Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
29 de Outubro de 2010

O romance “Um Tiro na Bruma”, da autoria de Manuel Cardoso, foi destacado no livro de História de 9º ano, das edições ASA, na secção dedicada aos romances com História. Foram escolhidos três trechos relativos ao ambiente social que se vivia na primeira República, factos que o autor relata partindo de uma base real e de acontecimentos vivenciados por familiares seus.

O destaque de que o seu romance foi alvo, ao ser referenciado, com grande destaque, num livro didáctico, direccionado para alunos do terceiro ciclo, surpreendeu o próprio autor, que teve conhecimento deste facto numa palestra organizada pela Escola Secundária António Granjo, em Chaves, na semana passada.

“Fui convidado a ir a Chaves e fui surpreendido com essa notícia pela Drª Margarida Terra, que me mostrou um placard da biblioteca com o fac-simile da página do livro”, contou Manuel Cardoso, confessando sentir-se “muito emocionado e lisonjeado”.

“Sempre gostei de ser aluno e estar presente, deste modo, no mundo escolar é uma enorme alegria e honra para mim!”

O autor considera que os trechos escolhidos para figurarem no livro escolar descrevem com grande “credibilidade e autenticidade” o que se terá passado nesses anos da 1ª República, reflectindo o dia-a-dia das pessoas que viviam na província.

“Tive um enorme cuidado ao escreve este livro, para que o efeito de propaganda, pró ou contra a República, pró ou contra a Monarquia, não viesse falsear o retrato desse momento vivido pelos nossos avós ou bisavós. Foram momentos muito difíceis para todos eles, monárquicos ou republicanos”, apontou.

“Um Tiro na Bruma” foi o primeiro romance lançado por Manuel Cardoso, em 2007, e aborda, essencialmente, os momentos políticos e sociais que marcaram o início do século XX em Portugal, como seja a implantação da República, em 1910, os golpes de Estado e contra-golpes, a participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial, as doenças que dizimaram famílias inteiras. É neste cenário conturbado que se movimenta a figura central da história – Amadeu, médico em Macedo de Cavaleiros, (avô de Manuel Cardoso), e em torno dele gravitam outras personagens da sociedade transmontana. Foi o interesse em conhecer melhor esse período conturbado da História portuguesa, bem como a figura do seu avô que o levaram a iniciar a investigação, como confessou ao Mensageiro.

“Tinha um enorme interesse pelo período da primeira República, um períodos sobre o qual se falava pouco, e pela figura do meu avô, de quem diziam cobras e lagartos na nossa família”, confessou.

Com o decorrer da investigação e sem saber que tudo iria resultar num romance, Manuel Cardoso deparou-se com diferentes “verdades” entre o que descobria e aquilo que lhe tinham dito. O resultado é um conjunto de “imagens quase palpáveis de acontecimentos vividos intensamente em Trás-os-Montes e em Portugal, há uma centena de anos atrás”.

Médico veterinário de profissão, a sua estreia na literatura não podia ser melhor. Além de ter já publicado um outro romance, “O Segredo da Fonte Queimada”, Manuel Cardoso vê agora o seu primeiro livro consagrado no contexto educativo.

“O meu objectivo foi proporcionar, a quem ler, um mergulho na época, uma viagem no tempo que lhe permita viver, sob o ponto de vista emotivo e participativo, os momentos e acontecimentos protagonizados pelos personagens”, apontou.

“Um Tiro na Bruma” é um livro que o autor aconselha a “todos os que se interessem em saber como se viveu em Trás-os-Montes um dos períodos mais difíceis da nossa história recente. A todos os que, como eu, achem que a História de Portugal não é protagonizada apenas em Lisboa ou por figuras de primeiro plano, mas que a mesma é vivida por todos nós, no nosso dia-a-dia, na nossa história pessoal, no nosso amor à vida”.

Manuel Cardoso considera ainda que foi “o amor à vida, no meio das dificuldades, que permitiu ao nossos bisavós e avós ultrapassar todo esse tempo” e, por isso, deixa o conselho: “descobrir o amor à vida, no meio de uma desorientada e difícil, é um bom motivo para, nos dias de hoje, aconselhar a ler um livro como este.


A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) decidiu accionar o alerta amarelo em sete distritos do Norte e Centro do país, face às previsões do Instituto de Meteorologia para os próximos dois dias.

