A crise financeira internacional parece ter-se instalado para ficar. Segundo a última edição do jornal Expresso, as construtoras “estão desesperadas” para conseguir financiamento junto da banca. O concurso público para a construção da auto-estrada transmontana é hoje e ainda não se sabe se há ou não interessados em avançar com esta obra.
Ou as obras são adiadas ou o seu custo será muito superior ao que foi primeiramente avançado pelo Governo. Alguns empresários admitiram mesmo a possibilidade de virem a retirar as propostas. A crise e a dificuldade em conseguir financiamento no novo plano rodoviário já levaram mesmo as concessionárias a pedir adiamento da entrega das propostas finais, há cerca de duas semanas atrás.
A tudo isto junta-se a desconfiança da banca perante as Estradas de Portugal, transformadas recentemente em Sociedade Anónima.
O Governo, apesar de tudo, reafirma que o calendário de obras é para ser cumprido. A auto-estrada transmontana, IP2 e IC5, devem estar concluídos, segundo o Governo, em 2012.
Entretanto, aqui a Índia soube que os estudos de impacto ambiental do IP2, que atravessa o interior de norte a sul, ligando Bragança a Faro, foram retirados.
O presidente da câmara de Moncorvo reclama o isolamento do concelho, e com razão. O presidente da câmara de Bragança nem quer acreditar que o primeiro-ministro tenha hipotecado a sua palavra de honra em Bragança prometendo as “estradas da justiça” e que agora nada venha a ser posto em prático.
“O mundo não é mais como o conhecemos”, e agora Zé?