Armando Leandro entende que tudo falhou neste caso porque não existe em Portugal uma cuiltura de tolerância e respeito e porque há uma deficiente cultura de prevenção primária».
O presidente da Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Risco confirmou que a criança que se terá atirado ao rio Tua e que estaria a ser vítima de bullying não estava sinalizada pela comissão regional.
Comentando este caso «extremo» e «dramático», Armando Leandro entende que este obriga a uma reflexão de país, escolas e autoridade e frisou que a prevenção deve ser a prioridade e que tudo falhou neste caso porque não temos cultura de tolerância e de respeito.
«Dificulta sobretudo haver uma deficiente cultura de prevenção primária. As comissões de protecção têm procurado aplicar essa cultura. Não está ainda generalizada. Há muito ainda a fazer nesse aspecto para avaliar estes fenómenos, os factores de risco e protecção», admitiu.
Armando Leandro, que admite a hipótese de mais crianças sofrerem de bullying, insistiu ainda que este «fenómeno precisa cada vez mais aprofundada e esta situação muito trágica torna ainda mais viva essa necessidade».
«A prevenção não atinge tudo e sobretudo se a prevenção não for suficientemente aprofundada muitas outras situações de perigo se verificam», explicou.
Armando Leandro, que reconhece a possibilidade de «mais crianças sofrerem deste problema», pediu ainda que pais e escolas têm de estar atentas a eventuais sinais dados pelas crianças.
Fonte: TSF