A subida de nível entra em vigor às 6h00 da próxima madrugada, nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Bragança, Vila Real, Porto, Aveiro, Guarda, Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa e Setúbal.

Em causa está a passagem por Portugal de duas frentes depressivas, que irão provocar chuva forte acompanhada de trovoadas, sobretudo no litoral norte e centro, durante a próxima madrugada e no final da manhã de sábado.

São também esperados ventos fortes, que poderão chegar aos 120 quilómetros/hora, descida das temperaturas e a queda de neve em regiões acima dos 1400 metros.

 

Fonte: Renascença

publicado por Lacra às 09:05

No próximo domingo, 31 de Outubro, a aldeia de Cidões, em Vinhais, volta a recriar a Festa da Cabra e do Canhoto, uma tradição ancestral que tem vindo a ser promovida, desde há vários anos, pela Associação Raízes d’Aldeia de Cidões como a “verdadeira noite das bruxas à transmontana”.

Sob o dito popular “quem ao canhoto se aquecer e da cabra comer, um ano de sorte vai ter”, os locais organizam um ritual de raízes celtas. A cabra “machorra” é cozinhada num pote, numa fogueira de “canhotos” de cinco toneladas e com a representação do diabo em cima de um carro de bois.

Este ano, pela primeira vez, a música celta vai ter mais destaque, com a presença do artista, Sebastião Antunes e do grupo Quadrilha, estes últimos presentes há mais de dez anos seguidos.

Os membros da Associação dizem, ainda, que esta festa que se realiza em pleno coração de Trás-os-Montes é o que resta de “mais puro e genuíno de todas as crenças e tradições”. É que, segundo explicam, em comunicado à imprensa, os celtas, que tiveram uma forte presença na região, tinham o costume de, no dia 31 de Outubro, acender uma grande fogueira, na parte mais alta da localidade, para celebrar o “Samhain”, que seria o ritual de fim e início de um novo ano para os celtas.

“Os cristãos transformaram essa data no Dia de Todos os Santos e no Dia dos Finados. Em muitas regiões do planeta, transformaram-na na noite das bruxas”, explicam.

É por irem às raízes que a festa de Cidões só começa à noite: “o povo celta, assim como outros povos de origem pagã, celebrava o começo dos dias através do anoitecer”.

A Festa da Cabra e do Canhoto, à semelhança do ancestral ritual celta evocado, visa celebrar o início de um novo ano, a recolha dos alimentos e o início dos meses de inverno, meses sem grande produção agrícola.
“É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período nas nossas vidas, sendo comemorado com uma grande fogueira feita no cimo da aldeia, numa encruzilhada de uma clareira onde se queima o canhoto (tronco de árvore) “que representa o diabo”, com muito vinho, aguardente queimada, jeropiga, castanhas, fruta, café com brasa no pote e o tradicional repasto de cabra “machorra”, que representa a mulher infértil do diabo, confeccionada em grandes potes de ferro”, apontam.

Paralelamente decorre a Feira de Produtos da Terra, bem como o magusto, que este ano pode ser acompanhado com uma queimada especial com aguardente e café feito no pote. O local é numa encruzilhada, no cima da aldeia de Cidões, num cenário “idílico”.

Depois do jantar, os rapazes percorrem a aldeia para a “virar do avesso”. “Colocam os vasos de flores no meio da rua, rebolam com os carros de bois e carroças, deixando-os com as rodas para o ar”, descrevem. Depois, aparece o “diabo” em cima de um carro de bois que percorre toda a aldeia para “não deixar dormir ninguém”.

A festa é aberta a todos quanto queiram participar.

28 de Outubro de 2010

Por antigos caminhos calcorreados, seguramente, há centenas de anos pelo homem, senão mesmo milhares, seguimos um grupo multidisciplinar de vários investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), por um pequeno troço de um grande percurso pelas Arribas do Douro, que, asseguram os especialistas, é uma das mais belas rotas de Portugal.

Os muros de granito emparedado seguram os terrenos que dividem as pequenas parcelas dos proprietários locais. São granitos que estão ali há uns largos milhares de anos, milhões, mais de 320 milhões de anos, assevera Elisa Preto Gomes, investigadora da UTAD. Surgem os afloramentos rochosos, bolas de pedra arredondadas aqui e ali, onde, inesperadamente, nascem, fortes, as carrasqueiras. E há ainda os zimbros, os carvalhos, os negreiros, as azinheiras, os freixos, vegetação típica de um clima mediterrânico de forte continentalidade.

