O presidente da câmara de Mirandela quebrou o silêncio a propósito do caso Leandro, a criança de 12 anos desaparecida nas águas do rio Tua há uma semana.
José Silvano fala pela primeira vez no caso e revela ter sido apanhado de surpresa com a quantidade de casos de violência que têm sido denunciados nos últimos dias.
O autarca não esconde que está preocupado com a situação.
“Pensei que em 14 anos de câmara não tivesse nenhuma surpresa, mas isto foi quase um estado de choque” confessa o edil. “Nada nem ninguém das entidades que têm responsabilidades sobre a matéria, PSP, CPCJ, indicava que houvesse sinalizações graves que pudessem levar a este resultado” afirma. “Este caso levanta questões que nunca foram conhecidas das entidades muito menos do presidente da câmara municipal” salienta.
José Silvano só espera que os inquéritos que estão a decorrer em simultâneo, do Ministério Público e do Ministério da Educação, esclareçam todas as causas deste drama. “Isto é demasiado grave para não ter uma solução e por isso espero que os inquéritos levados a cabo pelas entidades competentes esclareçam o que se passou para todos ficarmos sossegados e não preocupados com o futuro” refere.
O autarca tem seguido atentamente as operações de busca e considera que têm sido desenvolvidos todos os esforços para encontrar o corpo.
“Foi uma semana cansativa e de grande sofrimento interior para toda a gente que participou nas buscas no rio porque a preocupação era fazer tudo para que se encontrasse o corpo e se desse algum apoio à família” afirma José Silvano, acrescentando que acompanhou “no local todas as buscas e posso garantir que não foi possível fazer mais”.
As buscas continuam, mas com meios mais reduzidos.
Fonte: Brigantia/ Escrito por CIR