Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
03 de Março de 2010

Um rapaz de 12 anos desapareceu, ontem, terça-feira, no rio Tua, Mirandela, tendo sido infrutíferas as buscas. Disse ao irmão gémeo e às primas que se ia atirar à água depois de ter tido um desentendimento na escola. Amigos relatam actos de violência de que era vítima.

Leandro Filipe Pires, residente na aldeia de Cedainhos, Mirandela, frequentava o sexto ano na EB 2,3 do Agrupamento Luciano Cordeiro, naquela cidade. À hora de almoço, saiu da escola, na companhia do irmão gémeo e duas primas, tendo percorrido a ponte açude e, depois, desceu para a margem direita do rio, junto ao parque de merendas. Ali, despiu-se (a roupa ficou junto ao leito) e entrou na água, tendo sido arrastado pela forte corrente que se fazia sentir, devido ao facto das comportas estarem abertas.

Não são conhecidos os contornos que levaram a esta tragédia, porque existem relatos contraditórios. As crianças que acompanhavam Leandro revelaram aos pais que o jovem teve um desentendimento na escola com outros alunos e terá dito que "tinha a intenção de se atirar ao rio", pelo que, na altura em que houve a pausa para almoço, "foram atrás dele a correr, ainda conseguiram impedir que se atirasse da ponte, mas depois conseguiu novamente fugir e, já na margem do rio, só já o viram despir-se e cair no rio", conta uma tia de Leandro, queterá ouvido a versão das criançasàs autoridades.

Em declarações ao JN, a avó de Leandro revelou que o neto "já foi agredido com violência", há um ano, por colegas, fora do recinto da escola, e "teve de ser internado", avança Zélia Morais. Também uma colega de turma revela que, de vez em quando, "alguns rapazes batiam-lhe e ele chorava. Ele não contava, porque tinha medo que voltassem a bater-lhe", diz Tânia Batista.

O JN contactou o director do Agrupamento de Escolas, que negou a existência de qualquer episódio de violência, mas não esteve disponível para prestar declarações sobre o assunto. Entretanto, a presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Mirandela, Manuela Teixeira, disse que a criança "não está referenciada na comissão". Os pais estão a ter acompanhamento psicológico, bem como o irmão gémeo e a irmã, de nove anos.

Ao fim da tarde, o comandante distrital de Bragança da Autoridade Nacional da Protecção Civil suspendia as operações de busca. "A maior dificuldade é a forte corrente do rio que torna muito difícil conseguir fazer buscas subaquáticas, bem como a deslocação dos botes contra a corrente. Oito mergulhadores das corporações de Mirandela e Macedo efectuaram algum trabalho, mas foi necessário fechar as comportas da ponte açude a jusante do local das buscas", explicou Melo Gomes.

 

Fonte: JN

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