João Bastos, um dos membros da equipa, especialista em Climatologia, explica a importância do troço: “todo o percurso permite diferentes paisagens sobre as Arribas do Douro e ao longo do Parque Natural do Douro Internacional. Não só o miradouro de S. João das Arribas, mas toda a paisagem envolvente, tornam este percurso um dos mais bonitos”.

Numa altitude que varia entre os 600 e os 800 metros, o Planalto Mirandês é a região de Portugal situada mais a interior da Meseta da Península Ibérica. “É por isso que os invernos são bastante rigorosos, com temperaturas baixas, geadas frequentes e alguma neve. Os verões são relativamente quentes e verifica-se uma grande amplitude térmica e, por isso, a grande variedade de vegetação”, apontou o especialista.

Pelo caminho, podemos observar momentos da vida no campo. Só o silêncio e a paisagem marcadamente agrícola, pontuada aqui e ali pelas vinhas.

Uma  nora de ferro ajudar a tirar água de poço num terreno lavrado por um velho agricultor vestido com roupas de outras décadas. O tempo parece não ter passado por ali. Com a mão sobre os olhos, observa com estranheza o grupo de gente por que ali passa e acena. Mais à frente, vemos outra nora, uma verdadeira nora à antiga, toda em madeira, uma relíquia dos utensílios agrícolas de outrora.

A presença de uns burricos mirandeses a pastar numa sombra motiva o alvoroço dos jovens estudantes. Todos param a saudar e a fotografar o belo espécime autóctone que, nos últimos anos, tem granjeado grande simpatia, fruto do trabalho da Associação de Protecção e Estudo do Gado Asinino (AEPGA).

Um momento para António Serôdio, investigador da UTAD, nos explicar a importância social de promover a prática do pedestrianismo e que está patente, desde logo, na troca de experiências e conhecimentos entre pessoas de diversas proveniências. Mas, tão ou mais importante, é o contributo que esta prática de andar a pé pelos antigos caminhos rurais traz para a manutenção desses percursos.

“A sua manutenção é importante, não apenas pela questão do acesso aos caminhos rurais, mas também em termos de manter os caminhos em uso, caso seja necessário para o combate a incêndios ou noutro tipo de situação”.

António Serôdio lembra, ainda, que as caminhadas constituem uma actividade física adaptada a pessoas de várias idades, sendo uma boa forma de “retirar os idosos dos centros de dia, promovendo o convívio e o exercício físico”. Mas, as vantagens são mais amplas. António Serôdio considera que a exploração de rotas pedestres pode ser um bom nicho de mercado.

“A nossa intenção é, também, motivar estes jovens estudantes para o empreendedorismo, há imensas potencialidades e vantagens na exploração deste negócio turístico”, considerou.

Continuando caminho, Elisa Preto Gomes chama a atenção para o contraste da paisagem: por um lado, as rochas mais xistosas, brandas e fáceis de partir; por outro, as rochas graníticas, difíceis de erodir. A explicação está nos complexos processos geológicos que ali ocorreram e que tornam as Arribas do Douro um dos locais mais importantes, em termos científicos, para a compreensão do Douro.

No miradouro de S. João das Arribas, um dos mais belos de todo o Planalto Mirandês, a paisagem é estarrecedora. É o “grande Canyon Ibérico”, uma expressão algo exagerada, até porque lhe falta o protagonismo do americano Canyon, mas que traduz bem a importância científica das Arribas do Douro.

“É aqui que podemos compreender que o rio Douro, esta bacia com esta configuração, nem sempre foi assim”, apontou Elisa Preto Gomes.

A investigadora explicou que o grande desfiladeiro rochoso surgiu de movimentos tectónicos que fizeram com o “pré-Douro” se ligasse a um lago interior que existiria na zona de Castela e Leão, levando ao esvaziamento dos sedimentos desse lago e ganhando a configuração actual.

Um processo muito complexo, aqui explicado de forma mais simplista, mas que se revela de grande importância geológica.

 

Quilómetros de percursos por assinalar

Mas mais do que este pequeno troço, o grupo de investigadores da UTAD tem vindo a fazer, desde há dois anos, o levantamento de várias centenas de quilómetros de percursos pedestres. Na zona de Miranda do Douro, uma das propostas apontadas visa a classificação e sinalização do caminho entre Paradela e Miranda do Douro, num total de 15 quilómetros.

