Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
04 de Novembro de 2010

Uma estudante do IPB foi atropelada em frente à Escola Agrária e ficou ferida com gravidade. A jovem de 24 anos está internada em estado grave no Hospital de Santo António, no Porto, em estado de coma.
A Associação Acdémica diz que a zona da Av. De Santa Apolónia é mal iluminada e perigosa para os peões. Os estudantes vão hoje reunir com o presidente da autarquia no sentido de encontrar soluções que aumentem a segurança dos estudantes que todos os dias utilizam a via.

Uma estudante do IPB ficou ontem ferida com gravidade na sequência de um atropelamento na Avenida de Santa Apolónia em frente à Escola Agrária. O acidente ocorreu por volta 22h.
Ao que tudo indica, a estudante atravessava a estrada em direcção ao Bairro Artur Mirandela, devido às obras da ciclovia, que ocupam o passeio do lado poente da estrada. Quando os bombeiros chegaram ao local ao vítima estava inconsciente. A jovem de 24 anos foi transportada para o hospital de Bragança e depois evacuada por helicóptero para o Porto.
O comandante dos Bombeiros de Bragança, José Fernandes, explica o que aconteceu. “Recemos o alerta às 22h08 e tivemos logo a informação de que se tratava de um ferido muito grave. Chegámos ao local três minutos depois e encontrámos uma jovem de 24 anos inconsciente. Ao local também compareceu a equipe da VMER e o nosso trabalho foi de apoio ao médico e ao enfermeiro [da VMER].

A fraca iluminação da zona, associada às obras da ciclovia que obrigam os peões a atravessar com frequência a estrada está a preocupar a Associação Acdémica, que hoje vai procurar reunir com o presidente da autarquia no sentido de procurar soluções. “Tem havido algumas situações, mas nada de acidentes deste género. Ainda há poucos dias na altura da praxe iam a passar alguns caloiros e iam sendo atropelados – e foi a primeira vez que alguém falou connosco a dizer que havia pouca iluminação na zona”.

Rui Sousa entende que as árvores da avenida, que reduzem a iluminação, deviam ser podadas, mas a sinalização da zona afectada pelas obras da ciclovia também não ajuda à segurança dos estudantes. “Há zonas muito complicadas, desde as pessoas terem de atravessar a meio das curvas [por causa das obras], o que é uma coisa inadmissível, e há muita gente a caminhar e a correr naquela zona. Devia haver mais preocupação com a sinalização”.

 

Fonte: RBA


Operadores utilizam água quente para esterilizar o fruto que é exportado para países terceiros, mas investigadores querem colocar em prática a esterilização por irradiação

 

O Instituto Politécnico de Bragança, em parceria com uma empresa da região, com a Universidade do Minho e com o Instituto de Tecnologia Nuclear, está a levar a cabo um projecto de investigação dedicado à esterilização e conservação da castanha que é exportada para países terceiros. É que está em vigor uma norma da Comunidade Europeia que proíbe o uso de bormeto de metilo, o químico utilizado para fazer a devida desinfecção, de modo a que castanha chegasse ao destino sem alterações.

Segundo António Graça, director regional de Agricultura, esta imposição comunitária nada tem que ver com questões de segurança alimentar, até porque este produto não deixava quaisquer resíduos. “É uma questão de natureza ambiental”, explicou.

Com as novas normas em vigor, os operadores de castanha que trabalham na área de exportação tiveram que adoptar como alternativa o uso de água quente, “uma alternativa fácil e viável de utilizar”, na opinião de António Graça.

No entanto, os investigadores consideram que o tratamento com água quente pode não ser assim tão eficaz, uma vez que obriga à secagem da castanha, caso contrário pode apodrecer durante o período de transporte.

Albino Bento, presidente da Escola Superior Agrária e investigador do Centro de Montanha, considera mesmo que o método da água quente “não é económico, é difícil, demorado e complicado”.

