Os prejuízos provocados pelas enxurradas de areia que inundaram a aldeia do Portelo continuam por pagar. O caso remonta a Dezembro do ano passado, altura em que a forte pluviosidade que se fez sentir provocou um deslizamento de areias da antiga mina de Montesinho.
A exploração e extracção de areia no local estava ao encargo de uma empresa que, segundo a autarquia, não tinha qualquer licenciamento e nem sequer se encontrava registada no Serviço de Finanças. A câmara decidiu então suspender a actividade da empresa e aguarda agora por uma reunião com as várias entidades envolvidas no processo, entre elas o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).
É que o presidente da autarquia, Jorge Nunes, considera que o ICNB teria a responsabilidade ao nível da fiscalização e recuperação ambiental, uma vez que se trata de uma intervenção numa área protegida.
Entretanto, o ICNB já veio dizer que não é da sua competência emitir Alvará ou Título de Exploração no âmbito das pedreiras e que, neste caso, não lhe compete também fiscalizar.
A autarquia espera agora que com o encontro de todas as entidades envolvidas possam ser apuradas as responsabilidades de modo a garantir às entidades públicas e privadas prejudicadas que serão ressarcidas dos danos sofridos.
Actualmente, as fortes chuvadas têm provocado algum deslizamento mas o autarca Jorge Nunes garante que não há situações de risco.