Luís Quaresma, da área desportiva, explica que embora a proposta possa aumentar o grau de dificuldade, dada a extensão, é sempre possível percorrer apenas pequenos troços.

“Este é um percurso que é fácil de executar, não tem grandes desníveis. O piso é em terra batida e não tem grandes irregularidades. O seu levantamento foi feito desde Paradela até Miranda do Douro, num total de 15 quilómetros. Isso pode aumentar o grau de dificuldade, mas é sempre possível fazer apenas pequenos troços”, apontou.

Este trabalho do grupo de investigadores da UTAD foi feito em colaboração com Espanha e com outras entidades, sendo que a Associação de Municípios Ribeirinhos do Douro assumiu a sua chefia. Os investigadores portugueses concordam que, do outro lado da fronteira já se fez a marcação de muitos percursos, um trabalho que, do lado português, ainda é muito incipiente.

“Nós estudamos nove percursos de raiz, fizemos o seu levantamento e resta agora às entidades competentes proceder à sua sinalização. Do lado português ainda há poucos percursos implementados e marcados”, constatou Luís Quaresma.

Também Elisa Preto Gomes considera que, agora, é necessário aproximar os percursos das rotas existentes do lado espanhol. “Como será feito, vai depender muito das entidades no terreno que o possam fazer”, notou a investigadora, apontando que aquilo que gostariam de ver implementado seria uma grande rota desde Paradela até Vila Nova de Foz Côa, continuando pelo lado espanhol.

“O que se justificaria seria uma Rota das Arribas, junto ao rio e seus afluentes, aproveitando os antigos caminhos de contrabandistas, caminhos que as populações conhecem e que, hoje, alguns deles já nem estão acessíveis”, considerou Elisa Preto Gomes.

A responsável diz que valeria a pena reconstruir antigos percursos, sinalizá-los e disponibilizar a informação na Internet, aproveitando as potencialidades tecnológicas.

O trabalho tem sido feito, não só pelos investigadores como pelas várias entidades presentes no terreno, no entanto, continua aquém das potencialidades, como notou Ronaldo Gabriel, investigador da UTAD.

“Na região do Douro Internacional temos características de excelência para apresentar produtos deste género, mas ainda há muito que fazer para potenciar estes recursos”.

A expectativa é que os jovens estudantes fiquem motivados para, futuramente, se lançarem em projectos empreendedores, fixando-se na região e promovendo-a a vários níveis.

 


 

O Hotel Spa de Alfândega da Fé vai promover, neste domingo, 31 de Outubro, um workshop de ioga. O Spa suspenso, a mais de mil metros de altitude, vai ser o espaço de promoção da actividade, uma forma de dar resposta às solicitações dos utentes do espaço que procuram formas de fuga à agitação da vida moderna.

A actividade de ioga é considera como uma prática proporcionadora de bem-estar e revigoramento do corpo, das emoções e da mente, sendo uma modalidade que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos.
Detentor de uma das mais deslumbrantes vistas da região transmontana, onde a simbiose com a natureza é perfeita, o SPA Alfândega assume-se como o local ideal para a prática desta tipo de exercício. Recorde-se que Hotel & SPA Alfândega da Fé foi o primeiro a abrir ao público um SPA suspenso, a mais de mil metros de altitude. O prolongamento do SPA para a envolvente exterior, ao mesmo tempo que se tira partido de todo o ambiente natural que o rodeia vê-se, também, agora potenciado com o desenvolvimento deste tipo de Workshops. 
É a segunda iniciativa do género que vai ter lugar neste local. A primeira aula de ioga para iniciados contou com a participação de 16 alunos, a opinião foi unânime quanto às condições e potencialidades do espaço para a prática desta actividade.
Daí que pelas 15.00h do próximo dia 31 de Outubro, a experiência vá ser repetida.
Após a prática do ioga e para potenciar a sensação de bem-estar atingido, vai haver lugar a um ritual do chá, bebida milenar e lendária.
As inscrições para este segundo Workshop podem ser efectuadas directamente no Hotel & SPA Alfãndega da Fé, ou no Posto de Turismo e têm um custo de 5 euros.


 


Há cada vez mais alunos a pedir ajuda à Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), fruto da conjectura actual de crise que vive o país, mas não só. Rui Sousa, presidente da academia, diz que a nova política de atribuição de bolsas veio deixar muitos alunos sem apoio, aumentando as dificuldades de quem estuda e, em alguns casos, colocando até em risco a frequência do ensino superior.

