A Estradas de Portugal (EP) confirmou que os 304 postos de SOS nos itinerários principais (IP) e complementares (IC) foram ensacados e apertados com fita adesiva, estando portanto agora desactivados, pelo menos, até ao próximo ano, com o objectivo de remodelar toda a rede. Os representantes das comissões de utentes do IP3 e do IP4 estão indignados.
De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, os automobilistas não poderão contar os postos de ajuda, nem mesmo em zonas onde não há rede de telemóvel. «O actual sistema SOS, instalado em meados da década de 90, será totalmente renovado por tecnologias mais avançadas», para «melhores capacidades de gestão de níveis de serviço e consequente optimização de custos», explica a concessionária.
Perante os argumentos, o dirigente da Comissão de Utentes do IP$, que liga Matosinhos a Trás-os-Montes à fronteira de Espanha em Bragança, fronteira da Quintanilha, defende que «este dispositivo só deveria ser desactivado depois de as viaturas estarem equipadas com sistemas automáticos de alerta», uma vez que, «neste troço de montanha, não há qualquer hipótese de pedir a ajuda de ninguém». Para Luís Basto, «parece que Portugal é todo para fechar, tirando Lisboa e Porto».
«É evidente que os telemóveis vieram ajudar as comunicações, mas há muitos momentos em que não há rede, bateria ou dinheiro!», argumenta, por sua vez, o presidente da Comissão de Utentes do IP3, que faz a ligação entre Coimbra e Viseu. «As coisas essenciais à vida têm de se manter, por via do Estado», continuou Eduardo Ferreira, concluindo que «isto é a psicose da poupança levada ao extremo».
Fonte: Diário Digital