Desde Setembro passado, o Centro de Emprego de Bragança passou a dispor de uma conselheira “Eures”, ou seja, uma profissional que ajuda os candidatos a emprego, ou empregadores, a encontrarem soluções no âmbito de uma rede europeia que promove a empregabilidade, em diversos em países da União Europeia, mas também em outros estados, como a Suíça, Noruega, Liechtenstein e Islândia.
Para divulgar o serviço, a nível transfronteiriço, a Fundação Rei Afonso Henriques promoveu, em Bragança, no passado dia três, uma sessão de apresentação desta Rede Europeia da Mobilidade Profissional, que contou com os responsáveis dos Centros de Emprego de Bragança e os Serviços Públicos de Emprego de Zamora.
Até agora quem pretendia obter alguns aconselhamento, tinha que o fazer à distância. A presença de um conselheiro, em Bragança, permite aos que pretendem encontrar um emprego em outro país uma maior facilidade de obter respostas e esclarecer dúvidas. Mesmo quem já tem perspectivas de emprego em outro país, pode obter, através deste aconselhamento, esclarecimentos diversos, sobre legislação, procedimentos burocráticos, nível de vida no país onde pretende trabalhar, entre outros.
Segundo Sandra Falcão, a conselheira Eures em Bragança, a inscrição na rede pode ser feita no Centro de Emprego, ou através da Internet, no Portal da Rede.
Os profissionais com maior possibilidade de encontrar emprego nesta rede são os enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de análise clínicas e outros profissionais de áreas ligadas à saúde, mas também profissionais de áreas específicas com alguma qualificação.
“Neste momento trabalhar na Europa exige alguma preparação, ter alguma credencial que permita uma integração para um emprego de qualidade. Não só na área académica, mas também profissionais com especialização em soldadura, serralharia, carpintaria, ou seja, profissionais habilitados para determinadas áreas. Existem também ofertas de emprego para trabalhos sazonais, nomeadamente na agricultura, serventes agrícolas, profissionais de hotelaria, que apesar de tudo exigem sempre qualificação linguística. É preciso ter sempre alguma preparação para trabalhar lá fora”, sublinhou a conselheira.
Criada em 1993, esta é uma rede de cooperação entre a Comissão Europeia e os Serviços Públicos de Emprego dos Estados-Membros da UE que fornece ao cidadão e às empresas informação e aconselhamento em matéria de recrutamento, promovendo, deste modo a mobilidade de trabalhadores e o encontro entre a oferta e a procura de trabalho no espaço comunitário.
Face à actual conjuntura económica que afecta os dois países e às debilidades do mercado de trabalho sentidas nos territórios transfronteiriços, Jorge Nunes, presidente do município de Bragança, classificou este projecto, como sendo extremanete positivo para os cidadãos. “A Articulação que a Fundação está a fazer é uma boa iniciativa, que coloca os interlocutores dos dois lados da fronteira a falar, é uma boa oportunidade para os cidadãos, particularmente para os mais jovens”, disse.
Alcídio Castanheira, responsável do Centro de Emprego de Bragança, explicou, que além do portal europeu, existe a plataforma nacional do Instituto de Emprego e Formação Profissional na qual são filtrados os empregos mais adequados aos jovens portugueses.
Para obter informações colocar o currículo on-line, entre outros serviços, os interessados podem faze-lo através da plataforma da Comissão Europeia, em http://ec.europa.eu, ou através da Plataforma do IEFP, em http://www.iefp.pt, ou http://www.netemprego.gov.pt.
Fonte: Mensageiro de Bragança