O presidente destacou o caso de um aluno proveniente dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP’s), inscrito na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que, por falta de verbas, está em risco de não se matricular no segundo ano.

“É um aluno que tem uma média boa, que fez todas as disciplinas e que por não ter como pagar as propinas, corria o risco de ter de deixar de estudar”, apontou.

A Associação Académica disponibilizou-se, desde logo, para fazer todos os esforços no sentido de permitir a continuidade dos estudos daquele aluno, tendo admitido, desde já, que em último caso a própria Associação pagará as propinas.

“Como tem um bom aproveitamento e é um excelente aluno, temos feito os possíveis para o ajudar e vamos  fazer tudo para que ele continue a estudar. Em ultima hipótese, pagamos-lhe as propinas”, disse Rui Sousa.

Mas há mais casos semelhantes. Segundo Rui Sousa, há muitos alunos provenientes de regiões mais industrializadas que, durante este ano, viram os pais perder o emprego e tem passado por mais dificuldades. A situação levou a Associação Académica a reunir, já, com alguns desses alunos para lhes oferecer a entrada na Semana do Caloiro. Um pequeno gesto cheio de simbolismo e que tem como objectivo ajudar a que estes alunos “não se sintam desintegrados”.

“Não queremos que deixem de participar nos eventos da academia e que se sintam desintegrados, nem queremos que sintam vergonha por mostrar as dificuldades que sentem”, apontou Rui Sousa.

A Associação Académica vai continuar, ao longo do ano, a promover actos de solidariedade, como forma de mostrar à cidade que os estudantes “fazem parte de Bragança”.

 

publicado por Lacra às 07:00
27 de Outubro de 2010

As festas de recepção aos caloiros do Instituto Politécnico de Bragança arrancam já no início de Novembro. Em Mirandela, a Associação de Estudantes está a promover um cartaz que contempla grandes nomes da música portuguesa e bandas internacionais. Tributo a System of a Down, Mata Ratos, Easyway, ou os austríacos Roy de Roy, são alguns dos nomes que vão passar por Mirandela em quatro dias de festa, de três a 6 de Novembro.

Com um orçamento de 13 mil euros, a Associação de Estudantes teve de usar alguns contactos pessoais para conseguir trazer à região algumas das bandas que integram o cartaz. Nuno Nascimento aponta, por exemplo, a vinda dos Mata Ratos, uma banda portuguesa que há muito não se ouvia,  ou os Easyway, que estão nomeados para os prémios MTV, assim como os Roy de Roy, a banda austríaca de folk rock.

A semana contempla ainda o tradicional dia dedicado às tunas e outro dedicado à música popular.

 

Santos e Pecadores cabeça de cartaz em Bragança

 

Em Bragança, a Semana do Caloiro celebra-se de 9 a 13 de Novembro e traz nomes que nunca vieram à cidade, ou que já não vêm há muito tempo. É o caso dos Santos e Pecadores, que actuam no dia 13 e que se vão apresentar com um novo álbum que tem sido muito bem aceite pelo público em geral. O primeiro dia é, tradicionalmente, dedicado às tunas académicas. É também neste dia que os caloiros fazem o desfile das tochas e participam numa celebração especial na Catedral. Rui Sousa, da Associação Académica, diz que essa é “uma forma simbólica de assinalar a vinda dos novos estudantes para Bragança, uma vez que na despedida voltam a passar pela Catedral, na missa dos finalistas”.

O segundo dia traz os Orelha Negra, uma banda que segue as novas tendências da música portuguesa e do hip-hop. Depois é a vez dos Nu Soul Family e, no dia 12, do Arraial Popular e de outras bandas de música portuguesa, sendo de assinalar que, pela primeira vez, o Quim Barreiros não marcara presença.

“Não trazemos o Quim Barreiros, mas trazemos a Rosinha, o Arraial Popular, Ympério Show e George Canarinho”, referiu o presidente da academia.

A limitação orçamental é uma das causas invocadas para não trazer o ícone da música popular portuguesa, nem tão pouco alguma banda internacional, como era objectivo da Associação.

“É a nossa primeira iniciativa de uma festa anual e temos um orçamento limitado. Nem sempre é fácil escolher bandas que agradem a todos e, por isso, optamos por trazer aquelas que nunca vieram ou que não vêm há muito tempo; e que tivessem um cache adaptado ao nosso orçamento”, explicou Rui Sousa.

