados para Espanha, a viagem seria de apenas meia hora, até à cidade de Zamora, onde existem duas unidades hospitalares que dispõem de várias especialidades, sendo que algumas nem sequer estão acessíveis na região transmontana.

“Não se justifica que a população percorra mais do dobro do caminho quando, a meia hora de distância, há dois hospitais com todas as especialidades que Bragança não tem”.

Actualmente, o concelho de Miranda do Douro conta apenas com cerca de oito mil pessoas e vive um grave problema de envelhecimento e desertificação humana, conforme apontou o próprio autarca.

“Não temos problemas sociais como a pobreza ou o desemprego e as pessoas conseguem viver aqui com um mínimo de qualidade de vida. Só falta gente”.

Segundo Manuel Rodrigo, da experiência que tem como autarca, um dos grandes problemas que faz com que as pessoas não se queiram fixar no concelho, e até na própria região, está relacionado com os cuidados de saúde. Hoje em dia já há muitos habitantes da raia fronteiriça que recorrem ao cartão de saúde europeu para ser atendido do lado de lá, mas reivindica o autarca que isso “não é solução”. Como também, no seu entender, não é solução ter a ambulância de Suporte Imediato de Vida ou o futuro helicóptero do INEM, que ficará permanentemente em Macedo de Cavaleiros.

“A ambulância não resolve a situação e o helicóptero também não vai resolver”, apontou.

Manuel Rodrigo acredita ainda que o acesso a serviços de saúde noutros países será um processo que se irá justificar dentro da própria União Europeia. Francisco Ramos concorda e justifica que, por isso mesmo, este  terá de ser um processo a analisar e definir concretamente dentro da União Europeia.

 

 


 Já tínhamos aqui falado do Parque Biológico de Vinhais, o primeiro parque do género na região transmontana. As imagens falam por si:

 

20 de Abril de 2009

No dia 1 de Maio o Movimento Mérito e Sociedade vai iniciar em Bragança um périplo de esclarecimento que irá percorrer todo o país. 

 


publicado por Lacra às 16:27

 A delegada sindical Maria Eduarda, operadora da central de telecomunicações dos Bombeiros de Mirandela, foi alvo de um processo disciplinar e de despedimento depois de ter denunciado o mau ambiente de trabalho que se vive naquela corporação. A sindicalista foi despedida pela direcção por ter denunciado a perseguição a trabalhadores, a falta de pagamento de horas extraordinárias e de concessão de folgas.

Em Fevereiro, quatro bombeiros contratados da Associação Humanitária de Mirandela apresentaram queixa no Tribunal de Trabalho contra a direcção pela alegada falta de pagamento de horas suplementares e de concessão dos dias de folga, bem como de perseguição e coacção através de processos disciplinares e suspensões. A operadora de telecomunicações, Maria Eduarda, confirmou a situação a vários órgão de comunicação social afirmando que “vários colegas motoristas têm sido vítimas de perseguição” e que o ambiente de trabalho se tinha vindo a degradar devido à “divisão entre os que exercem a profissão e os voluntários do corpo activo”. A sindicalista disse ainda que alguns dos bombeiros estavam a ser “humilhados, maltratados e desrespeitados” e relatou que os quatro bombeiros em causa já tinham sido alvo de um processo disciplinar interno por, alegadamente, terem entregue os telemóveis da Associação que serviam para estar sempre disponíveis para chamadas de emergência.

 Na altura o presidente da direcção dos Bombeiros não quis prestar declarações sobre o caso. O despedimento da delegada sindical já foi contestado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local. O sindicato considera que esta atitude da direcção vem confirmar as acusações da delegada sindical e já contestou junto da direcção aquilo que considera ser uma atitude que “contraria os mais elementares princípios da vivência democrática e dos direitos dos trabalhadores”.

Em informação à comunicação social, o Sindicato diz que irá levar a cabo todas as medidas possíveis e necessárias para que “seja reposta a legalidade” através da reintegração da trabalhadora. O sindicato pede ainda a punição dos responsáveis pelo “ignóbil acto repressivo”.


 O deputado bloquista Francisco Louçã esteve, neste fim-de-semana, no distrito de Bragança, para descer o rio Tua em canoa, como forma de protesto contra a construção de uma barragem naquele local.

 


 Foi detido no Porto um alegado “bruxo” que burlou uma mulher em Bragança em cerca de 63 mil euros. “Mestre Dami”, como era agora conhecido passou em Bragança com o nome de “Mildevan Gomes”, embora se chame Diamantino Gimenez.Trata-se de um luso-brasileiro de 51 anos.
Nos últimos seis meses, em Bragança, Porto e Lisboa terá burlado pessoas em cerca de 318 mil euros, garantindo que fazia determinados rituais. Em Bragança, para além de ter burlado uma mulher em 63 mil euros também furtou as roupas de um homem.O “bruxo” foi agora detido e está detido em Custóias, Matosinhos.

 

Fonte: RBA

publicado por Lacra às 10:32
18 de Abril de 2009

O Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano vai manter a administração com a mudança de apenas duas vogais executivas. Os funcionários já foram informados através de uma comunicação interna e a publicação oficial será publicada em Diário da República, depois de despacho ministerial do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde.

Assim, como presidente, para o triénio de 2009/2011, mantêm-se Henrique Capelas. Na direcção clínica continua o médico Sampaio da Veiga e como enfermeira directora Maria Conceição Vieira.

Como vogais executivas mantêm-se Cláudia Miranda e António Marçôa. Em substituição de Fernando Alberto Alves e de António José Pires, vogais executivos, entram agora José Carlos Cardoso e Isabel Barreira.

Recorde-se que ainda na semana passada, numa conferência de imprensa sobre a saúde, o deputado socialista Mota Andrade reiterava todo o seu apoio à presidência e administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano. Mota Andrade repudiou também algumas críticas que têm surgido, inclusive dentro do PS, contra a administração, sublinhando o volume de obras que tem sido executado desde que foi criado o Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano.

17 de Abril de 2009

Este ano celebram-se os 200 anos do nascimento de Charles Darwin e os 150 anos de vida da obra que melhor simboliza o legado que deixou à Ciência: o livro "A origem das espécies".

O Café de Ciência de hoje evoca Darwin e de uma forma diferente: através da ficção, na forma de uma peça de teatro escrita para dar a conhecer um naturalista português chamado Francisco de Arruda Furtado, que trocou correspondência com Charles Darwin, durante alguns meses, no final do século XIX, pouco antes da morte deste.

Paulo Trincão, geólogo de formação, ex-director da Fábrica de Ciência de Aveiro, é o autor desta peça de teatro prefaciada por Carlos Fiolhais e estará esta noite no Café de Ciência.

 

O Café de Ciência convida a população em geral a passar o serão naquele local, especialmente os biólogos que assim poderão interagir com o autor da peça.

 

O evento está agendado para as 21h30, no Auditório da Casa da Sede, e a entrada é livre. Mais informações aqui


 A deputada da CDU ao Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo, considerou hoje que a recondução de Durão Barrosos na Comissão Europeu é apenas defendida por uma elite política ao serviço dos grupos económicos e financeiros.

 

 

 

 

Posts mais comentados
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
pesquisar neste blog
 
Janeiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
blogs SAPO