Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
27 de Outubro de 2010

As festas de recepção aos caloiros do Instituto Politécnico de Bragança arrancam já no início de Novembro. Em Mirandela, a Associação de Estudantes está a promover um cartaz que contempla grandes nomes da música portuguesa e bandas internacionais. Tributo a System of a Down, Mata Ratos, Easyway, ou os austríacos Roy de Roy, são alguns dos nomes que vão passar por Mirandela em quatro dias de festa, de três a 6 de Novembro.

Com um orçamento de 13 mil euros, a Associação de Estudantes teve de usar alguns contactos pessoais para conseguir trazer à região algumas das bandas que integram o cartaz. Nuno Nascimento aponta, por exemplo, a vinda dos Mata Ratos, uma banda portuguesa que há muito não se ouvia,  ou os Easyway, que estão nomeados para os prémios MTV, assim como os Roy de Roy, a banda austríaca de folk rock.

A semana contempla ainda o tradicional dia dedicado às tunas e outro dedicado à música popular.

 

Santos e Pecadores cabeça de cartaz em Bragança

 

Em Bragança, a Semana do Caloiro celebra-se de 9 a 13 de Novembro e traz nomes que nunca vieram à cidade, ou que já não vêm há muito tempo. É o caso dos Santos e Pecadores, que actuam no dia 13 e que se vão apresentar com um novo álbum que tem sido muito bem aceite pelo público em geral. O primeiro dia é, tradicionalmente, dedicado às tunas académicas. É também neste dia que os caloiros fazem o desfile das tochas e participam numa celebração especial na Catedral. Rui Sousa, da Associação Académica, diz que essa é “uma forma simbólica de assinalar a vinda dos novos estudantes para Bragança, uma vez que na despedida voltam a passar pela Catedral, na missa dos finalistas”.

O segundo dia traz os Orelha Negra, uma banda que segue as novas tendências da música portuguesa e do hip-hop. Depois é a vez dos Nu Soul Family e, no dia 12, do Arraial Popular e de outras bandas de música portuguesa, sendo de assinalar que, pela primeira vez, o Quim Barreiros não marcara presença.

“Não trazemos o Quim Barreiros, mas trazemos a Rosinha, o Arraial Popular, Ympério Show e George Canarinho”, referiu o presidente da academia.

A limitação orçamental é uma das causas invocadas para não trazer o ícone da música popular portuguesa, nem tão pouco alguma banda internacional, como era objectivo da Associação.

“É a nossa primeira iniciativa de uma festa anual e temos um orçamento limitado. Nem sempre é fácil escolher bandas que agradem a todos e, por isso, optamos por trazer aquelas que nunca vieram ou que não vêm há muito tempo; e que tivessem um cache adaptado ao nosso orçamento”, explicou Rui Sousa.

Ainda assim, está garantida a presença de djs de casas nocturnas da cidade, bem como de alunos do Politécnico, que, no final das actuações principais, vão prolongar a festa madrugada adentro.

O orçamento é de 85 mil euros e contempla já os gastos “extra-cartaz”, como o espaço, licenças, PSP, entre outros. Ainda que com limitações, a Associação Académica decidiu manter os preços dos bilhetes para estudantes e baixar o preço da pulseira, (que dá direito a entrar todos os dias no recinto), para não – estudantes.

Assim, os preços, para estudantes, variam entre os cinco e os 11 euros, sendo que a pulseira tem um preço de 28 euros. Para não estudantes, os preços variam entre os 7 e os 13 euros, com a pulseira a custar 35 euros.

 

Falta de apoios limita festa

 

A falta de apoios das casas comerciais de Bragança é um dos factores que limita a organização de uma melhor e maior festa dos caloiros. Rui Sousa lamenta mesmo que a população local não se aperceba de como os estudantes “mexem” com a economia da cidade e diz que a Associação Académica, sendo a maior da região transmontana, “merecia mais apoios”.

“Neste momento, o IPB conta com mais de sete mil alunos. É uma elevada população que mexe com a economia da cidade. Fazemos parte da cidade e gostávamos de ter mais colaboração, pois a cidade também lucra com os estudantes”.

Actualmente, a Associação conta com o apoio logístico da autarquia local e de algumas entidades e é “com tristeza” que constatam que necessitam mais.

Ainda assim, Rui Sousa considera que o cartaz é “equilibrado” e admite que, “se as coisas correrem bem”, poderá haver um maior investimento na Semana Académica. 

publicado por Lacra às 09:51

Fernando Maillo, presidente da Diputácion de Zamora, considera fundamental que o Governo de Portugal e Espanha declare prioritária e de interesse internacional a ligação da auto-estrada A-11 até à fronteira de Quintanilha (Bragança).

Reivindicações feitas durante o Dia da Província, assinalado, no passado Sábado, em Alcanices, perto à fronteira, num acto cheio de simbolismo em que vários autarcas portugueses foram convidados a participar, como foi o caso de Jorge Nunes, da câmara de Bragança, José Silvano, da câmara de Mirandela e Artur Pimental, da câmara de Vila Flor.

Fernando Maillo considera que é necessário continuar a investir na cooperação com Portugal e, para tal, é “urgente” criar ligações condignas entre os dois países. Para além da conclusão da A-11 entre Zamora e a fronteira, o responsável diz ser imprescindível ligar Bragança à Puebla de Sanábria, um projecto que, actualmente, continua a ser apenas “uma ideia”.

A conjuntura económica de crise em que se encontra a Espanha pode ser um entrave à execução destes projectos, uma vez que a região de Castela e Leão não tem capacidade de financiamento para, por si só, os levar a cabo. Isabel Alonso, conselheira da Administração Autónoma de Castela e Leão, aponta, por isso, a necessidade de se avançar com a macro-região entre as comunidades autónomas de Galiza, Castela e Leão e a região Norte de Portugal, para assumir uma melhor posição em toda a Europa.

“É fundamental que nos posicionemos melhor na Europa, mas necessitamos de infra-estruturas de ligação”, disse, assumindo que fará reivindicações junto do Governo central de Espanha para que se possa avançar com financiamento e executar o projecto.

Esta foi a primeira vez que a Província de Zamora celebrou o seu dia na localidade de Alcanices e com os vizinhos portugueses. Uma verdadeira festa internacional que pretendeu assinalar a “vinculação” com a raia.

“A cooperação com Portugal tem muitos anos e, por isso, elegemos Alcanices, até pelo simbolismo do Tratado que aqui se assinou, em 1295, e que tendo criado uma fronteira política, nunca separou os povos”, referiu Fernando Maillo.

A proposta do responsável zamorano é para que as comunidades vizinhas de Portugal e Espanha façam um “novo Tratado de Alcanices” que tenha como pilar a cooperação transfronteiriça.

Durante a cerimónia foram, ainda, entregues os prémios “Terra de Zamora” a todos quanto contribuíram para o desenvolvimento da província. Uma das galardoadas foi a Fundação Rei Afonso Henriques, com sede em Bragança e em Zamora, por “manterem viva e dinâmica a relação com Portugal”. O prémio foi entregue pelo presidente da autarquia de Bragança, Jorge Nunes.

 

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