Ainda assim, está garantida a presença de djs de casas nocturnas da cidade, bem como de alunos do Politécnico, que, no final das actuações principais, vão prolongar a festa madrugada adentro.

O orçamento é de 85 mil euros e contempla já os gastos “extra-cartaz”, como o espaço, licenças, PSP, entre outros. Ainda que com limitações, a Associação Académica decidiu manter os preços dos bilhetes para estudantes e baixar o preço da pulseira, (que dá direito a entrar todos os dias no recinto), para não – estudantes.

Assim, os preços, para estudantes, variam entre os cinco e os 11 euros, sendo que a pulseira tem um preço de 28 euros. Para não estudantes, os preços variam entre os 7 e os 13 euros, com a pulseira a custar 35 euros.

 

Falta de apoios limita festa

 

A falta de apoios das casas comerciais de Bragança é um dos factores que limita a organização de uma melhor e maior festa dos caloiros. Rui Sousa lamenta mesmo que a população local não se aperceba de como os estudantes “mexem” com a economia da cidade e diz que a Associação Académica, sendo a maior da região transmontana, “merecia mais apoios”.

“Neste momento, o IPB conta com mais de sete mil alunos. É uma elevada população que mexe com a economia da cidade. Fazemos parte da cidade e gostávamos de ter mais colaboração, pois a cidade também lucra com os estudantes”.

Actualmente, a Associação conta com o apoio logístico da autarquia local e de algumas entidades e é “com tristeza” que constatam que necessitam mais.

Ainda assim, Rui Sousa considera que o cartaz é “equilibrado” e admite que, “se as coisas correrem bem”, poderá haver um maior investimento na Semana Académica. 

publicado por Lacra às 09:51

Fernando Maillo, presidente da Diputácion de Zamora, considera fundamental que o Governo de Portugal e Espanha declare prioritária e de interesse internacional a ligação da auto-estrada A-11 até à fronteira de Quintanilha (Bragança).

Reivindicações feitas durante o Dia da Província, assinalado, no passado Sábado, em Alcanices, perto à fronteira, num acto cheio de simbolismo em que vários autarcas portugueses foram convidados a participar, como foi o caso de Jorge Nunes, da câmara de Bragança, José Silvano, da câmara de Mirandela e Artur Pimental, da câmara de Vila Flor.

Fernando Maillo considera que é necessário continuar a investir na cooperação com Portugal e, para tal, é “urgente” criar ligações condignas entre os dois países. Para além da conclusão da A-11 entre Zamora e a fronteira, o responsável diz ser imprescindível ligar Bragança à Puebla de Sanábria, um projecto que, actualmente, continua a ser apenas “uma ideia”.

A conjuntura económica de crise em que se encontra a Espanha pode ser um entrave à execução destes projectos, uma vez que a região de Castela e Leão não tem capacidade de financiamento para, por si só, os levar a cabo. Isabel Alonso, conselheira da Administração Autónoma de Castela e Leão, aponta, por isso, a necessidade de se avançar com a macro-região entre as comunidades autónomas de Galiza, Castela e Leão e a região Norte de Portugal, para assumir uma melhor posição em toda a Europa.

“É fundamental que nos posicionemos melhor na Europa, mas necessitamos de infra-estruturas de ligação”, disse, assumindo que fará reivindicações junto do Governo central de Espanha para que se possa avançar com financiamento e executar o projecto.

Esta foi a primeira vez que a Província de Zamora celebrou o seu dia na localidade de Alcanices e com os vizinhos portugueses. Uma verdadeira festa internacional que pretendeu assinalar a “vinculação” com a raia.

“A cooperação com Portugal tem muitos anos e, por isso, elegemos Alcanices, até pelo simbolismo do Tratado que aqui se assinou, em 1295, e que tendo criado uma fronteira política, nunca separou os povos”, referiu Fernando Maillo.

A proposta do responsável zamorano é para que as comunidades vizinhas de Portugal e Espanha façam um “novo Tratado de Alcanices” que tenha como pilar a cooperação transfronteiriça.

Durante a cerimónia foram, ainda, entregues os prémios “Terra de Zamora” a todos quanto contribuíram para o desenvolvimento da província. Uma das galardoadas foi a Fundação Rei Afonso Henriques, com sede em Bragança e em Zamora, por “manterem viva e dinâmica a relação com Portugal”. O prémio foi entregue pelo presidente da autarquia de Bragança, Jorge Nunes.

