Está de regresso mais uma edição do Douro Jazz, um festival internacional que se realiza, desde há sete anos, em época de vindimas, uma espécie de celebração que se estende por toda a região transmontana.
Bragança recebe um dos mais influentes guitarristas americanos do jazz actual no último dia do evento, a 16 de Outubro. Peter Bernstein virá ao Teatro de Bragança acompanhado por Santos/Melo Quartet, um grupo liderado pelo pianinsta Filipe Melo e pelo guitarrista Bruno Santos, criado apenas para acompanhar as lendas do jazz internacional que se deslocam ao nosso país.
A abertura do Douro Jazz, em Bragança, está marcada para o dia 2 de Outubro, com o projecto inovador feminino intitulado “Jogo de Damas”.
Imperdível é também o concerto dos espanhóis “Biel Ballester Trio”, no dia 8 de Outubro, cuja sonoridade se caracteriza por ser marcadamente europeia, num estilo a que chamam “gipsy jazz” e que teve em Django Reinhardt o seu precursor e expoente máximo. Vale a pena ouvir este trio que tem vindo a alcançar um enorme sucesso internacional, sobretudo depois de dois dos seus temas terem sido escolhidos pelo realizador Woody Allen para a banda sonora do filme “Vichy Cristina Barcelona”.
Os sons do tradicional jazz de Nova Orleães, assim como o jazz de improvisação, vão encher o auditório no dia 14 de Outubro, pela mão dos ecléticos “The Postcard Brass Band”. Os portugueses estão bem lançados e têm apresentado arrojados arranjos de temas bem conhecidos do público em geral, bem como alguns originais. “The Postcard Brass Band” devem apresentar-se com um novo instrumento musical concebido por um dos membros da formação musical, Sérgio Carolino, e baptizado como “Lusofone”.
O Douro Jazz apresenta, assim, quatro concertos em Bragança. Mas, este evento, celebra um total de 65 concertos que passam, ainda, por Vila Real, Lamego, Chaves e São João da Pesqueira. Destaque para o cabeça de cartaz, um dos mais influentes e célebres guitarristas da actualidade e da história do jazz, Al Di Meola, que encerra o Festival, no dia 16 de Outubro, no Teatro de Vila Real.
É, aliás, a aura de Di Meola que irá acompanhar todo o Douro Jazz, este ano dedicado particularmente à guitarra.
Ao longo de todo o evento, a banda residente do festival, a Douro Jazz Marching Band, levará para a rua o espírito festivaleiro, com o som “dixieland”, nas cinco localidades que integram o evento.
A complementar realizam-se, ainda, várias exposições biobibliográficas do projecto “O Douro nos caminhos da Literatura”, bem como lançamentos de livros, comemorações musicais e feiras culturais.
Outra das novidades deste ano é a rubrica “O Douro Jazz nas escolas”, que levará música jazz a alguns estabelecimentos de ensino da região.
Este sétimo ano do festival é já considerado como o grande ano de consolidação de um evento que tem conseguido alcançar mais de dez mil espectadores.