Por isso, os vários investigadores procuram uma nova alternativa, nomeadamente a desinfecção por irradiação, através do uso de feixes de electrões. O projecto foi submetido à Agência Portuguesa da Inovação e é financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), no entanto, só dentro de três anos é que deverá estar concluído.

“Neste momento estamos a trabalhar, já fizemos os primeiros testes e temos esperança que o uso de feixes de electrões possa vir a funcionar”, apontou Albino Bento.


Esta técnica de irradiação visa a esterilização da castanha sem comprometer a sua qualidade. “O que se pretende é matar as pragas e os fungos, mantendo a qualidade, o sabor e as características do fruto”.

Amílcar António e Elsa Ramalhosa, investigadores ligados a este projecto, adiantam, ainda, que esta técnica da irradiação já foi testada na União Europeia em outros alimentos. Resta agora saber se, utilizado na castanha, mantém as suas características.

Para já, os operadores que trabalham no mercado da exportação da castanha, têm que utilizar a desinfecção com água quente. Mas a técnica não é nova, pelo menos assim o garante Alcino Nunes, um dos operadores que trabalha com castanha da região transmontana.

Ao seu armazém chegam milhares e milhares deste fruto. Grande parte é exportado em fresco para países europeus e para países terceiros. Este ano está a utilizar, pela primeira vez, a esterilização com água quente e, embora admita que é um método mais dispendioso, considera que “funciona bem”.

“Este processo já se utiliza há muito tempo na Europa. Nós é o primeiro ano que estamos a utilizar e funciona bem”, garantiu.

A campanha da castanha, que por esta altura emprega centenas de pessoas, está agora a começar e as expectativas são boas, pelo menos no que diz respeito à qualidade do fruto. Mas se a exportação para mercados europeus continua a manter-se, já para o Brasil a tendência é para uma diminuição.

Segundo Alcino Nunes, desde que trabalha nesta área, há cerca de 25 anos, que o Brasil tem vindo a diminuir a importação, no seu entender devido à “diminuição da colónia de portugueses, franceses, espanhóis e outros europeus que ali viviam e compravam”.

Uma opinião que é, também, partilhada por José Posadas, um empresário dedicado ao mercado da transformação da castanha, nomeadamente ao marron glacê. A trabalhar há 50 anos neste sector, o empresário espanhol considera que Portugal continua a ter problemas na venda do produto. “É preciso saber vender bem e não apenas em quantidade. O Brasil come castanhas portuguesas por uma questão cultural. É preciso fazer uma campanha que recupere e valorize esse mercado”.

Em termos de mercado, a exportação para países como os Estados Unidos, Canadá ou Brasil representa cerca de um terço da produção. Embora não seja um valor muito significativo, é importante para manter os valores do preço da castanha no mercado.

publicado por Lacra às 09:18

Há cada vez menos oferta ao nível da caça, com uma densidade baixa de peças que tem vindo a diminuir, por vários factores, entre eles o abandono da agricultura. Mas a pressão dos caçadores também tem de diminuir. Assim o entende Rui Caseiro, vice-presidente da câmara de Bragança e caçador, que quis deixar o alerta, na abertura da 9ª Feira Internacional do Norte.

O responsável considera que é necessário “mudar de atitude” e ter “um comportamento ajustado”, o que significa: “caçar menos dias, com menos caçadores no território e com menor abate de peças”.

Rui Caseiro considera que a caça, como sector económico sustentável, só poderá ter futuro “enquanto os caçadores tiverem oportunidade de andar no monte e ver caça” e, para tal, “os caçadores têm de ser mais respeitadores”.

É que uma pressão desajustada sobre um território onde o número de peças já é reduzido, pode levar a uma diminuição abrupta de determinadas espécies.

Mas, para além do comportamento dos caçadores, há outros factores que devem ser tidos em linha de conta. O abandono da agricultura levou
a diminuição de determinadas espécies, com a diminuição da cultura cerealífera, por exemplo, a prejudicar a produção de perdizes.