 

25 de Outubro de 2010

O convite surgiu, naturalmente, por parte do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, mas Santiago Ydáñez levou-o mais longe. Não só quis vir a Bragança mostrar os seus trabalhos, como fez questão de vir à região e usá-la como fonte de inspiração na sua pintura.

O artista, natural de Granada (Espanha), apresenta aqui obras de arte que exploram diferentes perspectivas das tradicionais Festas dos Rapazes de Vinhais. No mesmo espaço, e em oposição, Santiago Ydáñez expõe representações de animais, corpos nus, rostos humanos e imagens religiosas.

“Há uma diversidade de trabalhos que conflui para a mesma ideologia – o ancestral, o animal em confronto com o espiritual e religioso”, explicou Jorge da Costa, comissariado da exposição.

Logo no rés-do-chão o visitante é confrontado com duas realidades – de um lado surge o retrato de três caretos de Podence; do outro ossadas de animais. Depois os trabalhos figurativos em que o rosto humano “adquire um particular enlevo”.

“Através de pinceladas livres e saturadas, o artista capta as partes mais expressivas. No seu próprio rosto encontra a matriz para construir personagens, numa mudança performativa de identidade. Surgem, também, as imagens de rostos de santos que se sucedem como grandes planos cinematográficos”, observou Jorge Costa.

Os animais, as imagens de santos, um touro embalsamado surgem em confronto no mesmo espaço.  Particular característica é, também, a escala monumental de grande parte das obras apresentadas. À conversa com Santiago Ydáñez, este confessou o gosto pelo trabalho em grandes formatos: “gosto de trabalhar em escalas monumentais porque o corpo intervém e há como que uma espécie de dança”.

Esta é a primeira vez que o Centro de Arte Contemporânea recebe um artista estrangeiro, conferindo ao espaço uma dimensão verdadeiramente internacional. Natural de Granada, Santiago Ydáñez é considerado um dos mais proeminentes artistas da nova geração, tendo uma carreira internacional já reconhecida.

No entender da pintora Graça Morais, é “um privilégio para Bragança poder ver estes trabalhos”.

“A pintura dele é impressionante, é muito forte e tem grande qualidade”, constatou.

A exposição “Sem Título”, porque “as obras falam por si”, está patente no Centro de Arte Contemporânea até ao dia 23 de Janeiro.

Até lá, é possível que Santiago Ydáñez regresse a Bragança. Jorge da Costa lançou-lhe mais um desafio: o de voltar para fazer uma demonstração performativa do seu trabalho. 

 

22 de Outubro de 2010

Nos próximos dias 23 e 24 realiza-se na freguesia de Podence, o IV Curso de Introdução à Identificação e Conservação de Cogumelos Silvestres. Esta acção formativa teórica/prática, pretende facultar um maior conhecimento deste produto, com papel relevante na gastronomia da região.

Nos dois dias em que decorre o curso, os formandos aprenderão a identificar os cogumelos silvestres com maior valor gastronómico, quais as técnicas mais correctas de colheita, cuidados a ter na identificação das diversas espécies e como conservar um produto tão facilmente perecível. A confecção dos cogumelos silvestres será igualmente um dos tópicos do programa da formação, com os alunos a poderem provar e saborear alguns pratos feitos à base deste fungo comestível.

A organização é da Associação Micológica Terras do Roquelho, apoiada pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e pela Junta de Freguesia de Podence. 

 

Programa:

Sábado, 23 de Outubro

09.00 h- Início do curso. Ponto de Encontro: Junta de Freguesia de Podence.

09.30 h- Biologia dos cogumelos. Identificação e seus caracteres principais. Habitats e suas espécies associadas. Regras para uma colheita sustentável.

11.00 h- Intervalo.

11.15 h- Gastronomia dos cogumelos. Descrição das principais espécies comestíveis e tóxicas. Apresentação de algumas técnicas de conservação.

13.00 h- Almoço livre.

15.00 h- Saída de campo para observação, identificação e recolha de espécies.

19.00 h- Identificação do material recolhido.

21.00 h- Jantar convívio.

 

Domingo, 24 de Outubro

09.00 h- Saída de campo para observação, identificação e recolha de espécies.

13.00 h- Almoço convívio.

15.30 h- Encerramento do curso.

publicado por Lacra às 09:32
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
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