Não vai encerrar nenhum dos serviços oncológicos do Centro Hospitalar do Nordeste.
A garantia é deixada pelo deputado do PS eleito por Bragança para a Assembleia da República.
“Há um compromisso da ministra da saúde de que vai haver um incremento de cirurgias feitas em Bragança no que diz respeito a doenças do foro oncológico” adianta, explicando que “isso acontecerá em protocolo com o Instituto Português de Oncologia do Porto e isso vai permitir ter um melhor serviço”.
O receio surgiu na semana passada, depois da apresentação de um estudo na Assembleia da República, que definia números mínimos de atendimentos para a manutenção de alguns serviços de tratamento ao cancro.
“Houve um grupo de técnicos que fez esse documento, mas isso não quer dizer que a tutela leve em conta a totalidade esse documento” refere Mota Andrade.
O segundo deputado do PSD pelo distrito, Adão Silva, foi uma das primeiras vozes a levantar-se contra este documento, questionando o Governo sobre esta matéria.
Um dos maiores receios prende-se com o hospital de dia de Macedo de Cavaleiros, que actualmente recebe cerca de 250 doentes por ano para tratamentos de quimioterapia, um número próximo do mínimo exigido pelo documento técnico.
Mas Mota Andrade sublinha que também este serviço será reforçado “nomeadamente com transferências de outras unidades, sobretudo do IPO onde há saturação” adianta. “Não admitimos que o sofrimento dos doentes seja uma arma de arremesso político-partidária” acrescenta.
Mota Andrade garante que no distrito de Bragança não será encerrado nenhum serviço de cuidados a doentes com cancro, mesmo que não cumpram os requisitos propostos por um documento sobre a reorganização da rede nacional de cuidados oncológicos.
Para além de tratamentos de quimioterapia, em Macedo de Cavaleiros, o Centro Hospitalar do Nordeste realiza ainda cirurgias mamárias, do cólon e recto, estômago e esófago.
Fonte: Brigantia