A comparação com o Alentejo é inevitável. Como caçador, o responsável aponta para aquela região do país como “das melhores zonas para caçar” e onde as jornadas de caça podem nem chegar a um mês.

“Para termos caça, temos de investir na produção, nas condições que a caça tem de ter para a reprodução, na alimentação, nos bebedouros...É preciso este investimento”, notou.

Outro dos factores que o responsável entende como limitativo do crescimento do sector é a falta de dimensão. Deu-se um primeiro passo, ao ordenar o sector, no entanto, agora seria necessário proceder a um reordenamento e ao aglutinamento de pequenas zonas de caça associativas ou municipais, para lhes dar maior dimensão e massa crítica.

“Temos zonas de caça com uma área muito pequena e não existe massa crítica suficiente para podermos implementar um bom plano de gestão. Não é com áreas de mil hectares que se consegue isso”, apontou.

Rui Caseiro teceu ainda algumas críticas à Zona de Caça Nacional da Lombada, que, no seu entender, “devia ser um exemplo”.

Com uma área de 20 mil hectares, considerada das melhores zonas de caça do país, com os melhores troféus de veados a nível nacional e ibérico, a Zona de Caça da Lombada ainda “não é exemplar nem demonstrativa daquilo que deve ser feito ao nível da gestão”.

A câmara já se disponibilizou a, conjuntamente com os responsáveis governamentais, “congregar esforços para conseguir melhores condições de rendimento para as populações que lá residem”.

Ao longo dos quatro dias da Feira Internacional do Norte, as questões relacionadas com o sector da caça estiveram em debate, tal como em outros anos, no entanto, a participação é sempre diminuta.

publicado por Lacra às 09:13

 

 

Mais de duas dezenas de enfermeiros agiram judicialmente contra o Centro Hospitalar do Nordeste pela alegada redução do valor/hora pago nos turnos das tardes, noites, fins-de-semana e feriados. Os profissionais, aos quais se juntaram três técnicos de diagnóstico e terapêutica, reclamam da medida do Centro Hospitalar que, segundo afirmam, “foi tomada sem qualquer aviso prévio”.

Segundo contaram, o Centro Hospitalar terá avançado com esta medida no início de Janeiro, tendo reduzido o valor da hora em cerca de 75 por cento, horas essas que seriam pagas ao mesmo nível da tabela salarial de outros técnicos superiores. Segundo afirmam, a redução foi de seis euros/hora para os 1,55 euros/hora, independentemente do dia.

“As tardes deixaram de ser pagas e as noites, seja feriado ou não, de segunda a domingo, têm o mesmo valor, 1,55 euros, para além do salário base”, apontaram os profissionais, que pediram anonimato para prestar declarações.

Em média, por mês, os enfermeiros queixam-se de estar a perder entre 160 a 250 euros. Depois de uma primeira tentativa de acordo entre o Sindicato e o Centro Hospitalar, os profissionais decidiram agir judicialmente. A primeira audiência realizou-se na semana passada e os enfermeiros estavam disponíveis a negociações. No entanto, não houve qualquer acordo.

“Nós estávamos disponíveis à proposta de qualquer acordo, mas não houve qualquer proposta. Segundo o advogado representante do Centro Hospitalar, não havia nenhuma indicação para apresentar propostas”, contaram os enfermeiros.

Os profissionais consideram que a medida do Centro Hospitalar, por ter sido tomada sem aviso prévio, é “ilegal” e acreditam que existe fundamentação para a sua causa.

A situação abrangeu, também, as unidades de Mirandela e de Macedo de Cavaleiros, tendo sido afectados por este corte não só enfermeiros, mas também técnicos e auxiliares de acção médica. Ainda assim, só em Bragança houve mobilização contra esta medida.

O julgamento ficou marcado para dia 14 de Fevereiro.

 

publicado por Lacra às 07:21
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
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