O Castelo de Ansiães já tem um centro interpretativo, um espaço que permite aos visitantes conhecer toda a história e arqueologia daquele local. O novo espaço integra o resultado de uma investigação arqueológica desenvolvida desde 1994, como explicou o arqueólogo Luís Pereira. “A investigação é um processo moroso, mas o resultado é uma peça imprescindível para compreender o castelo”. Até 2005 foram feitas várias investigações no local, com a ajuda de equipas de jovens voluntários que, em Agosto, faziam trabalho voluntário e escavações no local. O objectivo foi tornar o espaço de três hectares numa “imensa ruína com discurso”, como apontou o arqueólogo. “Queríamos levantar os derrubes, montar um acampamento arqueológico de permanência, criar discursos e sinaléticas para que os visitantes possam conhecer o que isto representa para o concelho e para o turismo transmontano”, explicou Luís Pereira. O Castelo de Ansiães integra-se no vale do rio Douro, na freguesia de Selores e, segundo a História, os antecedentes de ocupação humana remontam ao período do Calcolítico. Com mais de cinco mil anos de história, o castelo foi classificado como monumento nacional em 1910. Junto ao castelo situa-se a ruína da Igreja de São Baptista, uma das mais antigas do país. Já dentro das muralhas pode-se visitar a igreja de São Salvador, considerada uma “autêntica jóia” e cujo pórtico românico é dos únicos quatro existentes no país. Com a criação do centro interpretativo a autarquia espera uma maior divulgação do património, como apontou o presidente José Luís Correia. “O Centro Interpretativo será um centro difusor de onde partirão iniciativas para divulgar todas as nossas potencialidades turísticas baseadas no património arquitectónico e arqueológico”. A nova infra-estrutura fica no centro histórico da vila.